Da coluna Estado Maior
O jornal Valor Econômico desta semana trouxe em seu site uma informação que há muito os maranhenses já sabiam: a maioria da população do estado vive na pobreza, sendo que destes, cerca de 20% na pobreza extrema, ou seja, com pouco menos de R$ 150 por mês.
Os dados que trouxe o Valor Econômico são do IBGE e da Tendência Consultoria. Nos dois casos, muitas vezes desconsiderados ou interpretados na contramão pelo governador Flávio Dino.
Acontece que a informação vai para além fronteiras do Maranhão exatamente no momento em que Dino tenta de todas as formas de apresentar como uma opção de “case de sucesso” para ser o candidato à Presidência da República em 2022.
E para justificar o fracasso social de sua gestão, o comunista culpa a crise econômica e seu ciclo de falta de investimentos.
O problema é que a mesma reportagem trouxe a contradição do governo do Maranhão com gastos acima do normal com a máquina pública.
Ou seja, prioridades de gastos em áreas erradas levaram ao deficit primário no estado e uma população extremamente pobre que luta todos os dias para sobreviver.
Contradição – Quando proclamou a “República do Maranhão”, Flávio Dino garantiu que o estado não seria mais fator de notícias ruins no Brasil.
Cinco anos e alguns meses depois, o Maranhão se mantém no rol de notícias negativas que mostram sempre o estado no topo do ranking de dados ruins.
As informações da reportagem do Valor Econômico demonstraram que há um abismo entre o que dizem as peças publicitária e a realidade do maranhense.
Ressaltando que a revista foi até legal com o buchudo. Faltou falar do relacionamento corrompido com os demais poderes, do jeito que enfiou uma reforma previdenciária no útero do funcionalismo público e outras contradições mais do que relevantes.