O plano da oposição para Eliziane

elizianeA ideia ainda é compartilhada por poucos oposicionistas, mas deve ser levada à deputada estadual Eliziane Gama, pré-candidata do PPS ao Governo do Estado, em breve.

Cientes de que a pretensão da parlamentar de disputar a eleição para governadora apenas atrapalha os planos do pré-candidato do PCdoB, Flávio Dino, aliados do comunista estudam fazer a ela uma proposta de longo prazo que evite a candidatura.

Tentarão convencê-la a ser candidata a deputada federal – uma eleição praticamente garantida – com a promessa de que a oposição a apoia como uma das candidatas a senadora em 2018, quando haverá duas vagas em aberto.

O principal argumento dos que defendem essa tese é o de que Eliziane Gama não tem grupo e que, por mais que ainda “surfe” na onda do bom resultado eleitoral de 2012, esse bom momento não durará muito tempo sem uma estrutura política que lhe dê sustentação.

Alguns acreditam que não dure, sequer, até 2016, ocasião em que ela deve ser novamente candidata a prefeita de São Luís.

Na teoria, o plano parece fazer todo o sentido do mundo. Mas há quem acredite que a deputada já passou do que se chama “ponto sem retorno” em sua pretensão de disputar a eleição para o Governo já em outubro deste ano.

Arnaldo Melo recebe pressão da família e se aconselha com colegas

arnaldoAté da família o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), tem recebido pressão para ser o governador do estado caso haja eleição indireta para o cargo.

O peemedebista é uma espécie de “coringa” no jogo sucessório e o Palácio dos Leões tem estudado uma forma de tirá-lo do caminho para viabilizar a eleição indireta de Luis Fernando (PMDB). Mas sem sucesso até agora.

Aos colegas parlamentares com quem tem conversado sobre o assunto, Melo tem relatado o desejo de familiares de que ele seja governador e questionado o que eles fariam em seu lugar.

De praticamente todos, ouve o mesmo: “eu não abriria”.

Oposição insufla Zé Reinaldo a ser candidato a governador em eleição indireta

flavio-e-reinaldo1A oposição parece ter acordado do sonho de transformar o presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB), numa espécie de baluarte oposicionista caso ele venha a ser eleito governador pela via indireta.

As recentes demonstrações do peemedebista de que manterá o apoio ao seu grupo político, fizeram comunistas, socialistas e afins mudarem o rumo.

Passaram o fim de semana inteiro procurando parlamentares do Bloco da União Democrática (BUD), presidido pelo deputado Marcos Caldas (PRP), para lhes fazer uma proposta: pedir apoio da bancada à eleição do ex-governador Zé Reinaldo (PSB) numa eventual eleição indireta na AL.

O problema é que, além de o grupo ser governista – apesar de posicionar-se com certa independência em alguns temas -, pelo menos dois deputados do BUD são umbilicalmente ligados a Arnaldo.

Não deve prosperar a nova investida…

Maranhão pode ter sexta eleição indireta para governador

Se ocorrer, escolha ficará a cargo de deputados

Se ocorrer, escolha ficará a cargo de deputados

As recentes declarações da governadora Roseana Sarney (PMDB) sobre mudanças no secretariado e a possibilidade de renúncia ao cargo para disputar a vaga no Senado a ser aberta com o fim do mandato do senador Epitácio Cafeteira (PTB) ampliaram a discussão sobre a possibilidade de eleição indireta para o Governo do Estado.

Oficialmente, a peemedebista declarou em entrevista coletiva no Palácio dos Leões, no início da semana passada, que ainda não se decidiu sobre o assunto. “Todo mundo muito curioso quanto ao Senado. Eu quero dizer a vocês que ainda não tem uma definição. Eu vou definir no começo de março”, afirmou. Mas os sinais emitidos têm sido interpretados por analistas políticos como indícios de que a renúncia realmente ocorrerá.

