Tudo bem que foi de forma enviesada, é verdade. Mas três deputados da base governistas passaram boa parte da sessão de ontem (12), na Assembleia Legislativa, fazendo elogios à gestão Roseana Sarney (PMDB) na área de Educação.
Os deputados Marco Aurélio (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB) e Rogério Cafeteira (PSB) desandaram a elogiar o Governo do Estado pela melhora do Maranhão nos índices do Ideb 2015.
“O Maranhão vinha sempre em penúltimo lugar nos índices do IDEB. Isso era um discurso que ecoava em todos os cantos do Estado. Era uma vergonha. Era algo que desafiava a todos, mas não se conseguia mudar essa realidade. E, de repente, com o mesmo material humano, os mesmos professores, a mesma equipe porém com uma visão diferenciada do Governo do Estado, com um comando, uma determinação firme, em apenas um ciclo que foi aferido, porque a nota é divulgada, é medida de dois em dois anos e com esse resultado que traz, como base o ano de 2015, já traz aí resultados que temos motivo de sobra para comemorar”, destacou o comunista.
Bira destacou a “evolução” do índice: “aqui no Maranhão [o Ideb] traz essa evolução. Mas eu quero crer que nós vamos ter resultados ainda mais positivos no próximo ciclo, porque os investimentos e as ações que o Governo tem desenvolvido vão certamente impactar positivamente”.
Já Rogério Cafeteira ainda citou períodos anteriores, numa espécie de comparação entre o atual governo e o anterior.
“O IDEB de 2013, que compreende os anos de 2011 e 2012, naquele último, na última medição que foi em 2013, o nosso IDEB baixou a nota, nós não conseguimos nem manter, nós baixamos, mas agora nós já sentimos os reflexos do investimento na nossa educação e aumentamos”, afirmou.
A essa altura, Marco Aurélio já estava todo serelepe.
Apenas até o deputado Adriano Sarney (PV) confrontá-lo com o fato de que o Ideb 2015 leva em consideração ações implementadas nos anos de 2013 e 2014, dois últimos da gestão Roseana (saiba mais).
A partir dali, seguiu-se o diálogo.
– Deputado Marco Aurélio, uma pergunta que eu tenho a V. Ex.ª: esse IDEB comemorado agora por V. Ex.ª é o IDEB de 2015 ou 2016? -, questionou Adriano
– 2015 -, respondeu Marco Aurélio.
– 2015. Ele é reflexo do trabalho feito em 2013 e em 2014 -, alertou o parlamentar verde.
– Já mostra o resultado de 2015 também -, rebateu o comunista, já sem muita convicção.
– É o resultado de 2013 e 2014 que é calculado em 2015 -, insistiu Adriano Sarney.
– Então, eu achei meio esquisito V. Ex.ª, que é da base do governo, fazer um pronunciamento elogiando o governo passado. Mas eu estou só checando essa informação. Muito obrigado.
Percebendo o deslize, Marco Aurélio, então, tratou de rapidamente encerrar o discurso.
Não apela, coisa feia
???
Contra fatos não há argumentos. O governo da perseguição deveria se espelhar no governo Roseana e trabalhar a favor dos maranhenses que sofre com o abandono das obras financiadas pelo BNDES (recursos deixados pelo governo anterior) e, como exemplo, citamos a reforma de diversas escolas que estão paralisadas prejudicando centenas de alunos e professores. Flávio Dino chega de perseguir aqueles que denunciam as mazelas do Estado e faça jus ao cargo que exerce em nosso Estado.
Caro Gilberto, este é um ponto importante a ser esclarecido.
Pelo que está escrito em uma nota informativa na página do IDEB,
a nota de 2015 refere-se à provas aplicadas em 2015. Eles aplicam a prova a cada dois anos e, por isso, não aplicaram nenhuma prova em 2014.
No entanto, é claro que políticas educacionais do ano de 2014 impactaram o resultado da prova em 2015. O mérito do resultado deve-se ao que foi feto nos anos de 2014 e 2015. Como sempre, os nossos políticos tendem a deturpar os fatos. O Governador age de forma desonesta ao afirmar que o resultado positivo deve-se apenas ao governo dele e para isso se apoia na ignorância da própria população. O crédito pela nota – na verdade, não atingimos a meta e por isso não deveríamos estar comemorando, mas sabe como é, um governador populista nunca ia perder a oportunidade – deve ser repartido. O ano de 2014 fica com o Governo passado e o de 2015 com o atual. Pronto!