Foragida da Justiça desde a semana passada – acusada de desviar recursos da merenda escolar -, a prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite, até chorou em discurso proferido em dezembro de 2012, emocionada que se disse estar em virtude da situação de pobreza que encontrou na cidade durante a campanha eleitoral daquele ano.

Naquele dia, no Fórum de Bom Jardim, ela era diplomada e estava a dias de assumir o comando do Município. Chegou a dizer que cumpriria as promessas de campanha “juntamente com meu marido Beto”.

“Cumpriremos tudo o que falamos no palanque”, garantiu.

E, sob aplausos e aos prantos, após relatar “dor no coração” de ter visto tanta pobreza nos povoados, jurou que batalharia “por esse povo sofrido”.

“A gente, quando visitava os povoados, a gente podia ver a triste realidade de Bom Jardim. E isso me emociona, porque é muito triste. E é com essa dor no meu coração que eu vou batalhar por esse povo sofrido, batalhador, merecedor de ajuda, porque nossa grande missão nessa cidade é ajudar o povo de Bom Jardim. Iremos nos unir em benefício a essa cidade”, declarou.

Ainda emocionada, citou Deus cinco vezes para falar da sua bondade, da bondade do então companheiro, Beto Rocha – preso na semana passada no bojo da Operação Éden – e para garantir que daria “mais educação para as nossas crianças”.

“Deus é maior. Deus sabe o quanto eu quero fazer por Bom Jardim. Deus sabe o coração que eu tenho. Deus sabe o coração que meu marido tem. E Deus sabe que tudo, nesses quatro anos, dará certo, que Bom Jardim irá pra frente, que Bom Jardim irá para um futuro melhor, que nós teremos mais educação para as nossas crianças”, completou.