A eleição de um governador pela Assembleia Legislativa, entretanto, não é fato inédito no Maranhão. Desde 1935, já houve cinco ocasiões em que o mandatário do Executivo estadual foi escolhido pela via indireta. E em uma oportunidade o Legislativo foi o responsável pela indicação do vice-governador do Estado.

O histórico de eleições indiretas no Maranhão começa com o médico Aquiles de Faria Lisboa – que hoje dá nome a um hospital em São Luís. No ano de 1935 ele foi o primeiro governador eleito pela Assembleia Legislativa. Um ano depois, é registrado o segundo caso: a eleição de Paulo Martins de Sousa Ramos, indicação direta do então presidente Getúlio Vargas.

A terceira eleição indireta no estado ocorreu, curiosamente, apenas para o cargo de vice-governador. O caso ocorreu em 1947. Um ano antes, Sebastião Archer da Silva havia chegado ao cargo de governador em eleições gerais, pela via direta. Mas sem um vice, que só foi escolhido um ano depois, novamente em votação no Legislativo, da qual saiu eleito Saturnino Bello.

Revolução – Os outros três registros de eleição indireta são pós-Revolução de 64, e são tema do ainda inédito “A revolução de 64 no Maranhão”, livro do jornalista, advogado e ex-deputado estadual Benedito Buzar, a trechos do qual O Estado teve acesso com exclusividade.

Na obra, ele conta em detalhes as histórias das eleições de Pedro Neiva de Santana, em 1970; de Nunes Freire, em 1974; e de João Castelo, em 1979, todos por votação na Assembleia Legislativa e com a participação direta do hoje senador José Sarney (PMDB-AP).

“Para coordenar sua própria sucessão, a Arena [Aliança Renovadora Nacional] delegou o governador José Sarney, em função de sua exemplar atuação à frente do Poder Executivo”, destaca Buzar sobre a escolha de Pedro Neiva.

Na eleição seguinte, em 1974, pontua o escritor, o líder político Vitorino Frente – cujo grupo havia sido derrotado pelo próprio Sarney, em 1966 – ainda ressurge. Aliando-se a Pedro Neiva, ele tentara emplacar Lourenço Tavares como governador biônico. O senador José Sarney vetou e tentou indicar dois nomes: Miguel Nunes e Eurico Ribeiro.

Os militares, contudo, rejeitaram as três indicações e acabaram recomendando a escolha de Osvaldo da Costa Nunes Freire, eleito em 15 de novembro. “Durante o curso do seu mandato, Nunes Freire aproximou-se mais de Vitorino Freire que de Sarney, fato que terminou gerando o rompimento político e pessoal entre o senador e o governador”, relata Buzar.

A última eleição indireta no Maranhão ocorreu em 1979, quando, também com o apoio de Sarney, o então deputado federal João Castelo foi o escolhido.

Eleições indiretas no Maranhão

1935 – Aquiles Lisboa é o primeiro governador eleito pela via indireta no Maranhão

1936 – Indicado por Getúlio Vargas, Paulo Ramos é eleito por votação na Assembleia

1947 – Saturnino Bello é eleito vice-governador biônico; o governador, Archer da Silva, havia sido eleito, por votação direta, um ano antes

1970 – Sob a tutela de José Sarney, Pedro Neiva de Santana é eleito pela via indireta

1974 – Vitorino Freire retorna à cena e, para encerrar impasse com Sarney, militares indicam Nunes Freire como governador

1979 – Novamente com o apoio de Sarney, o então deputado federal João Castelo é eleito governador biônico

Sem interesse do PT, vice em eleição indireta pode ser Milhomem

tatamilhomemDiante da aparente falta de interesse do PT em antecipar as discussões sobre a possibilidade de formação de uma chapa com o PMDB já para uma possível eleição indireta, deputados governistas iniciaram um movimento para indicar um colega de bancada para o posto. O escolhido foi Tatá Milhomem (PSD), conforme antecipou ontem o jornalista Jorge Aragão (veja aqui).

