Bolsonaro indica veto a fundo eleitoral de R$ 2 bilhões

(Antonio Cruz/Agência Brasil)

Folha de S. Paulo

O presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido, criticou nesta quarta-feira (18) o valor de R$ 2 bilhões do fundo eleitoral aprovado um dia antes pelo Congresso e indicou que cogita vetá-lo —um eventual veto do presidente pode depois ser derrubado pelo Congresso.

Em frente ao Palácio do Alvorada, pela manhã, Bolsonaro perguntou a um grupo de apoiadores se deve sancionar ou vetar esse valor e disse que não ajudará quem “quer fazer material de campanha caro”. “Vocês acham que tem de vetar ou sancionar os R$ 2 bilhões do fundo partidário?”, questionou o presidente, recebendo como resposta que deveria vetá-lo.

Na prática, o eventual veto de Bolsonaro pode prejudicar seus partidos rivais e colocar em condições de igualdade a eles a Aliança pelo Brasil, legenda que pretende criar nos próximos meses.

Isso porque, se não conseguir brechas na Justiça Eleitoral, a nova sigla pode disputar a eleição municipal de 2020 e chegar à corrida presidencial de 2022 sem recursos dos fundos partidário e eleitoral e sem tempo de rádio e TV.

Hoje, a distribuição do fundo partidário (que financia, com verbas públicas, o funcionamento das legendas) leva em conta os votos obtidos na última eleição para a Câmara, o que não impediria esses recursos para a nova sigla de Bolsonaro.