Deputados e senadores querem aumentar salários para R$ 36,8 mil

Estadão

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) apresentar proposta de aumento de 18% para seus ministros e todos os magistrados da Justiça Federal, deputados e senadores começaram a pressionar os presidentes da Câmara e do Senado para também ter direito a reajuste. O Estadão apurou que a proposta em discussão é de elevar o salário dos parlamentares em 9%. Esse porcentual elevará o vencimento de R$ 33,7 mil para R$ 36,8 mil.

Com a campanha eleitoral já nas ruas, a cúpula do Congresso não cogita, no entanto, por o tema em pauta neste momento. O assunto só vai entrar na agenda de votação após outubro. Para garantir o reajuste à próxima legislatura, a proposta terá que ser aprovada ainda este ano.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já trataram do assunto. O Estadão apurou que eles combinaram de não antecipar a discussão para evitar que a pressão aumente em período de campanha. Quem defende a correção salarial dos parlamentares alega que eles estão há 8 anos sem reajuste e que haveria recursos para bancar o reforço no contracheque. A última correção foi feita em 2014.

Segundo integrantes da cúpula do Legislativo, a ideia é aprovar correção salarial de 9%, inclusive para os magistrados, metade do que o defendido pelo STF e também pelo Ministério Público da União. Os reajustes só são aprovados após votação de projetos de leis pelo Congresso.

No rastro do aumento do Judiciário e do Legislativo, a discussão também deve alcançar o presidente da República e ministros de governo. Atualmente, Jair Bolsonaro recebe R$ 30,9 mil, além da aposentadoria como militar.

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) evitou falar de aumento e não quis antecipar juízo sobre a proposta de correção defendida pelo Supremo Tribunal Federal. “Vou ouvir governo e líderes”, disse.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ), também líder do governo, compartilha da mesma indefinição e desconversou quando perguntado sobre se apoia ou rejeita o movimento de reajuste e declarou que ainda não conhece o texto da proposta do Judiciário. Mesmo assim, o senador admitiu que há pressão para que o Poder Legislativo também ganhe aumento. “Deve ser muito pensado. Isso dá um efeito cascata não só no Poder Judiciário, mas no Poder Legislativo. Posso falar isso porque o Senado, talvez de todo o Legislativo, é o órgão que não alcançou o teto. Eu soube que a gente está 7% abaixo do teto há muitos anos”.

Dois partidos, Novo e PT, se declararam contra o reajuste para o Judiciário. O deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), líder do partido e candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Felipe D’ávila, afirmou que a proposta “indecente” e que a legenda vai votar contra. “A proposta precisa passar pelo Congresso e vocês já sabem com qual partido poderão contar para votar contra o aumento e com qual candidato a Presidente para vetar a proposta, caso esta seja aprovada pelo Congresso”.

O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), criticou o STF por tentar ganhar o aumento em um momento que o reajuste do salário mínimo não repõe as perdas da inflação. “O momento não é apropriado para debater aumento do salário do andar de cima. O ideal é garantir ganho real para o salário mínimo, para os 70 % que ganham até dois salários mínimos”, disse o mineiro.

Como revelou o Estadão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, procurou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, para pedir que o magistrado “segure” o envio do projeto de lei que propõe o reajuste de 18% nos salários de juízes e servidores do Poder Judiciário. Guedes teria apelado a Fux sob o argumento de que o governo não conseguiria comportar o aumento concedido pelos ministros aos seus pares na Justiça no Orçamento de 2023. A movimentação do ministro da Economia não deu certo. Fux se negou a travar o assunto avisando que agora o assunto terá que ser definido pelo Legislativo.

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário e Mpu (Fenajufe) chegou a mandar associados com buzinas para a porta do Supremo, com o objetivo de atrapalhar as sessões, porque Fux se negava a dar encaminhamento aos pedidos da categoria. Se aprovado, o reajuste salarial ao Judiciário deve custar R$ 5,8 bilhões aos cofres da União até 2024, segundo consultoria do Congresso.

