O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou hoje (20), em coletiva de imprensa transmitida do Palácio dos Leões, que vai cobrar dos hospitais privados de Sao Luís a divulgação de informações sobre a taxa de ocupação de leitos de Covid-19, como tem feito a Secretaria de Estado da Saude (SES) em relação aos leitos da rede pública estadual.
Segundo ele, o Procon vai notificar as direções dos hospitais particulares da capital cobrando transparência dos dados.
“No que se refere à rede privada hospitalar de São Luís, o Procon hoje vai notificar os hospitais privados para que eles publiquem, em respeito ao Código de Defesa do Consumidor, a sua situação real, porque nós precisamos, a sociedade precisa saber, qual a real oferta de leitos de coronavírus na rede privada de São Luís”, disse.
A medida do governador foi tomada após ele próprio haver compartilhado fake news sobre o tema na semana passada.
Na noite de quinta-feira (16) Dino foi ao Twitter anunciar que “importantes hospitais privados” já estavam com sua capacidade de atendimento a pacientes de Covid-19 esgotada.
“Importantes hospitais privados do Maranhão informam que não tem mais capacidade de atender pacientes de coronavírus. Isso vai sobrecarregar ainda mais a rede pública. No que depender do governo do Estado, seguirei a política de ampliação ao máximo que eu puder”, publicou o comunista (reveja).
Ele não disse quais, nem quantos hospitais estariam nestas condições. No mesmo momento, coincidentemente, começava a circular nas redes um banner atribuído ao Centro Médico, informando o mesmo.
A direção do hospital negou, e um dos seus proprietários, também (veja aqui).
Na sexta-feira (17), o jornalista Diego Emir publicou respostas de outros “importantes hospitais privados” da capital sobre o assunto. Nenhum confirmava a informação do governador (leia mais).
Cantei essa bola há uma semana. Sem as informações das redes privadas JAMAIS teremos um panorama MINIMAMENTE confiável do avanço do Novo Coronavid. Conheço familiares de vários pacientes que foram à Óbitos que AINDA nao entraram na “morbida” estatistica. Sem essas informações o sistema de Saúde do Estado não tem como prever a contratação de leitos da Rede Privada para complementar a falta de leitos ( inclusive UTIS) da rede Publuca.
Soa mais como uma represália pelo fato dos hospitais particulares terem desmentido o fake news difundido por ele, que por sinal se constitui crime.
O Procon teria mesmo competência legal pra multar os hospitais nesta situação?
Seria a hora da direção dos hospitais particulares representassem o governador com a mesma moeda no MPE e cobrassem providências diante deste flagrante Caso de propagação de FAKE NEWS feito pela autoridade máxima do governo do estado.
obriga? a veia autoritária pulsa, latente. tem lei que obriga?
mandou o Procon notificar
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