Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado César Pires cobrou do governo Flávio Dino a regularização de salários e indenizações dos profissionais de saúde contratados pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH). O parlamentar revelou que os médicos estão com três meses de salários atrasados e outros trabalhadores dispensados da rede estadual de saúde não receberam as rescisões a que têm direito. “O Maranhão já recebeu mais de R$ 114 milhões do governo federal para o combate à pandemia do coronavírus. Onde estão sendo gastos esses recursos, se não estão pagando quem trabalha nas unidades de saúde?”, questionou.
O não pagamento dos salários de abril, maio e junho foi denunciado ao deputado por médicos contratados pela EMSERH. Ele também recebeu a denúncia de que enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, maqueiros e outros profissionais que prestaram serviços no Hospital Real – que havia sido arrendado pelo governo estadual e já desativado – ainda não receberam o salário de junho e nem a rescisão trabalhista. “Onde está o respeito por esses trabalhadores, chamados de heróis nas entrevistas do governador e nas propagandas? Eles não são super-heróis, muitos adoeceram e alguns até morreram na assistência às vítimas da pandemia. Não é justo que sequer recebam o pagamento a que têm direito”, enfatizou César Pires.
Na semana passada, a Assembleia aprovou a Medida Provisória 319, que autoriza o Executivo a abrir crédito extra de R$ 71 milhões, mais um repasse do governo federal para o enfrentamento à Covid no Maranhão. Na ocasião, César Pires cobrou transparência do governo estadual sobre a aplicação desses recursos, pois há divergência de informações sobre a quantidade de leitos e de respiradores destinados aos pacientes que contraíram o coronavírus no estado.
“Sem receber esclarecimentos do governo estadual, acionamos a Polícia Federal e o Ministério Público, estadual e federal, para garantir maior transparência na aplicação das verbas federais no Maranhão. Recebemos desses órgãos a informação de que já há procedimentos instaurados para apurar essa questão. Vamos oficiar também os órgãos de fiscalização e controle em Brasília”, finalizou o parlamentar.
É surreal saber que um profissional de saúde recebe um salário tão baixo, depois da terceirização em massa dos serviços de saúde, as empresas administram as unidades de saúde com o dinheiro que os estado repassa e por sua vez os colaboradores são desvalorizados e desrespeitados, não recebem nenhuma vantagem ou gratificação como aquela do SuS para quem trabalha na emergência, mesmo aquelas pessoas contratadas pela Emserh por meio de seletivo, o valor é vergonhoso. Uma amiga técnica em enfermagem seletivada da Emserh acabou de pedir demissão da UPa por causa do baixo salário cerca de R$ 1000, 00. É o governo da mudança que veio tirar o Maranhão do atraso. Absurdo!
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