José Sarney, meu avô e herói

Por Adriano Sarney*

Nasci em 1980, dos meus 5 aos 10 anos de idade meu avô era Presidente da República. Época em que começo a ter memórias mais vivas de minha infância e da figura de um homem cujo a áurea sempre me acompanhou. Meu avô tem muita influência na minha vida. Primeiro pela sua genialidade e carinho com familiares e amigos, mas também pelo o que ele representa.

Ainda criança me lembro que, mesmo com as responsabilidades e fardos que vinham com as funções que exercia, meu avô sempre foi muito atencioso comigo. Ele é cortês, educado, preocupado e ouve mais do que fala, característica de um sábio. Nunca presenciei alguém chegar em sua casa sem ser atendido prontamente. Ele ajuda ou tenta ajudar todos que o pedem um conselho ou um favor. Trabalha muito, muito mesmo. Quando não está recebendo pessoas, está lendo, escrevendo, estudando. É divertido, conhece centenas de causos, contos e anedotas. Sua memória não falha. É atualizado em tudo: tecnologia, medicina, literatura, política, história, etc. É religioso, tem uma fé inabalável.

Será que todas essas características são as que fazem de José Sarney um gênio? É um gênio um homem que sai do interior do Maranhão e chega à Presidência da República e à Academia Brasileira de Letras. Alguém que se mantém durante décadas na mais complexa atividade humana, a política, e que escreve centenas de livros traduzidos para diversas línguas. Eu já presenciei meu avô sendo homenageado nos Estados Unidos, França, Finlândia e, claro, no Brasil. Afinal, ele assegurou a redemocratização do país e engoliu muito sapo do Congresso, com a paciência que lhe é particular, para aprovar a Constituição de 1988 que, segundo ele, poderia ser melhor, também acho.

Criou o seguro desemprego e o vale transporte. Fez a Lei Sarney, a primeira na história do Brasil de incentivo a cultura. Decretou a distribuição de coquetéis anti-HIV gratuitos. Criou o programa do leite que foi eleito pela ONU a melhor ação social do mundo na época. Fala-se da inflação no governo Sarney, mas, talvez por má fé, esquecem do principal, a economia do país cresceu. O produto interno bruto (PIB) teve um crescimento de 22,72% e o PIB per capita de 12,51%. Basta uma comparação com os números dos últimos 5 anos.

No Maranhão, José Sarney seja enquanto governador, mas também presidente e até mesmo no período em que foi senador pelo Amapá trouxe a energia, implementou o maior programa de educação da história de nosso estado, o João de Barro, expandiu a cidade de São Luís construindo a Ponte do São Francisco, articulou a criação do Porto do Itaqui e da ferrovia Norte-Sul, construiu a São Luis-Teresina, dentre muitos outros. Para os que ainda são críticos, lamento informar que o Maranhão sem José Sarney não teria porto nem infraestrutura e consequentemente não seríamos um importante polo agrícola e uma das principais economias do Brasil.

Tenho sorte e orgulho de ter esse homem de cabeça privilegiada e gentil como avô. Essa semana ele fez 90 anos de idade. Desejo a ele saúde e felicidade. Que continue dando exemplos de humildade, doação e amor pela família e por Deus.

Parabéns meu avô e herói!

*Deputado Estadual, Economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbonne, França) e em Gestão pela Universidade Harvard.Email: [email protected]: @AdrianoSarneyFacebook: @adriano.sarneyInstagram: @adrianosarney

10 pensou em “José Sarney, meu avô e herói

  1. Claro que tu NÃO VAIS publicar o que escrevo a respeito do que José Sarney REALMENTE pensa sobre Adriano, afinal patrões e donos se confundem, e “contrariar” o patrão NAO É bom, vejam o exemplo de Sérgio Moro e o BOSTANARO.

    • Esse é o perfil de esquerdinha, comunistas, ateu, ladrão, preguiçoso, oportunistas, contra a família tradicional, a favor da maconha. Passar o dia falando merda. Para o dia passar logo e não ter que trabalhar .

    • Você é um fake. O que esperar de crápulas como você? Esquerdinha preguiçoso e invejoso que usufrui do trabalho dos outros?

  2. Bela homenagem. Em momentos cruciais da vida nacional José Sarney sempre esteve presente e com atuação reconhecida por todos os cientistas políticos do país. A voz do consenso e do equilíbrio. Uma enciclopédia para consulta permanente aos ocupantes de importantes cargos públicos.

  3. Homenagem muito bonita de um neto que já segue os passos do avô. Sempre atencioso também com as pessoas e de uma áurea resplandecente. Muito sucesso, felicidades e anos de vida aos dois!

  4. Que artigo bonito de se ler!! Adriano tem muitos pontos parecidos com seu avô, a inteligencia é um !! Parabéns pelo artigo e pelos 90 anos

  5. Ele deveria era pedir desculpas ao avô por querer renegar o sobrenome sarney e ser chamado apenas deputado Adriano,e agora vem com essa de admiração ? Kkkk

  6. Sem comentários. Alguém sempre me disse, só é crítico ou inimigo do Sarney, quem nunca conversou com ele. Grande sedutor. Sedutor de ideias, das palavras, do convencimento. 90 anos é muito pouco para um ser humano apaziguador. Ele é maior referência desse país. Procura o Sarney…

  7. UMA PENA, QUE ADRIANO NÃO TENHA O MESMO PERFIL POLÍTICO DO AVÔ(AMIGO DOS AMIGOS). É UMA VERSÃO DE SARNEY FILHO!

  8. Esse Sarney que se esconde sob a fachada deste texto, não parece com o Sarney real no meu ponto de vista. Onde a família instaurou seu poder político a fome, a pobreza, o analfabetismo predominaram. Primeiro no Maranhão, depois no Amapá. Mas compreendo a visão de um neto pelo avô. Siddhartha Gautama também achava o pai um justo rei até que saiu das dependências do palácio e pode averiguar a miséria a que era submetida o povo.

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