Ampem repudia Yglésio após solução de problema no Olho d’Água

A Associação do Ministério Público do Maranhão (Ampem) encaminhou ao Blog do Gilberto Léda, na tarde de ontem, 16, uma nota de repúdio contra o deputado estadual Yglésio Moyses, em virtude do embate dele com o promotor Cláudio Guimarães.

Os dois entraram em novo conflito no fim de semana depois de o parlamentar dirigir-se ao Olho d’Água para restabelecer o acesso de veículos de moradores do local por dois pontos que estavam bloqueados.

Guimarães diz que Moyses estava descumprindo ordem judicial.

“A Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão – AMPEM, por sua Diretoria […] vem a público manifestar seu profundo repúdio pelas atitudes praticadas por este parlamentar que, por óbvio, não retratam os posicionamentos e atitudes da Casa Parlamentar à qual pertence, fatos estes que demonstram o absoluto descaso do citado Deputado Estadual pelos Poderes democraticamente constituídos, quando de forma arbitrária, desarrazoada e truculenta desrespeitou uma sentença judicial transitada em julgado”, diz o comunicado, que critica o deputado, ainda, por agir “de forma provocativa e desrespeitosa em relação à pessoa do Promotor de Justiça Claudio Guimarães”.

A manifestação, no entanto, veio horas depois de a ação do deputado garantir, na prática, o cumprimento de toda a decisão judicial citada tanto pelo promotor, quanto pelo órgão de classe (saiba mais).

Como mostrou o blog, em duas decisões, uma de 2012 e outra de 2015, o juiz federal Ricardo Macieira determinou à Prefeitura de São Luís que vetasse o trânsito de veículos na praia, mas que garantisse o acesso a moradores e fornecedores dos bares e restaurantes localizados na faixa de areia.

Com o bloqueio dos acessos, da forma que estava, apenas parte destes despachos estava sendo cumprida.

Após a ação de Yglésio, a SMTT já montou uma barreira na entrada da praia, para identificar e cadastrar moradores e trabalhadores e, enfim, garantir o total cumprimento da sentença.

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  1. Faltou a Nota de Repúdio da Ampem se reportar também a quem deveria fazer cumprir a ordem judicial em questão, que por sinal nunca foi cumprida a contento.

    Não é demais lembrar, por oportuno, neste momento, as inúmeras ordens judiciais sobre reintegração de posse que nunca foram dadas cumprimento pelo sistema de Segurança do MA ou que foram dadas cumprimento por seletividade, e as quais o MP parece que ficou silente.

  2. Esse atrito conforme vídeos que circularam nas redes sociais tem caráter a nível “ particular/pessoal” entre os Srs Cláudio e Yglesio.
    Não tem nada haver uma associação ou os órgãos que os dois fazem parte se envolver em defesa de A ou B.
    Inclusive é bem claro que estavam ambos “ fora das funções “, basta ver as vestes e debate com outros moradores.

    Ali seria como uma discussão em uma reunião de condomínio ou em um estádio de futebol, etc…

  3. Quem garantiu foi o município, e muito fora do prazo. Se a sociedade começar a agir com truculência com vistas a garantir direitos, prepare-se para a barbárie.

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