A proposta foi apresentada inicialmente pelo deputado Rogério Cafeteira (PSC) e prontamente aprovada por um grupo de pelo menos cinco deputados. A ideia é fazer uma homenagem a Milhomem, ex-presidente da Casa e que já decidiu se aposentar da carreira política ao final deste mandato.

A indicação de um vice para a chapa do governador em eleição indireta será uma das prerrogativas da Resolução a ser editada caso a governadora Roseana sarney decida deixar o cargo. A prioridade é do PT, mas qualquer outro partido poderá fazer a indicação. Milhomem é do PSD, um dos principais partidos da base do governo e alido ao PMDB.

Em contato com O Estado, por telefone, o deputado confirmou haver sido procurado para tratar do assunto. “Houve uma conversa, de fato. Nada oficial. Mas me procuraram com essa proposta”, disse.

O parlamentar afirmou que não “esnobaria” o convite, caso as conversas avancem e a proposta seja oficializada. “Em política, não há como se esnobar um convite desses. Se ele for feito de forma oficial, se as conversas avançarem, eu aceito, sim”, concluiu.

Assembleia pode ter nova eleição para presidente

plenarioA eleição indireta para o Governo do Estado – se ocorrer – pode provocar, também, nova eleição para o comando da Assembleia Legislativa.

Muita gente ainda tem dúvidas sobre o assunto, mas o fato é o seguinte: em caso de renúncia da governadora Roseana Sarney (PMDB), quem assume o Governo do Estado é o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB). Ele passará 30 dias no cargo até a realização de eleição indireta.

Nesse ínterim, a presidência da Casa passa ao vice-presidente, deputado Max Barros (PMDB), que, em qualquer hipótese, só tem garantido um mês de efetivo exercício do comando.

Se Arnaldo Melo não se eleger governador pela via indireta, ele retorna à Assembleia, ainda como presidente, após os 30 dias. Mas, se for eleito, o presidente em exercício da AL, Max Barros,  precisa, então, convocar nova eleição para o cargo deixado vago por Melo.

Roseana e os sinais da renúncia

(Foto: Biné Morais /O Estado)

(Foto: Biné Morais /O Estado)

A governadora Roseana Sarney (PMDB) disse ontem (19) ainda não haver decidido se sai, ou não, do cargo para disputar em outubro deste ano a vaga no Senado a ser aberta com o fim do mandato do senador Epitácio Cafeteira (PTB).

Mas pelo menos três sinais fazem crer que a decisão está, sim, tomada e que ela é pela renúncia.

Sinal 1: “Eu vou definir no começo de março”, disse a peemedebista. Roseana tem até o dia 5 de abril para renunciar sem se tornar inelegível. Se a decisão ocorrerá no início de março, é sinal de que deixará o cargo e, ainda, tentará criar as condições para que Luis Fernando (PMDB), secretário de Infraestrutura, seja eleito pela via indireta.

Isso porque, saindo no começo do próximo mês, Roseana permite ao presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB), assumir o Governo por 30 dias, convocar a eleição, e depois retornar ao seu posto no Legislativo sem estar inelegível.

Sinal 2: A governadora tentou minimizar o fato, mas confirmou que já expediu a todos os secretários uma recomendação para que emitam cartas nas quais deixam os cargos à disposição – no caso dos secretários candidatos, a intenção é que façam em no máximo uma semana.

Esse movimento sugere que Roseana já “prepara o terreno” para que o seu sucessor tenha liberdade para montar a equipe que conduzirá o Executivo nos nove meses restantes do ano.

Sinal 3: Perguntada sobre a eleição indireta, Roseana falou abertamente sobre o assunto, com se já fosse – porque o é – fato consumado que haverá a escolha de um novo governador pelo Legislativo.

“Eu acredito que eles [deputados] vão se acertar por lá, como se acertaram na questão da emenda [ao projeto de lei que trata da eleição indireta] que eles colocaram. Se houver necessidade eu estarei mediando esse acordo”, disse.

