Agora começa-se a entender o porquê da reação indignada do presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Maranhão (CREA-MA), Raimundo Portelada, contra a construção da Via Expressa.
Deve ser a crise financeira por que passa o órgão.
Desde junho do ano passado, o Conselho vem pagando, mensalmente, uma dívida de nada menos que R$ 700 mil, contraída em 2009 no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).
Dentre outras coisas, Portelada alegou na Plenária Ordinária 1.365, de 18 a 20 de novembro de 2009, que uma forte crise havia-se instalado no Maranhão, com a diminuição no número de obras no estado,o que levou a queda na arrecadação do órgão.
“[…] considerando que o Crea-MA, através do protocolo CF-3948/2009, datado de 17 de novembro de 2009, também solicitou junto ao Confea, um empréstimo financeiro no valor de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais); considerando que o Crea-MA justifica a sua solicitação no fato da crise financeira que se instaurou no estado do Maranhão, o que levou na queda de sua arrecadação; considerando que o Crea-MA informa que já tomou providências no sentido de reduzir as suas despesas, rescindidos contratos, suspendendo contratações de estagiários e terceirizados, não participando da 65ª SOEAA, suspendendo o apoio financeiro às entidade de classe e reduzindo o números de linhas de celulares coorporativas. […] DECIDIU: 1) A concessão de empréstimo financeiro ao […] ao Crea-MA no valor de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais)”, diz a ata da sessão, comandada pelo presidente do CONFEA, Marcos Túlio de Melo.
Está aí o motivo do desespero de Portelada.
Deve estar com dificuldades para pagar o que deve.