Pedreiras: prefeitura diz que não houve uso indevido de verba para exodontias

Há cerca de um mês, a Revista Piauí divulgou matéria falando sobre a possibilidade do uso do orçamento secreto por municípios maranhenses, com uso indevido dos recursos. Um dos municípios citados foi Pedreiras, situado a cerca de 260km da Capital São Luís. Na matéria, o município de Pedreiras teria realizado um numero alarmante de exodontias (extração de dente).

Ao tomar conhecimento da notícia, a Secretaria Municipal de Saúde, informou que aconteceu um erro de digitação no mês de setembro, no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) e Sistema de Informação Hospitalar (SIH) do Ministério da Saúde. Onde deveria ter sido digitado o valor “54” foi digitado 540.301.

O mais importante ser reforçado, ainda de acordo com a Secretaria, é que Independentemente da quantidade de exodontias realizadas, o repasse efetuado através do Fundo a Fundo ao Fundo Municipal de Pedreiras, para o serviço do Centro de Especialidades Odontológicas de R$ 11.000,00 (onze mil reais), é um valor fixo, de acordo com o art. 2º, inciso II, da Portaria nº 1. 341, de 13 de junho de 2012.

A matéria publicada, no entanto, dá a entender que tais números foram inflados para conseguir mais verbas para o município de Pedreiras.

A Prefeitura Municipal informou que foi aberto processo de auditoria interna através da Controladoria Geral do Município para apurar os fatos. Além disso, foi solicitado, de ofício, ao Ministério da Saúde, abertura do sistema para corrigir os dados digitados erroneamente e ainda, nomeada comissão de sindicância para apurar minuciosamente os fatos.

Abaixo, dados do mapa de produtividade onde é possível verificar mensalmente a quantidade de atendimentos, e observado a disparidade de informações dos meses que antecedem e os posteriores.

Baixe aqui, aqui e aqui a documentação.

TJ-MA confirma decisão que anulou operação do Gaeco contra Josimar

A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão rejeitou, por unanimidade, recurso da PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) e manteve decisão liminar do desembargador Antônio Fernando Bayma Araújo que anulou as buscas realizadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público do Estado, no bojo da megaoperação Maranhão Nostrum.

A informação é do Atual 7.

Também foi mantido o ponto da decisão que suspendeu as investigações do procedimento investigatório criminal relacionado ao caso, além da imediata paralisação da extração de dados e devolução dos bens apreendidos dos investigados.

O desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos e o juiz convocado Samuel Batista de Souza acompanharam Bayma Araújo, relator do habeas corpus impetrado pelo ex-prefeito de Araguanã, Valmir Amorim (PL), um dos alvos da operação. Contrária ao parecer da PGJ, a confirmação da decisão teve o julgamento concluído na última terça-feira (9), em sessão virtual iniciada no início de agosto.

Deflagrada em outubro do ano passado, a ação foi realizada de forma espetaculosa e contou com o apoio da Polícia Civil maranhense, por meio de forte aparato da SECCOR (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção), CTA (Centro Tático Aéreo) e até do GPE (Grupo de Pronto Emprego), exclusivo para atuação em situações de risco diferenciado.

Ilson deixa o cargo de CEO do Grupo Mateus

O Grupo Mateus acaba de anunciar uma reorganização interna, promovendo a CEO um executivo que cresceu com o grupo e contratando um CFO experiente para melhorar a comunicação com o mercado.

A rede varejista do Norte/Nordeste disse agora há pouco que o fundador Ilson Mateus será o chairman da companhia, entregando o cargo de CEO a Jesuíno Martins, seu braço direito que fez toda a carreira no grupo.

A companhia anunciou que Túlio Queiroz, o atual CFO da Guararapes, será o novo vice-presidente de finanças e RI do grupo. Túlio, que está há quase 20 anos no grupo que controla as Lojas Riachuelo, começa no novo cargo em 22 de agosto. Ele disse ao Brazil Journal ter ficado “impressionado com a clareza  que o Ilson tem sobre os papeis e responsabilidades de cada um.”

Sandro Oliveira será o vp de operações e logística, assumindo atribuições que eram de Jesuíno. As mudanças são a maior redesenho da governança da companhia desde sua fundação há 36 anos – e em parte uma reinvidicação do mercado, que pressionava por uma melhor comunicação da companhia desde o IPO.