No entanto, como em quase tudo na política, esses são apenas sinais…

Temendo eleição de Luis Fernando, oposição cola em Arnaldo Melo

Arnaldo-Melo2É cada vez mais visível o desconforto da oposição maranhense com a possibilidade de secretário de Estado de Infraetsrutura, Luis Fernando Silva (PMDB), ser eleito governador pela via indireta na Assembleia Legislativa – isso pode ocorrer se a governadora Roseana Sarney (PMDB) renunciara ao mandato para entrar na disputa por uma vaga ao Senado em outubro deste ano.

Mais até do que o próprio presidente da Casa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), são os oposicionistas os que mais lutam para que o comandante do Legislativo force uma candidatura. Tentam dar nele uma “picada”da mosca azul e por isso não desgrudam do peemedebista.

Na semana passada, por exemplo, o líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), já havia se posicionado. “Entendemos que o governador tampão deve ser alguém moderado, conciliador, para administrar a pluralidade da Assembleia no caso de um mandato tampão. Não temos posição formada, mas é possível que oposição termine votando em Arnaldo”, admitiu.

Ontem (17), em conversa com jornalistas no Complexo de Comunicação da AL, quando perguntado sobre a possibilidade de eleição indireta do secretário Luis Fernando Silva, outro oposicionista, o deputado Marcelo Tavares (PSB), foi sucinto. “Se depender de nós, não”, disse, ríspido. E encurtou a conversa.

Nas redes sociais, aliados do comunista Flávio Dino não conseguem mais esconder a intranquilidade a cada novo movimento no jogo sucessório. Se julgam que Arnaldo Melo tomou uma decisão desfavorável ao governo, o elogiam. Se ele, de outro lado, mostra que está sintonizado com o grupo do qual faz parte, o criticam.

O desfecho final sobre o caso, contudo, só deve ocorrer em duas semanas, no início de março, quando se imagina que a governadora Roseana – se decidir mesmo sair – deve deixar o Palácio dos Leões.

“Isso aqui tá virando o Iraque”, diz deputado sobre Assembleia do MA

marcoscaldas1O líder do Bloco da União Democrática (BUD), deputado Marcos Caldas (PRP), reagiu hoje (12) ao que considerou manobra dos presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), e da CCJ da Casa, deputado Jota Pinto (PEN), para que não fosse emitido logo parecer a respeito de sua emenda ao projeto de lei de autoria do líder do Bloco Democrático, deputado Edilázio Júnior (PV), que trata da eleição indireta para governador e vice-governador do Estado.

“Isso aqui tá virando o Iraque”, disparou Caldas.

A apreciação do projeto está suspensa desde que Pinto pediu vistas de 24h para analisar o caso. O parecer sobre a emenda deveria ser emitido nesta quarta-feira, mas, durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça, em plenário, o presidente decidiu estudar o caso por mais 24h.

Alguns membros da comissão não concordara e o caso foi posto em votação. Por 4 votos a 3 – a CCJ conta com sete membros – eles rejeitaram o pedido de Jota Pinto. Mas Arnaldo Melo interveio e concedeu ao parlamentar o direito de só apresentar voto amanhã (13), o que motivou os protestos.

Marcos Caldas alega que apresentou uma emenda porque o projeto original dá plenos poderes para a Mesa Diretora editar a resolução que regulamenta a eleição indireta, e quer que se acrescente ao texto a exigência de que, após propostas pelo comando da Casa, as regras precisem ser aprovadas pela maioria simples do plenário.

Edilázio Júnior diz que essa determinação está implícita no projeto de lei. “Essa emenda, na minha humilde opinião, é inócua, porque o artigo 3° do projeto já diz que é a Assembleia quem deve aprovar a resolução. Se é Assembleia, são os deputados, em votação, como sempre ocorre”, argumentou.

Tanto Arnaldo Melo, quanto Jota Pinto minimizaram a repercussão do caso. “Não houve nada de anormal na decisão do presidente da CCJ. O Regimento Interno garante ao deputado o direito de estender por mais 24h seu pedido de vistas”, declarou o peemedebista.