Virgínia Duailibe* – “Nome da sua mãe? Seu nome completo, data de nascimento, endereço?”, perguntou a enfermeira no setor de triagem. Mesmo com muita dor no pé quebrado, percebi que ela tinha um jeito amável e digitava muito rápido os meus dados no computador.
Olhei em volta, surpresa com a grande sala de espera, organizada e limpa, com aquele cheiro inconfundível de assepsia em ambiente hospitalar, corredores largos, bem iluminados, atendimento ordenado e sem tumulto. Alguém com um sorriso no rosto me estende um pequeno pedaço de papel indicando que eu seria a terceira a ser atendida no Raio-X e a sexta, na consulta ao ortopedista.
Continuei minha “inspeção” visual, enquanto me dirigia mancando para o local que me indicaram. No trajeto, vi que todos os pacientes e seus acompanhantes estavam sentados, aguardando, e notei que havia nos corredores e portas das salas uma sinalização moderna e bem explicativa para orientar os pacientes. Uma cadeira azul no setor de espera, vazia, parecia estar à minha disposição.
Em pouco tempo, tirei o Raio-X, recebi do ortopedista o diagnóstico de fratura e tive meu pé esquerdo imobilizado em uma pequena sala, onde a parede branca ao lado da maca onde sentei era toda enfeitada por adesivos coloridos. Sim, isso mesmo! Adesivos de bichinhos, árvores, flores, céu e nuvens, como se a parede fosse a página de um grande e colorido livro de estórias infantis.
Para quem conhece a realidade dos hospitais públicos de emergência, parece impossível que eu esteja narrando um fato passado em uma unidade pública de atendimento emergencial.
Mas não foi um sonho e muito menos é uma brincadeira que faço com vocês. Aconteceu comigo e posso dar data e hora: dia 11 de agosto, manhã de um domingo.
E isso tudo se passou na UPA do Araçagy. Confesso que também para mim foi uma surpresa, e das boas. A imagem que eu tinha de um hospital público de emergência era a visão caótica e dolorosa do Socorrão I, onde fui, tempos atrás, saber do estado de pessoas que trabalhavam comigo e que, acidentadas no trânsito, foram levadas para lá. Nunca vou me esquecer do descaso e da insensibilidade que vi como eram tratados aqueles doentes, amontoados nos corredores de cheiro nauseante, das marcas de sangue pelo chão, das paredes sujas. Dos gemidos, do choro, dos gritos. E do semblante impassível das pessoas dizendo a familiares que pediam notícias de parentes:
“Acho que ele morreu no centro cirúrgico…” Assim, como quem comenta sobre o tempo ou o capítulo da novela.
Essa imagem que ficou em mim do Socorrão I, de uma grande caixa de concreto, caótica, quase um gigantesco túmulo, provavelmente foi a causa do meu espanto quando entrei na UPA do Araçagy, com o pé quebrado.
A UPA era o inverso do inverso do inverso, como na música.
Faço esse relato para que todos nós, que moramos em São Luís, possamos dizer com orgulho que temos serviços públicos de atendimento médico de emergência dignos e eficientes, nas UPAs espalhadas pela cidade.
E essa eficiência passa pela gestão competente, profissional, experiente, de todos os envolvidos e com o propósito de fazer da saúde pública não uma sala de espera para atestados de óbito, mas uma prestação de serviços digna de seres humanos. Ajudando a vida e não acelerando a morte. Aliás, como deveria sempre ser.
Ah! E antes que pensem que eu fui “favorecida” no meu atendimento, quero dizer que não, passei por todas as etapas de praxe. Quem me conhece bem, sabe que isso não faz meu gênero. Portanto, repito: não “furei a fila”, pois o atendimento da UPA do Araçagy é ordenado seja quem for o paciente, de qualquer condição social ou em qualquer estado de saúde que possa ser atendido pela estrutura do local. Nada de privilégios!
Se você duvida, vá lá, nem que seja só para conferir a excelência do atendimento prestado.
Posso assegurar que, como aconteceu comigo, quem for vai se surpreender e se orgulhar por ter à sua disposição um serviço público que merece aplausos e elogios.
Com as UPAs de São Luís, é assim: ver para crer.
* Advogada, analista de Mercado, Planejamento e Marketing Imobiliário
Publicado hoje na página de Opinião em O Estado do Maranhão
Acho triste quando alguém acha que ser bem tratado é diferencial. Onde nós chegamos.
Se não for delírio, deve estar falando de uma UPA em outro estado do país. Já levei alguém a essa mesma UPA do Araçagy há cerca de três meses atrás, uma pessoa com febre e dor de cabeça. Em vez de atenderem o paciente mandou-nos que procurássemos o pronto socorro. Sequer aplicaram uma injeção para amenizar a dor. Não tô acreditando nessa historia, não. Espero nunca mais precisar daquele serviço.
