A juíza Ariane Mendes Castro Pinheiro, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, deferiu, semana passada, pedido da defesa do agiota José de Alencar, o “Miranda”, um dos denunciados pela morte do jornalista Décio Sá, e autorizou a quebra dos sigilos telefônicos de Luíza Santos Carvalho, companheira de Gláucio Alencar, filho dele e também denunciado, e de Júnior Bolinha.

No pedido, o advogado alega que o objetivo da quebra de sigilo é a recuperação de uma troca de mensagens entre Gláucio – que estaria usando o celular da companheira – e Bolinha.

_________________Leia mais

Caso Décio: que mensagens trocaram Gláucio e Júnior Bolinha?

“O teor das mensagens é de grande interesse para a defesa dos denunciados, uma vez que, corrobora a tese de que os denunciados não tinham qualquer interesse ou participação na morte do jornalista Décio Sá [sic]”, destaca a defesa dos agiotas na petição.

O promotor Luís Carlos Duarte, titular da 24ª Vara Criminal, chegou a dar parecer contrário ao pedido dos acusados, em medos de novembro. Alegou, em suma, que, nesse caso, Miranda e Gláucio não poderiam pedir a quebra dos sigilos telefônicos de outras duas pessoas – mesmo uma delas sendo a companheira de um dos acusados.

Mas a magistrada ignorou o parecer do representante do Parquet e autorizou a quebra. “Oficiem-se às operadoras de telefonia OI/TIM/VIVO/CLARO, para que efetuem a quebra do sigilo de dados dos referidos números, exatamente na data de 30.03.2012, à 00h:18min:08s, especificamente no tocante à(s) mensagem(ns) encaminhada(s) neste dia e horário, informando a este Juízo o resultado da citada quebra”, despachou