O Supremo Tribunal Federal (STF) acabou de informar que a suspensão do inquérito que apura os crimes de corrupção passiva, obstrução à investigação de organização criminosa e participação criminosa será apreciada pelo pleno da Casa na próxima quarta-feira (20).
A decisão de levar a apreciação sobre a suspensão ou não do inquérito, conforme solicitou a defesa de Temer – após o mesmo ter anunciado a medida em pronunciamento na tarde de hoje (20) – foi do ministro Edson Fachin. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse agora a noite que é favorável à manutenção das investigações contra o presidente Temer e que não vê qualquer razão para a suspensão das apurações.
Além de levar o caso para os demais ministros, Fachin também determinou perícia técnica, pela Polícia Federal, das gravações das delações da JBS, incluindo a gravação do encontro entre Temer e Joesley Batista, dono da JBS, registrada no dia 7 de março deste ano nos subterrâneos do Jaburu.
Com a medida, Fachin leva para os demais integrantes da Corte a responsabilidade de um caso decisivo para a história do país. Será importante que a população acompanhe, com atenção, cada parecer do ministro e fazer o seu próprio juízo de valor.
Pedido Temer
Em pedido de suspensão, Temer se baseia em matérias jornalísticas para defender a tese de que os áudios das delações estariam editados e passíveis de manipulação. O pedido, formulado pelo conhecido advogado criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, possui argumentos e erros – dentre eles, na página 4 por exemplo – o nome do presidente Temer está escrito “Michael”.
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