O SOBRENOME da paciente, sugere um atendimento de 1º mundo……..[…]
Lisa, alguém tem que fazer o “Marketing” as ELEIÇÕES estão chegando!! párárá pêrêrê párárá pêrêrê párárá pêrêrê…
Quanto Hipocrisia essas UPA’s
*Cidadão, Ludovicense e trabalhador
Não é assim com todo mundo, não.
Isso é só porque ela é advogada?
Todo mundo merece atendimento de qualidade, mas não é assim todo tempo. Infelizmente
Pronto, copia pro Sarney aí pra quando ele adoecer de novo.
Que bom que as UPAS funcionam! Mas é bom frisar que lá, diferente do Socorrão, não há “procissão de ambulâncias” vindas do interior do estado. Coitado do povo maranhense se não existisse os Socorrões.
analista do maranhão realmente não h’a procissão de ambulâncias, mas há uma população da nossa cidade que utiliza esse serviço de apoio por estarem fechadas as Unidades Mistas da Prefeitura de São Luis isso sim eh vergonhoso e sobre a procissão de ambulâncias MOTE das campanhas oposicionistas na capital relembro que a SEMUS da Prefeitura recebe mensalmente e antecipadamente 60% dos recursos federais em seu teto financeiros decorrente da PPI – Programação PACTUADA Integrada feita com os municípios que não possuem os serviços existentes em seus territórios e MUITO recentemente a Secretaria Estadual de Saude propôs ficar com toda a responsabilidade de suprir o atendimento dos pacientes do interior desde que a Prefeitura de São Luis dos 110 milhões que recebe destes municípios transferisse para o SES o correspondente a 70 milhões. Infelizmente para o povo e Prefeitos a tao excelência saúde municipal da capital não aceitou e os prefeitos continuam pagando os encaminhamentos para o Piaui pois o interiorano não aceita ser referenciado para os FAMOSOS socorroes. Agora se tem duvidas do que a Advogada expõe, va vc mesmo la se identifique e depois comente, sem defesas politicas. Assim como vc todos nos precisamos do melhor e acredito no efeito comparativo da matéria ser em função do tao combalido sistema de saúde da capital, que usa como justificativa de sua incompetência a transferência da sua responsabilidade para outras instancias. Dessa forma os defensores de plantão do grupo alienado continuarão tentando mostrar ao povo uma realidade que na verdade todos já passaram a conhecer.
Caro amigo,caso vc não sabe esse dinheiro só vem para são luis porque em nenhum outro município tem esse atendimento portanto é justo sim ser repassado para a cidade que atende e não para o município que manda por falta de competência dos prefeitos que durante muitos anos são ligados a este grupo ou o da “oposição” que já estiveram no governo. é como na educação as prefeituras só receberam pelos alunos desse ano ano que vem portanto,as prefeituras ou o estado tem que atender primeiro para poder receber estude o nosso sistema brasileiro para vc vim defender esse Ricardo Murad que já gastou só na saúde de coroata mais do que se ele estivesse mantendo o soccorrão de presidente Dutra e construído um grande hospital na baixada.
Legal […], afinal para qual fim foi destinado estas UPAS????? Não há qualquer comparação com atendimento de um Unidade como o Socorrão… é pura e simplesmente atendimento para quem está com dor de cabeça, dor de cólica menstrual. Experimente chegar a UPA, em estado urgência, tipo após um acidente de trânsito, ou vítima de arma de fogo, esfaqueado, nem perguntam teu nome, volta loga da porta…. […]!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eh o contrario do que vc relata as UPAS hoje estão fazendo o seu papel institucional e ainda tratando de dor de cabeça cólicas etecetera, por estarem fechadas as Unidades básicas e Mistas da Prefeitura de São Luís, que eh a responsável por esses atendimentos de baixa complexidade. Conheça melhor o que vc e sua família tem direito e cobre de quem tem a responsabilidade de lhe dar esse suporte. Bom Dia
Analista Maranhense, relatei o que eu presenciei quando que socorri o meu vizinho que foi esfaqueado quando sofreu um assalto em sua residência aqui no araçagy… O levei para a “UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO” é o que chamamos de UPA, sabe!!!! Não quiseram nem saber qual o nome do cidadão, e o pior nem os primeiros socorros foram prestados… Então o levamos para o SOCORRÃO, e olha só .. lá o receberam, passou por cirurgia e hoje recupera-se muito bem!!! SOCORRÃO, ruim com ele PIOR sem ele!!!!!!!!!!! VIVA AO SOCORRÃO!!!!!!!!
