Tabeliã que tentou suspender audiência de escolha de cartórios é vaiada no TJ

A tabeliã Alice Emiliana Ribeiro Brito, que lutou o quanto pode para tentar suspender a audiência de escolha dos cartórios – ocorrida na manhã de hoje (22) – tomou uma sonora vaia, no Pleno do Tribunal de Justiça.

audienciaAssim que o nome da cartorária foi chamado para que ela escolhesse a serventia que assumirá – o desejo dela, contam fontes do Judiciário, era o 2º Tabelionato de Notas da capital -, a plateia não se conteve.

Veja no vídeo acima.

Em tempo: aprovada em 52º lugar no concurso, Alice Emiliana acabou ficando com o cartório de Araioses (isso porque pelo menos uns dez declinaram do direito de escolher ou simplesmente faltaram à audiência).

Em tempo²: o presidente do TJ, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, que deu vária decisões favoráveis à tabeliã, não presidiu a audiência. A tarefa coube ao corregedor-geral de Justiça, desembargador Cleone Cunha, que teve a atuação elogiada por muitos dos aprovados.

Bayma cassa decisão de Guerreiro Jr. e garante audiência para escolha de cartórios

baymaO desembargador Bayma Araújo concedeu ontem, às 20h, liminar em mandado de segurança no plantão deste fim de semana a candidatos a provados no concurso de cartórios do Tribunal de Justiça do Maranhão e garantiu para hoje (22), às 9h da manhã, a realização da audiência pública para escolha das serventias.

A audiência estava suspensa desde sexta-feira (19), quando o presidente do TJ, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, havia concedido nova medida cautelar à tabeliã Alice Emiliana Ribeiro Brito, representando a Associação de Notários e Registradores do Maranhão (Anoreg) – reveja.

No mandado de segurança impetrado na sexta, os aprovados alegam, em suma, que a Anoreg não os representa e que, portanto, age “por interesses pessoais e não em defesa da classe”.

Além disso, sustentam a inadequação da via administrativa para impugnar o conteúdo do Edital n°. 001/2011 [do concurso], “na medida em que, em seu contexto, inexistente previsão de publicação dos rendimentos das serventias, quanto mais das dívidas”.

Para Bayma, as exigências do edital foram cumpridas e há perigo na demora da concessão da liminar, já que a audiência estava marcada para hoje e havia sido suspensa na sexta, sem tempo hábil para julgamento definitivo do caso.

“Isto posto e ao fulcro do disposto no inciso III, do art 7o, da Lei n° 12.016/2009, hei por bem o pleito, deferir, em caráter liminar, para suspender os efeitos da decisão pelo Presidente deste Tribunal proferida nos autos da petição n°. 19254/2013 e consequentemente determinar a realização da Audiência Pública designada para as 09:00h do dia 22.04.2013, até porque, sua realização, muito ao contrário, nenhum prejuízo acarretará”, despachou.

Guerreiro Jr. suspende audiência para escolha de cartórios

guerreiroO presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, concedeu nova medida cautelar à tabeliã Alice Emiliana Ribeiro Brito, representando a Associação de Notários e Registradores do Maranhão (Anoreg), e suspendeu a audiência pública que seria realizada na segunda-feira (22), para a escolha das serventias pelos aprovados no concursos de cartórios do Maranhão.

Na ação, protocolada quinta-feira (18) – um dia depois de ela ter cassada pelo mesmo Guerreiro Jr. uma liminar que lhe permitia participar da audiência – a tabeliã alega “que não fora cumprida pela comissão de concurso a exigência prevista no art. 62 da Resolução n.º 28/2010 deste Tribunal de Justiça, que prevê que até cinco dias antes da realização da audiência pública de escolha das serventias, será publicado edital convocando os candidatos e contendo relação de todas as serventias vagas até a abertura do concurso”.

O presidente do TJ concordou com o argumento e decidiu suspender a audiência.

