Não foi só em São Luís que as chuvas do período carnavalesco causaram estragos. Em Coroatá, o período chuvoso também mal começou e os moradores do Residencial Dom Reinaldo Punder, construído na gestão Luís da Amovelar, já enfrentam graves problemas estruturais. As casas fazem parte do programa “Minha Casa, Minha Vida”, mas a maioria das unidades habitacionais parece não atender aos critérios exigidos pelo Governo Federal.
Segundo moradores, os alagamentos ocorreram porque a terraplanagem na área que abrange cerca de 100 casas não foi feita de maneira correta.
Assim, toda vez que chove a água que deveria escoar pelas canaletas fica empossada nos quintais das casas e nas ruas (veja nas fotos). Além disso, muitos bueiros estão quebrados ou entupidos, ou simplesmente existem mas não cumprem a função que deveriam ter, porque não foram concluídos. Isso sem contar o desnível entre as casas a o terreno em frente a elas.
Após a forte chuva que caiu na última terça-feira (12), várias delas foram inundadas. Os moradores viram com tristeza seus imóveis com as paredes rachadas, pisos com infiltração e muito incômodo por causa do mau cheiro que exalou dos banheiros, após transbordar água com fezes dos vasos sanitários.
Moradora da rua Dois, Helena Luíza dos Santos reclama da péssima qualidade do imóvel em que reside no Dom Reinaldo Punder. “Não recebi esta casa de graça, e ela parece ser de papelão. Não se trata nenhum ser humano com tamanho descaso”, declarou ela. Na mesma rua, o morador José Francisco Frazão Jansen enfrenta o incômodo de ter uma fossa estourada no quintal. Com a chuva, a fossa transbordou água e fezes pra todo lado. É um absurdo”, disse.
Os problemas agravados com as chuvas, segundo informou a moradora Maria José Silva de Sousa, existem desde a entrega das casas. Ela conta que quando foi morar no dom Reinaldo Punder, em maio de 2012, sua casa já apresentava rachaduras: “Agora elas estão tomando conta da casa inteira e estou com medo dela desabar em cima da gente”.