Sobre a inveja citada por Sarney

flávio dino invejosoO governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), que governa ao mesmo tempo que atualiza os seus perfis em rede social, não gostou nada da ‘Coluna do Sarney’ deste domingo, publicado em O Estado e que levou o título “A graça de uma vida sem ódios”.

No texto, Sarney levanta números e títulos acumulados ao longo de sua trajetória política e literária, com quase 60 anos de vida pública e ocupação de todos os cargos federais: deputados, senador, vice-presidente, presidente da República, presidente de partido, líder do Governo e de oposição e quatro vezes presidente do Congresso Nacional, além de ser autor de 110 títulos e 164 edições com traduções em 12 línguas.

“O auge da prepotência ocorre quando alguém proclama considerar-se digno de inveja, ao se autoelogiar repetidamente”, disse Flávio Dino por meio do twitter.

Talvez até antevendo reações à sua trajetória política, o ex-presidente da República José Sarney, finalizava o seu texto de ontem com forte expressão do escritor brasileiro Joacy Goes: “nunca um invejoso perdoa ao mérito”. E completou, citando Balzac: “É tão natural destruir o que não se pode construir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja”.

Qualquer semelhança…

Buzar acredita em mudanças no secretariado de Flávio Dino em curto espaço de tempo

Para Buzar, José Reinaldo Tavares não se acostumará em receber ordens

Para Buzar, José Reinaldo Tavares não se acostumará em receber ordens

Benedito Buzar – Não tenho a mínima intimidade com a mediunidade, o espiritismo e a cartomancia. Também não prezo e nem cultuo as artimanhas dos feiticeiros, bruxos, pais de santos e outras categorias do ramo.

Nem mesmo os que em nome das religiões e das seitas pregam e distorcem a fé dos incautos, ludibriando-os com promessas celestiais mirabolantes, merecem de mim alguma simpatia ou apreço. Ao contrário, detesto-os e desprezo-os e se dependessem da minha vontade, não estariam livres e nem impunes.

O preâmbulo acima serve para dizer que, no Brasil, no começo de cada ano novo, é comum a gente ver e ouvir pelas emissoras de televisão e de rádio, ou ler nos jornais e revistas, previsões ou profecias a respeito de fatos, atos e acontecimentos que deverão ocorrer no país e nos lugares onde se mora ou vive, bem como sobre as pessoas que fazem parte do cotidiano da sociedade.

Por conta disso, atrevo-me hoje, despojado de qualquer ranço de maledicência e animosidade, sem que eu seja médium, espírita, cartomante, feiticeiro, bruxo, ou pai de santo, fazer algumas previsões aleatórias acerca do que poderá acontecer este ano no Maranhão, em decorrência da virada política que veio à tona a partir de outubro de 2014, com o sucesso de Flávio Dino nas eleições. Vejamos, pois.

1 – A nova equipe de governo, escolhida cuidadosamente pelo governador Flávio Dino, a despeito de renovada e remoçada, será parcialmente alterada, em curto prazo. Uns, serão exonerados por não se adequarem ao jeito de administrar do governador; alguns, por incapacidade profissional; outros, por falta de espírito público.

2- Mais cedo do que imaginamos, serão chamadas a ocupar os lugares dos não ajustados ao que deles esperava o chefe do Executivo, algumas figuras humanas de governos passados e com experiência.

3 – Da lista de demissionários, sobrelevam o do secretário de Minas e Energia, José Reinaldo Tavares, da secretária da Cultura, Ester Marques, e da secretária de Educação, Áurea Prazeres. Zé Reinaldo, não por incompetência. Para não romper politicamente com o governador, de quem recebe afagos ou deferências pessoais, afastar-se-á por problemas hierárquicos. Na condição de ex-ministro e de ex-governador não gostará de receber ordens de cima para baixo. Sua ida para a Câmara Federal, para a qual se elegeu deputado, é fato consumado e questão de tempo. Ester, não se sustentará em face da pressão que setores da cultura popular farão para tirá-la do cargo. Áurea, por não dar conta do recado.

4 – Duas coisas que Flávio Dino na campanha eleitoral prometeu fazer à frente do comando do Estado, mas não serão concretizadas: a demolição da Casa de Veraneio de São Marcos e a duplicação do contingente da Polícia Militar.