“De fato, o Edital n.º 92013 – GP, retificado pelo Edital n.º 102013 – GP, não cumpre fielmente as exigências contidas na Resolução n.º 28/2010, já que quando da publicação da relação definitiva das serventias extrajudiciais vagas disponíveis para escolha em audiência pública, restaram ausentes as informações relativas às dívidas, encargos e despesas da respectiva serventia, o que poderá acarretar prejuízos irreversíveis aos candidatos no momento da escolha. Por todo o exposto, defiro o pedido de suspensão da audiência pública designada para o dia 22/04/2013, até que seja publicada nova relação devidamente acrescida das exigências contidas no art. 62 da Resolução n.º 28/2010, a fim de evitar futura nulidade dos atos de delegação”, despachou.

Aprovados de todo o Brasil que já estão em São Luís devem realizar uma mobilização em frente ao Tribunal de Justiça, na segunda-feira pela manhã, cobrando a realização da audiência.

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Tabeliã ainda não desistiu de disputar vaga no concurso de cartórios

Guerreiro Jr. cassa a própria decisão que beneficiava tabeliã

Decisão de Guerreiro Jr. beneficia tabeliã em concurso de cartórios

Tabeliã ainda não desistiu de disputar vaga no concurso de cartórios

cautelarA tabeliã Alice Emiliana Ribeiro Brito ainda não desistiu de participar da audiência para  escolha dos cartórios no concurso de remoção, que acontece na próxima segunda-feira (22).

Para quem não lembra, Alice participou do certame mesmo sem possuir os dois anos possuir exigidos no edital nº 001/2011 e na resolução 81 do CNJ escorada em uma liminar do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antônio Guerreiro Júnior (reveja).

Mas o próprio desembargador reconheceu ser teratológica a sua decisão e acabou voltando atrás, na quarta-feira (17), e cassando sua própria decisão que beneficiava a tabeliã (veja).

Ocorre que um dia depois (18) ela protocolou no TJ uma nova medida cautelar para voltar a poder participar da audiência – desta feita usando a Associação de Notários e Registradores do Maranhão (Anoreg), da qual é presidente. O caso será julgado, novamente, por Guerreiro Jr.

Os candidatos que se sentiram prejudicados já protocolaram um pedido de  reconhecimento da improcedência da nova ação de Alice Emiliana. A expetctativa é que decisão saia ainda na tarde de hoje.

O auxílio moradia do Judiciário

auxilio_tjNão são apenas o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão e a Assembleia Legislativa que pagam auxílio moradia a seus membros.

Após um pedido da Associação dos Magistrados do Maranhão (Amma), o Tribunal de Justiça do Maranhão também editou resolução estipulando em 10% do subsídio mensal o auxílio moradia a magistrados.

O requerimento para a concessão do penduricalho foi feito pelos representantes dos magistrados no dia 14 de janeiro deste ano. Apenas 15 dias depois, em 29 de janeiro, a resolução do TJ (veja cópia acima) já estava prontinha.

“Há uma previsão legal. E essa previsão legal não data de agora, data de 1979, na Lei Orgânica da Magisratura”, justificou o presidente da Amma, juiz Gervásio Protásio dos Santos, em recente entrevista à TV Mirante.

Guerreiro Jr. cassa a própria decisão que beneficiava tabeliã

cartorioO presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Antonio Guerreiro Júnior, voltou atrás ontem (17) e cassou sua própria decisão que beneficiava a tabeliã Alice Emiliana Ribeiro Brito no concurso de cartórios do estado.

O magistrado havia concedido a ela, liminarmente no início do mês, o direito de permanecer no concurso de remoção de cartórios mesmo sem possuir os 2 anos exigidos no edital nº 001/2011 e na resolução 81 do CNJ (reveja).

Nesta quarta-feira, antes da sessão do Pleno, presidida por Guerreiro, alguns candidatos pediram a inclusão na pauta de um agravo regimental que pedia justamente a cassação da liminar. O que não foi concedido.