O atual CFO, José Morgado, vai continuar na empresa, cuidando do relacionamento com os bancos e financiamentos. Ilson disse ao Brazil Journal que as mudanças lhe permitirão focar na estratégia e na expansão, enquanto Jesuíno e Túlio conduzem o dia a dia.

Leia mais em https://braziljournal.com/grupo-mateus-troca-ceo-cfo-fundador-passa-a-chairman/ .

Fundo Eleitoral: União e PT receberão juntos mais de R$ 1,2 bilhão

Dos R$ 4,9 bilhões do Fundo Eleitoral, R$ 758 milhões (15%) vão para o União Brasil, e R$ 500 milhões (10%) para o PT – uma soma de mais de R$ 1,2 bilhão para essas duas legendas. Ainda lideram a lista MDB (R$ 360 milhões), PSD (R$ 343 milhões), PP (R$ 333 milhões) e PSDB (R$ 317 milhões).

Segundo as regras atuais, os recursos públicos são as principais fontes para financiar a campanha, que começa na próxima terça-feira (16).

Distribuição
Os partidos só receberão o dinheiro depois que definirem critérios para a distribuição do fundo a seus candidatos. A definição é uma decisão interna de cada agremiação e deve obedecer apenas uma cota de gênero proporcional às candidatas mulheres.

Esses parâmetros devem ser aprovados pela maioria absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional e precisam ser divulgados publicamente. Até o momento, apenas quatro legendas repassaram ao TSE os critérios fixados para distribuição do fundo de campanha a seus candidatos:  União Brasil, PP, Republicanos e PL.

Mais uma vez, o partido Novo renunciou ao repasse dos valores para financiar as campanhas eleitorais da legenda e sua cota será revertida ao Tesouro Nacional.

Outros recursos
Os partidos políticos contam com duas fontes de recursos públicos para financiar os candidatos, o Fundo Eleitoral e o Fundo Partidário. Enquanto o Fundo Eleitoral é uma das principais fontes de receita para campanhas eleitorais, o Fundo Partidário não é utilizado apenas nas eleições, mas pode custear despesas de rotina dos partidos, como contas de aluguel, passagens aéreas e funcionários.

Em 2022, o Fundo Eleitoral conta com R$ 4,9 bilhões, enquanto o Fundo Partidário é de R$ 1,1 bilhão. Em 2018, as campanhas para a Câmara dos Deputados receberam R$ 1,354 bilhão. Desses recursos, R$ 842 milhões vieram do Fundo Eleitoral, e R$ 191 milhões do Fundo Partidário. O restante, de quase R$ 322 milhões, foram doações de pessoas físicas, recursos próprios dos candidatos, financiamento coletivo (vaquinhas virtuais) e doações pela Internet.

Regras
A maior parte dos recursos do Fundo Eleitoral é distribuída entre os partidos de acordo com o número de representantes na Câmara dos Deputados. Segundo a Lei das Eleições, a distribuição ocorre conforme a seguir:

  • 2% dos recursos são repartidos igualmente entre todos os partidos;
  • 35% entre legendas que contam com pelo menos um deputado federal, seguindo a proporção de votos que cada partido recebeu em 2018;
  • 48% entre as agremiações com representação na Câmara dos Deputados, conforme a proporção das respectivas bancadas;
  • 15% proporcionalmente à representação dos partidos no Senado Federal.

Para esse cálculo, são consideradas as retotalizações de votos determinadas pela Justiça Eleitoral que tenham sido realizadas até 1º de junho de 2022. Não são computados, no entanto, os deputados federais que mudaram de legenda porque os partidos pelos quais foram eleitos não cumpriram a cláusula de barreira.

Com a reforma eleitoral (Emenda Constitucional 111/21), os votos dados a candidatos negros e candidatas mulheres passarão a ser contados em dobro para o cálculo do Fundo Eleitoral.

Veja aqui a lista detalhada.

