Em oitiva, prefeito de Caxias confirmou cooptação, diz ‘Aije do Mais Asfalto’

O prefeito de Caxias, Fábio Gentil (Republicanos), foi um dos ouvidos em depoimento durante a instrução da ação do Mais Asfalto na Justiça Eleitoral.

Junto com o Aije da ‘Farra dos Capelães’, este processo pode levar à cassação e à declaração de inelegibilidade do governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB).

Na oitiva, Gentil acabou confirmando que os R$ 73 milhões transferidos “fundo a fundo” da Saúde estadual para as prefeituras, no ano da eleição de 2018, podem ter sido uma forma de cooptar apoio político.

Caxias, por exemplo, recebeu quase R$ 8 milhões.

Em seu depoimento, o prefeito caxiense foi questionado sobre se ele esteve no Palácio dos Leões para tratar de convênios logo após tecer duras críticas ao Governo do Estado pelo corte de 98% dos repasses.

Gentil confirmou, e explicou por que, após uma reunião com po governador, mudou de opinião sobre a gestão.

“Eu acreditei que após o fim desse convênio da Secretaria de Saúde com o município de Caixas fosse algo pessoal, acreditei que fosse algo pessoal. COM A MINHA IDA ‘A SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO, COM O INÍCIO DO PROCESSO DE CONVÊNIO NOVAMENTE COM NOSSA GESTÃO, EU ACREDITEI NO PROJETO POLÍTICO DELE [Flávio Dino]”, destacou.

Para a advogada Anna Graziella, que assina a peça, a declaração do prefeito não deixa dúvida sobre o uso da máquina pra angariar apoio à reeleição do governador Flávio Dino.

“Os trechos do depoimento […] corroboram com as provas anexadas na inicial e demonstram, com muita clareza, o abuso de poder político e econômico praticado pelo Governado do Maranhão. Na exordial foi provado pela Coligação Investigante que Fábio Gentil após receber cerca de 08 (oito) milhões de reais aderiu ao projeto político de reeleição dos Investigados”, destacou.

O processo – juntamente com a Aije da “Farra dos Capelães” – segue tramitando no TSE, sob relatoria do ministro Carlos Horbach no TSE, que já o encaminhou à procuradoria eleitoral para parecer (saiba mais).

Seguiremos cobrindo o caso.

Aguardem…