Definida comissão que analisará impeachment de Dilma

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 433 votos a 1, a lista com as indicações dos líderes partidários para a composição da comissão especial do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O pedido de impeachment por suposto crime de responsabilidade foi apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal. Esse pedido foi aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em dezembro de 2015.

No pedido, os autores argumentam que Dilma ofendeu a lei orçamentária, nos anos de 2014 e 2015, ao ter autorizado a abertura de créditos orçamentários, ampliando os gastos públicos, incompatíveis com a obtenção da meta de resultado primário prevista nas leis de diretrizes orçamentárias (LDO) dos dois anos.

Detalhes do rito do processo de impeachment foram definidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda em dezembro de 2015, mas devido a embargos de declaraçãoapresentados pela Mesa Diretora da Câmara, somente ontem os ministros do Supremo julgaram esses recursos e ratificaram todos os termos da tramitação.

Entre eles o da votação aberta para a escolha da lista e a decisão do Senado se inicia ou não o julgamento caso o processo seja autorizado pela Câmara por 2/3 de seus membros (342 votos).

Prazo de defesa

Após a aprovação da lista pelo Plenário, a comissão especial comunicará à presidente da República o início da análise e ela terá o prazo de dez sessões do Plenário para enviar sua defesa à comissão.

Após a aprovação da lista, Eduardo Cunha convocou a comissão para se reunir, às 19 horas, no Plenário 1, para eleição do presidente e do relator do pedido. Às 18 horas, haverá reunião de líderes para discutir os procedimentos de funcionamento da comissão.

3 pensou em “Definida comissão que analisará impeachment de Dilma

  1. É fácil julgar e condenar os outros, mas é difícil julgar a si próprio. Neste caso quem deu a decisão foi o magistrado que posta mensagens contra Dilma e Lula e nesse caso, dentro do princípio da isenção, ele deveria se considerar impedido de dar a sentença, ainda que fosse a favor. Agora um bando de deputados corruptos que vai julgar Dilma. Assim tudo se nivela por baixo. Cadê a ética, fundamento dos homens de bem. Lula e Dilma devem ser punidos mas para acabar a corrupção e não para mudar os corruptos.

  2. Pingback: Impeachment é “legal e legítimo”, diz Max Barros | Gilberto Léda

Os comentários estão fechados.