Imbróglio na oposição de esquerda em SLZ

No “consórcio” de pré-candidatos da chamada oposição de esquerda em São Luís, por conta das várias pesquisas internas realizadas pelo PCdoB, PDT, PP e da recentemente publicada da ESCUTEC, contratada pela Associação Comercial do Maranhão (reveja aqui), percebe-se que, embora preguem consenso e unidade, a realidade aponta para o afunilamento em duas prováveis candidaturas: a de Tadeu Palácio (PP) que tem a dianteira nas intenções de voto nas pesquisas quantitativas e diz aos quatro cantos que não abrirá mão de sua candidatura em hipótese alguma; e de Edivaldo Holanda Jr. (PTC), que está na segunda colocação, mas próximo de Tadeu e empatado tecnicamente com Castelo.

Edivaldo Jr. tem a seu favor a confirmação, no último sábado (5) o apoio do PDT, acreditando que a imensa estrutura partidária em São Luis atuará a seu favor – Gardeninha jura que não.

Conta, ainda, com a simpatia do PPS, que tem dois deputados estaduais, Eliziane Gama e Othelino Neto. As pesquisas demonstram que Eliziane tem boa densidade eleitoral em São Luis, chegando a 7% das intenções de voto, embora ainda não tenha conseguido o apoio da sua igreja, a Assembléia de Deus, cuja direção está dividida entre João Castelo e Tadeu Palácio.

Na verdade, o comando do PPS está confuso e ninguém sabe ao certo o que eles pretendem. O gesto do deputado Rubens Júnior do PC do B de tirar licença sem vencimentos para tratar de interesses particulares e dar vaga a Othelino foi decisivo para que o comando do partido declarasse a todos os seus filiados entregassem seus cargos na Prefeitura – o que ainda não ocorreu na prática e nem deve ocorrer tão cedo.

Apesar de praticamente convencido da inviabilidade eleitoral da deputada Eliziane, o PPS vem adiando sucessivos prazos internos para a sua desistência e devolução ao partido da decisão de que rumo tomar.

O presidente, Paulo Matos, além de Othelino Neto e seu grupo, estão muito afinados com os Holanda e Weverton Rocha. Já Eliziane Gama tem maior aproximação com Tadeu Palácio. Mas o partido, em última análise, deverá seguir o caminho apontado pelo ex-deputado Flávio Dino.

A situação do PSB

Não menos complicada parece ser a situação do PSB, cujo diretório municipal está sob o controle do ex-deputado estadual Roberto Rocha, que insiste na tese da convergência de interesses do projeto de Flávio Dino para 2014, nos cenários estadual e nacional.

Dentro da legenda, Rocha enfrenta Zé Reinaldo e José Antonio Almeida, que defendem que o PSB acompanhe João Castelo. Com essa intenção, mantém um aliado, Othon Bastos, comandando a maior secretaria municipal, a de Educação.

Roberto deve esforçar-se para manter o partido na oposição, mas tucanos garantem que, em conversas reservadas, o presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, já diz que o projeto é a candidatura de Rocha. “Se ele não for candidato, a conversa é outra”, revelou ao blog, esta semana, o presidente estadual do PSDB, deputado federal Carlos Brandão.

O apoio do PSB para Castelo seria a falência da empreitada de Roberto Rocha, já que, se não for candidato, ele provavelmente siga o caminho que Flávio Dino tomar.