Ao final da sessão, um dos candidatos pediu a palavra. Sem imaginar do que se tratava, o presidente do TJ concedeu. O candidato, então, questionou publicamente os motivos da não inclusão do agravo na pauta. Surpreso, Guerreiro Júnior disse que caberia a ele uma decisão monocrática e encerrou a sessão. Ainda houve tempo para alguma discussão sobre a liminar entre os desembargadores presentes.

Após o episódio, registrado pela manhã, o desembargador resolveu reconsiderar sua posição anterior, em decisão proferida à tarde.

“Diante do exposto, reconsidero a decisão de fls. 116/120, para indeferir a Medida Cautelar n.º 10.960/2013 e, consequentemente, cassar o efeito suspensivo anteriormente concedido aos Recursos Especial n.º 35.508/2012 e Extraordinário n.º 35.509/2012”, despachou.

A audiência pública de escolha dos cartórios está marcada para o dia 22 deste mês, segunda-feira da semana que vem.

Decisão de Guerreiro Jr. beneficia tabeliã em concurso de cartórios

cartorioO presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Antonio Guerreiro Júnior, proferiu no início deste mês decisão que beneficia a candidata Alice Emiliana Ribeiro Brito no concurso de cartórios do estado. O magistrado concedeu a ela, liminarmente, o direito de permanecer no concurso de remoção de cartórios mesmo sem possuir os 2 anos exigidos no edital nº 001/2011 e na resolução 81 do CNJ.

O caso é complicado, mas um resumo pode facilitar o entendimento.

Durante o período de inscrição do certame, Alice Emiliana, titular do Cartório de Anajatuba, ajuizou Ação na 3ª Vara da Fazenda Pública com o objetivo de participar do concurso na modalidade “remoção”. A juíza Luzia  Madeiro Nepomuceno concedeu a liminar.

A decisão, no entanto, foi revista por unanimidade na 2ª Câmara Cível do TJ em dezembro do ano passado.

Inconformada, a candidata apresentou Recurso Especial ao STJ e Extraordinário ao STF, no dia 28 de fevereiro deste ano.

Caberia, então, ao desembargador Guerreiro Júnior fazer o juízo de admissibilidade dos recursos a serem encaminhados ao STJ e STF. Mas ele não o fez e a candidata, no dia 1º de abril (parece até mentira!), pediu a suspensão dos efeitos do acórdão proferido pela 2ª Câmara. A partir daí, em menos de 48 horas, o presidente concedeu a liminar.

Ocorre que (vejam só a coincidência) no dia 3 de abril o mesmo Guerreiro Junior homologou o resultado do concurso – há mais de ano suspenso por causa de inúmeros recursos – e designou a audiência pública de escolha dos cartórios para o dia 22 deste mês, segunda-feira da semana que vem.

Já com a candidata Alice Emiliana devidamente habilitada a participar do processo.

Estranho, não?

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Resultado de concurso de cartórios pode ser divulgado, diz TJ

Tabeliã é acusada de enriquecimento ilícito

EXCLUSIVO! Veja 2ª lista de magistrados que viajaram para curso em Orlando

Como prometido no fim de semana (relembre aqui), o blog publica agora a lista da segunda turma de desembargadores, juízes e funcionários do alto escalão do Tribunal de Justiça do Maranhão enviada em viagem a Orlando, na Flórida (EUA), para um curso de segurança pessoal ministrado pela US Police Instructor Teams.

Pelo cronograma apresentado para pagamento de diárias, os funcionários devem retornar hoje (15).

nelmaDa lista que você pode baixar aqui, apenas a desembargadora Nelma Sarney não viajou. Em ofício encaminhado à Diretoria-Geral do TJ dia 4 de abril ela comunicou a desistência, por motivos pessoais.

O desemargador Antonio Bayma não aparece em nenhuma das listas, mas seria incluído na primeira delas, já que também protocolou ofício desistindo da viagem que seria feita dia 29 de março – com início do curso previsto para o dia 1º de maio.

No total, partiram para a terra do “Tio Sam” 18 membros do Poder Judiciário nessa segunda leva, com os quais serão gastos, só em diárias, mais de R$ 100 mil. Contando-se passagens aéreas e os gastos com inscrições, a cada viagem dessas o TJ gasta quase R$ 500 mil.

O Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (Sindjus-MA) já protocolou, no dia 8 de abril, representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que o órgão investigue o contrato firmado entre o TJ e a US Police Instructor Teams.

No pedido ao Conselho, o Sindjus pede que a portaria que afastou os magistrados e lhes concedeu as diárias seja anulada; que o dinheiro já gasto com o curso seja devolvido; ou, caso os dois primeiros pedidos não sejam acatados, que todos os magistrados que já participaram do curso sejam obrigados a ministrar aulas para repassar aos demais funcionários do TJ o que aprenderam nos Estados Unidos (reveja).

TJ já mandou segunda turma de juízes e desembargadores para os EUA

Já estão em Orlando, na Flórida (EUA), os juízes e desembargadores que compõem a segunda turma do curso de segurança pessoal ministrado pela US Police Instructor Teams, num contrato com o Tribunal de Justiça do Maranhão.

São dezenove nessa segunda leva, mas o blog já apurou que dois desembargadores solicitaram à Presidência dos Tribunal que suas passagens, diárias e inscrições no curso fossem cancelados. Ambos alegaram motivos pessoais e preferiram ficar em São Luís mesmo.

Sendo assim, 17 embarcaram para a terra do “Tio Sam”, com os quais serão gastos, só em diárias, mais de R$ 100 mil. Contando-se passagens aéreas e os gastos com inscrições, a cada viagem dessas o TJ gasta quase R$ 500 mil.

Na primeira turma, que partiu no dia 29 de março e retornou dia 8 de abril (reveja), foram 20 juízes, desembargadores e funcionários do alto escalão do Poder Judiciário, segundo denúncia formulada pelo Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (Sindjus-MA) no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na segunda-feira (15) este blog publica a lista com os magistrados que participaram dos cursos e identifica os dois que optaram por não viajar.

Magistrados viajam para curso em Orlando; sindicato pede providência do CNJ

O Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (Sindjus-MA) protocolou ontem (8), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), representação para que o órgão investigue o contrato firmado entre o Tribunal de Justiça do Maranhão e a US Police Instructor Teams, que ministrará curso de segurança pessoal a 20 desembargadores e juízes maranhenses.

Detalhe, o curso acontece em Orlando, na Flórida (EUA), desde a semana passada.

“Inicialmente participarão do referido curso um grupo de 20 (vinte) magistrados, mas ao que tudo indica, toda magistratura maranhense será agraciada com o referido curso em grupos de 20(vinte) magistrados por vez (sic)”, relata o Sindicato no documento protocolado no CNJ (veja a íntegra aqui), que questiona a racionalidade da despesa – passagens, hospedagens e diárias correm por conta do TJ – e sugere que o curso poderia ser ministrado por órgãos ou empresas brasileiros.

“Em um Poder Judiciário que alega não ter dinheiro sequer para garantir a salubridade e funcionamento de suas unidades […], não é justificável a priorização de curso de ‘defesa pessoal’, sobretudo feito em outro país com custos elevadíssimos e com o afastamento dos magistrados por quase dez dias de suas funções jurisdicionais. Acaso fosse imprescindível e de interesse público o curso […], seria mais razoável e moral que o Tribunal de Justiça do Maranhão buscasse alternativas mais racionais, baratas e sem prejuízo da prestação jurisdicional como convênios […] com Polícia Federal no Maranhão ou Academia de Polícia do Maranhão, bem como contratação de alguma empresa de segurança nacionais que faz esse serviço”, completa.

No pedido ao Conselho, o Sindjus pede que a portaria que afastou os magistrados e lhes concedeu as diárias seja anulada; que o dinheiro já gasto com o curso seja devolvido; ou, caso os dois primeiros pedidos não sejam acatados, que todos os magistrados que já participaram do curso sejam obrigados a ministrar aulas para repassar aos demais funcionários do TJ o que aprenderam nos Estados Unidos.

Veja aqui a lista da primeira turma de magistrados que já está nos Estados Unidos para o curso.