“O dia da Águia
Mais de 20 mil torcedores e a organização só anuncia 15 mil
No placar eletrônico propaganda do vereador Sergio Frota
No 1° tempo contrataram um time que não era o Sampaio
Mais de 20 mil torcedores e apenas 1 ambulância
Vários vereadores, deputados, secretarios estadual e municipal de esporte, prefeito,
vice presidente da CBF… e para nossa vergonha o jogo ficou parado por quase 45 minutos aguardando uma ambulancia. É esse o futebol profissional que queremos?Que essa noite sirva de exemplo.
Nós maranhenses confiamos em vc Bolivia”
Joab Castro
Minha prima, com certeza se vc tivesse ido a UDI ou Sao Domingos com certeza vc nao teria esse atendimento, pois, só para tirar uma simples radiografia do tórax, passei das 08 as 13 horas no Sao Domingos
As UPAs estão de parabéns…..
Eu não consigo entender como há defesas permanentes para a baixa qualidade dos atendimentos feitos pelos socorroes? Ou essas pessoas são acostumadas com merdas ou são alienadas ou estão recebendo dinheiro para tal fim. Bom dia
Eu e muitos colegas, que trabalhamos em hospitais particulares, já presenciamos vários condutas absurdas e diagnósticos esdrúxulos advindos de UPAs, U.M e Socorrões… Já encaminhei vários doentes graves para UTIs e até pro SVO, muitos com diagnóstico fácil, e que foram 4 ou 5 vezes em UPAs… Sou apartidário, mas é evidente que, tirando o “luxo” das UPAs, são iguaizinhas aos outros, com um demérito: estão cheias de profissionais não-concursados e com péssima formação. Um exemplo: em UPAs e no HSLZ há muitos médicos trabalhando como pediatras e como intensivistas e sem formação alguma para lá estarem – falo isto incrédulo, mas com plena convicção – e sei de vários casos de pctes que obitaram por negligência, imprudência e principalmente imperícia médica…
Se tiverem dúvidas sobre a formação de algum médico, acessem no link abaixo e confiram se ele tem formação OFICIAL decente ou é mais um “espertão” querendo ganhar dinheiro:
http://siscnrm.mec.gov.br/consulta/consultaresidente
Essa Sra é a esposa do […]advogado nomeado desembargador né?
Imagine como deve ser triste ter um processo julgado por um bem sucedido […].
Pois comigo foi diferente, disseram – me que garganta inflamada e febre não era doença para ser tratada em emergencia, alem de que fui tratado mal por todos que falei.
Quanto a limpeza, realmente, é muito limpo e organizado..
A MINHA MÃE PRECISOU DOS SERVIÇOS DESSA UPA, E O ATENDIMENTO FOI MUITO BOM PERTO DE OUTROS HOSPITAIS, COMEÇANDO DO MAQUEIRO ATÉ AO MEDICO, QUE FOI MUITO ATENCIOSO, SAÍ DE LÁ AGRADECENDO A TODOS QUE CUIDARAM DA MINHA MÃE.
Nada mais correto que o ESTADO oferecer serviço público de qualidade. Devemos elogiar? Sim… Mas também não há necessidade de exaltação. Vamos ser realistas! A comparação com o Socorrão, nem comento, por que é uma situação diferente, trata-se de um hospital de emergência conforme dito anteriormente, com diversas pessoas vindas de todo o estado Maranhão.
A UPA também oferece poucos serviços na área de saúde.
O que devemos fazer é monitorar a qualidade do serviço prestado pra que as UPAs continuem prestando serviço digno.
Sejamos mais criteriosos com nossas visões e leituras de mundo.
Esta senhora é esposa do […] desembargador nomeado 15 dias atrás pela governadora.
Por que omitir essa informação?
Pessoas lamentam que algum brasileiro não tem que comemorar quando é bem atendido. Discordo. Temos que criticar E MUITO quando formos mau atendidos pelo serviço público e ELOGIAR SIM quando formos bem atendidos. Na minha opinião o que é bom e ruim deve ser recíproco, ou seja, me atende bem que te elogio serviço público. Me atende mau que critico e assim seguimos adiante sempre com a intenção de melhorar nosso país.
O que é mais estranho, é que essa senhora agora esposa de desembargador fosse procurar atendimento na UPA………não que ela não tenha direito, porque é cidadã, paga seus impostos, claro que foi proposital, para que pudesse escrever o texto………Talvez uma forma de agradecimento pela nomeação do desembargador……………. Espero que a totalidade do meu comentário apareça………..porque o meu comentário acima ………
Quanto a elogiar o BOM SERVIÇO PÚBLICO, não há necessidade………o BOM SERVIÇO PÚBLICO é um DEVER do Estado, e um DIREITO do cidadão…………
gostaria de relatar que foi numa dessa UPA´s británicas que minha mãe deu entrada em 25/11/2011 com quadro de crise vesícula e o “médico” mandou medicá-la com dipirona e mandou de volta pra casa. 2 dias depois voltava agonizando até a morte (prematuramente aos 56anos). a leitora roberta procopio relatou muito bem os gravíssimos erros de diagnóstico cometidos diariamente por esses profissionais. é lamentavel a saude no MA.
