O ex-vereador Júnior do Mojó – preso acusado de envolvimento no assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade – disse, ontem (18), durante depoimento à Polícia Civil, que é vítima do esquema de grilagem que a polícia acredita ser comandado por ele próprio.
O acusado só não contava que os delegados que apuram os crimes já haviam desvendado uma fraude cometida pelo grileiro em 2010.
O blog apurou que, ao ser questionado sobre a venda de um terreno localizado na Ponta Grossa Araçagy a um casal de militares, Mojó disse que havia sido enganado por um certo Derizar Silva e Sousa, suposto proprietário do imóvel e signatário de uma procuração ao ex-vereador.
Ocorre que esse cidadão simplesmente não existe. Segundo a policia, tanto o nome, quanto os documentos que embasaram o negócio, foram forjados pelo próprio Júnior do Mojó para lesar o casal que “adquiriu” o terreno por R$ 33 mil (veja um dos documentos ao lado).
Pelo que denunciam as vítimas do golpe, o terreno seria vendido, inicialmente, por R$ 35 mil. Mas, com pressa de finalizar o acerto, Mojó liberou o casal do pagamento de R$ 2 mil.
Esse é só mais um dos muitos “negócios” de Mojó que a polícia apura no bojo da investigação sobre grilagem de terras na ilha de São Luís. Mas ele vai negar tudo em juízo.