Anvisa analisa cinco pedidos para diagnóstico da varíola dos macacos

Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta quinta-feira (11), o balanço dos pedidos de registro de produtos para o diagnóstico de varíola dos macacos. No total, foram cinco pedidos e todos já tiveram sua análise iniciada.

Segundo a agência, os dois primeiros produtos foram Viasure Monkeypox Virus Real Time PCR Detection Kit, fabricado na Espanha pela empresa CerTest Biotec, e Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit, fabricado na China pela empresa Shanghai BioGerm Medical Technology. Ambos são ensaios moleculares, passaram pela avaliação do corpo técnico da Anvisa e aguardam complementação de informações por parte das empresas solicitantes para continuidade da análise.

O terceiro produto, que teve o pedido de registro submetido no dia 8 de agosto, também é um ensaio molecular e corresponde ao Standard M10 MPX/OPX, que tem como fabricante legal a empresa nacional Eco Diagnóstica, mas que tem parte da sua produção ocorrendo em outro país. A análise técnica da documentação está em curso.

Os pedidos mais recentes deram entrada na quarta-feira (10). Um deles, o Monkeypox Virus Antigen Rapid Test, o primeiro pedido relacionado a teste rápido para detecção de antígeno, fabricado pela empresa chinesa Shanghai BioGerm Medical Technology, e o produto Kit Molecular Monkeypox (MPXV) Bio-Manguinhos, fabricado no Brasil pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos.

Em nota, a Anvisa destacou que a prioridade é “a avaliação de todos os pedidos de registro de produtos para diagnóstico in vitro que possam ser utilizados como recurso para o enfrentamento da monkeypox [varíola dos macacos, em inglês]”.

Prefeito de Presidente Dutra declara apoio à reeleição da deputada Daniella

Está consolidado o apoio do prefeito Raimundinho da Audiolar à pré-candidatura da deputada estadual Daniella (PSB) à reeleição. A parlamentar foi recebida pelo gestor em sua residência e, após diálogo promissor, os dois gravaram um vídeo para confirmar a parceria em benefício dos conterrâneos de Daniella e fortalecer a representação da região Central no Parlamento Estadual.

“Contar com o apoio do amigo Raimundinho só aumenta minha responsabilidade na busca por mais qualidade de vida do povo de Presidente Dutra e por mais investimentos para nossa região. Agradeço de todo coração por este grande e importante apoio consolidado. Seguiremos juntos, unidos em uma só força”, ressaltou Daniella.

Publicamente, o prefeito Raimundinho enalteceu a atuação da deputada e afirmou que a relevância de seu trabalho foi fundamental para confiar a ela apoio no pleito de 2022.

MOB nega que ferry tenha sido rebocado nesta quinta-feira

Mais uma fake news envolvendo o serviço de travessia por ferryboat entre São Luís e Cujupe ganhou as redes sociais nesta quinta-feira, 11.

Segundo o boato, uma embarcação da Internacional Marítima teria encalhado no lado alcantarense da Baía de São Marcos, precisando de reboque de outro ferry.

A empresa, no entanto, desmentiu a informação.

Veja nota da MOB:

Maranhão tem mais nove casos suspeitos de varíola do macacos

Blog do Zeca Soares

O secretário de Estado da Saúde, Thaigo Fernandes, afirmou, nesta quinta-feira (111), em entrevista à Rádio Mirante AM que nove casos suspeitos de varíola dos macacos estão sendo investigados no Maranhão.

Segundo o secretário, a análise do material coletado deverá demorar aproximadamente 10 dias para que seja confirmado ou descartado novos casos da doença no estado.

“Os casos na sua maioria são aqui na Região Metropolitana, em São José de Ribamar, mas temos casos em Buriticupu e Balsas que estão sendo intestigador”, afirmou Thiago Fernandes.

O primeiro caso de varíola dos macacos no Maranhão foi confirmado ontem (10), pelo próprio secretário de Saúde. Um homem de 42 anos que está internado em estado instável, no Hospital Dr. Carlos Macieira e já deverá ter alta na próxima semana.

Além dos nove casos sob investigação e do caso confirmado, outros três casos já haviam sido descartados anteriormente.

Foto: Rodrigo Bonfim