CNJ libera auxílio-alimentação de R$ 3,5 mil a juízes do Maranhão

Da coluna Painel, da Folha de S. Paulo

O prato na balança

Enquanto juízes e procuradores debatiam normas mais rígidas para o auxílio-moradia, o corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, liberou o Tribunal de Justiça do Maranhão para pagar até R$ 3.546 por mês aos juízes estaduais a título de auxílio-alimentação. Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Martins tomou a medida há uma semana, ao arquivar questionamento aos critérios para concessão do benefício, que corresponde a 10% dos salários dos magistrados do Maranhão.

Somos iguais
Os juízes maranhenses têm o penduricalho garantido por uma lei estadual e ganharam aumento em 2017 para que ele fosse equiparado ao dos promotores do estado. Antecessor de Martins, o ex-corregedor João Otávio Noronha vetou a mudança, mantendo R$ 726 fixos para todos.

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Na opinião de Noronha, a concessão de benefícios não previstos pela Lei Orgânica da Magistratura precisa do aval do Conselho Nacional de Justiça. Para Martins, porém, não cabe ao CNJ interferir na autonomia administrativa e financeira dos tribunais estaduais.

Fazendo as contas
O tribunal informou que fará estudos para tentar acomodar a nova despesa em seu orçamento no ano que vem. A expectativa da categoria é começar a receber os novos valores do auxílio a partir de janeiro.

Para todos
Todos os estados pagam auxílio-alimentação aos juízes, mas os valores diferem bastante. Na quarta (19), um dia depois da aprovação das novas normas para o auxílio-moradia, o Tribunal de Justiça do Acre também fixou o auxílio-alimentação em 10% dos salários dos magistrados.

2 pensou em “CNJ libera auxílio-alimentação de R$ 3,5 mil a juízes do Maranhão

  1. Pingback: Corregedor volta atrás, e suspende auxílio-alimentação de R$ 3,5 mil de juízes do MA - Gilberto Léda

  2. Enquanto o povo morre de fome, não pode nem pagar um aluguel, os digníssimos juízes, além de ganharem um absurdo, ainda têm essas regalias. Na França de 1789 era assim, para os nobres, tudo, para o povo, nada. Acorda, Brasil.

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