O deputado federal Eduardo Braide, pré-candidato do Podemos à Prefeitura de São Luís, teceu ontem (28) duras críticas à parceria entre as atuais gestões do Governo do Maranhão e da Prefeitura de São Luís para obras e serviços na capital.

Segundo ele, não existe uma colaboração de fato – ele deu como exemplo a reforma do Hospital da Criança e a recente frente de pavimentação da cidade -, e a união de esforços foi evidenciada apenas no período eleitoral. “Parceria meramente eleitoral para manter no poder dois grupos”, declarou, durante entrevista ao Na Real, primeiro programa jornalístico maranhense em streaming.

“Se o prefeito é parceiro do governador do Estado, por que o Hospital da Criança nunca terminou? Quem passar lá na frente vai ver que é só fachada e a primeira chuva forte que deu esse ano já alagou o hospital. Se o prefeito é parceiro do governador do Estado, por que a cidade passou três anos sem ver um palmo de asfalto? Só está vendo agora que nós estamos chegando na época da eleição. Se há ma parceria e um programa de governo verdadeiro para a cidade, por que nós temos várias escolas da rede municipal de ensino fechadas?”, questionou.

Apesar de fazer oposição à gestão Flávio Dino (PCdoB), Braide disse que não terá problemas em buscar ajuda do Executivo estadual, caso seja eleito prefeito. Mas ponderou que não ficará aguardando que apenas o governo trabalhe.

“O governador foi eleito com votos dos ludovicenses, então ele tem responsabilidade de administrar a maior cidade do estado, a 15ª maior cidade do país, a capital do Maranhão. Então, qualquer prefeito que se eleja, e será essa a nossa posição, eu terei que buscar aquelas obras e serviços que serão feito para o bem da população da nossa cidade. Agora um comportamento que será completamente diferente é aquele de ficar aguardando que o Governo do Estado só pode fazer alguma coisa se o prefeito estender a mão. Pelo contrário, nós vamos arregaçar as mangas, fazer com recursos próprios da prefeitura obras e serviços que venham melhorar a vida das pessoas, e aquilo que o Governo do Estado vier a fazer será uma obra a mais, um serviço a mais. O prefeito não pode ficar na dependência de fazer alguma coisa em São Luís só se tiver ajuda do governo”, completou.

Caema

Braide também comentou a aparente falta de sintonia entre a Caema e a Prefeitura de São Luís. Nos últimos meses, não são raros os registros de ruas recém-asfaltadas pela gestão Edivaldo Júnior e logo depois destruídas pelo órgão de saneamento estadual.

Ao tratar do tema, ele citou sua experiência como presidente da Companhia e acrescentou que está “doido pare chegar aos debates” e mostrar dados da sua gestão.

“Se vocês querem pegar um bom exemplo daquilo que a gente pretende fazer em relação a São Luís, está aí o exemplo da administração da Caema. Alguns adversários ficam dizendo: ‘Ele não fala da Caema, ele esconde a Caema’. Eu estou doido para chegar aos debates e mostrar tudo aquilo que a gente fez na Caema. Agora, quando começar a mostrar o que outros não fizeram por onde passaram, eles não vão poder se zangar também”, disse.

Veja aqui a íntegra da entrevista.