Políticos partidários… Ignorância baseada em senso comum.
A advogada atendida na UPA, poderia exercer qualquer outra profissão. Pra ser atendido em hospital ninguém pergunta o que vc faz ou quanto vc ganha não…
Essas opiniões maldosas não representam a qualidade do atendimento da UPA.
Em qualquer lugar do mundo que vc for atendido, uma vez ou outra poderá acontecer algum mal entendido, alguma oportunidade de melhoria. Por que quem trabalha em hospitais são pessoas, que natural,ente oscilam muito. Então, em rede publica e privada, sempre teremos como melhorar em algo.
O atendimento das UPA’s tem se destacado, pela humanização, pela presteza dos profissionais em atender bem. Os profissionais que ali trabalham mexerem no mínimo respeito…. Por estarem fazendo um trabalho seguro e de qualidade. Ao invés, nos deparamos com alienados que só sabem falar mal e desrespeitar o trabalho de quem está se esforçando pra fazer o sistema da saúde melhorar.
Todos temos que fazer nossa parte! É exatamente isso que os profissionais daquela Unidade tem feito.
E vcs que acham que elogiar é marketing político, é só não buscar atendimento nas casas de saúde do Estado até ano que vem! Aí aproveitem bem as filas das unidades privadas!!!!
Quando for pra criticar, apoio e critico também. Mas quando qualquer coisa, qualquer instituição merecer elogios, que estes sejam dados também.
Desculpa aê secretário, mas isso não é nenhuma novidade para quem já conhece as UPA’s de outros Estados. Este modelo de atendimento já existe em muitas outras cidades. Que textinho lindo, até parece um poema. Comovente #sóquenão
Tive atendimento em uma unidade destas em Recife, mas percebi como o atendimento tem que ser rápido que o ortopedista nem se quer levantou a cabeça pra me olhar, juro a vcs. Apesar da organização do local, atendimento até que bem rápido, mas a “humanização médica” ahhahah passou bem longe do local.
Sorte sua senhora, pois comigo não foi bem assim, no dia 02/09/2013 levei a minha vó de 90 anos a mesma upa do araçagi, chegando lá o medico fez um raio x e o fêmur estava com uma fratura, então sem mesmo saber através do central de leitos que é o correto a ser feito (antes de qualquer transferência entrar em contato com a central de leitos para saber onde há leito disponível para atender a necessidade do paciente) se havia um leito disponível para ela encaminhou para o socorrão II, sem se quer imobilizar a perna. Quando cheguei ao Socorrão II não havia maqueiro, EU CARREGUEI MINHA VÓ NOS BRAÇOS e a coloquei em uma cadeira sem encosto, para retirar de um carro particular pq não liberaram a ambulância na upa do araçagi para fazer o transporte. No Socorrão II fui HUMILHADA até pelo segurança da CLASSI ( empresa de segurança privada) que estava de plantão no centro cirúrgico. Explicando humilhação: após 2 horas de espera para que a perna da minha vó (90) anos fosse imobilizada (já estava sem paciência em ver minha vó esse tempo todo esperando em uma cadeira sem encosto e com muita dor) então vem uma pessoa e a leva para dentro do centro cirúrgico e diz: Sra. por favor aguarde aqui, pois, pela idade dela podemos precisar de um responsável.
Eu aguardando….Quando de repente o GUARDA(THIAGO) da empresa CLASSI diz: Sra. a Sra. não pode aguardar aqui, tem que sair.
Eu disse: Mandaram eu aguardar aqui.
Ele: Quem mandou?
Eu: A pessoa que a levou
Ele: Mas ela não é médico.
então, eu sair pois o mesmo já estava muito alterado.
Quando retornei ele começou a fala para uma colega:
Palavras do guarda da CLASSI: -Para morrer só basta tá vivo;
– Eu ti dou é um tiro;
-Bem que papai mandou eu estudar.
Enfim, se o médico da UPA tivesse 1 mantido ela na UPA, 2 entrado em contato com a central de leitos por meio de um relatório informando o estado da minha vó (90) anos, não teríamos que reclamar. ]
Estado da minha vó hoje: Encontrasse no Hospital Geral (aguardando para que seja feita a cirurgia, mas não graças a UPA e sim a Pessoas.