Para demolir o imóvel governamental, será preciso tomar uma série de procedimentos burocráticos, tais como, autorização, mediante lei, da Assembleia Legislativa; constituir comissão de avaliação; publicação de edital, com fixação de preço mínimo, e realização de leilão.

Quanto à duplicação do contingente da Polícia Militar, motivos orçamentários e a falta de suporte financeiro o impedirão de realizá-la. O incremento de mais de seis mil soldados e oficiais à corporação, inviabilizará a folha de pagamento do funcionalismo público estadual.

5 – Órgãos da máquina administrativa que vão sofrer rigorosas devassas do novo governo: secretarias de Saúde, das Cidades, do Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Departamento Estadual de Trânsito e Empresa Maranhense de Administração Portuária.

Leia também: Gastão Vieira não confia no secretariado de Flávio Dino

6 – O deputado Gastão Vieira a despeito de não ter sido chamado pela presidente da República, Dilma Roussef, para compor o seu quadro ministerial, receberá convite para dirigir um órgão importante da administração federal.

7- O prefeito Edivaldo Holanda Júnior será mais visto pela população do que nos anos anteriores. Ao lado do governador Flávio Dino ficará mais corajoso e marcará presença em diferentes eventos que acontecerão em São Luis.

8 – José Sarney ainda que tenha abandonado a vida pública, não deixará de ser prestigiado e convocado a opinar sobre assuntos políticos e administrativos do país.

9 – Antes do final ano, muita gente que abominava José Sarney, lamentará a sua ausência do Senado da República, e se arrependerá de não haver votado em Gastão Vieira a senador.

10 – A cantora Alcione terá sua participação bastante reduzida nos eventos festivos de São Luis. A bola da vez chama-se Zeca Baleiro.

11 – O Boi Barrica e o Bicho Terra serão substituídos nas solenidades palacianas por outras manifestações folclóricas e de afrodescendentes.

12 – O musicista Turíbio Santos não tomará conhecimento de sua eleição para a Academia Maranhense de Letras e um novo pleito poderá ocorrer para preenchimento da vaga do saudoso José Chagas.

13 – Os prefeitos do Maranhão continuarão a desviar recursos dos municípios, sem temerem ou se intimidarem com as ações do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, das Auditorias e da Controladoria Geral da União.

14 – As festas do PH devem continuar deslumbrantes e glamorosas, mas não contarão com as presenças do governador Flávio Dino e seus auxiliares.

15 – Desgraçadamente, o Centro Histórico de São Luis será ainda tratado com desprezo e desamor pelas autoridades responsáveis pela sua manutenção e sobrevivência como um dos mais belos monumentos do patrimônio artístico e cultural do país.

16 – O relógio do Largo do Carmo, teimoso como é, deve manter-se sem funcionar e visto apenas como um objeto de decoração.

17 – O time do Sampaio Correia, inobstante os reforços que receberá, não terá um bom desempenho no Campeonato Brasileiro, continuando, portanto, na série B.

18 – O ritmo da construção civil em São Luis deve cair, mas os imóveis da Península da Ponta D’Areia não vão perder as valorizações no mercado, por isso serão os mais procurados, sobretudo, salvo melhor juízo, pelos novos ocupantes de cargos públicos.

19 – Com a construção dos novos shoppings em São Luis, os problemas de trânsito e de mobilidade urbana aumentarão assustadoramente e levarão a população ao desespero coletivo e Canindé Barros à depressão.

20 – Sem novos estabelecimentos hospitalares, ficar doente em São Luis será uma questão mais de morte do que de vida.

Os números não mentem…

(Foto: Neidson Moreira/O Imparcial)

(Foto: Neidson Moreira/O Imparcial)

Praticamente 90% dos governadores que tomaram posse no dia 1º de janeiro anunciaram medidas restritivas e de enxugamento, como forma de fazer caixa ou controlar os gastos nos primeiros meses de gestão. Alguns chegaram mesmo a cortar benefícios do funcionalismo, suspender concursos e congelar pagamentos aos fornecedores por seis meses.

Mas, no Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) fez o movimento contrário: além de aumentar o número de secretários, criando mais duas pastas, ele decretou a convocação de 1 mil concursados da PM e dos Bombeiros e criou o programa “Mais Bolsa Família Escola”, que vai distribuir recursos a famílias carentes para a compra do material escolar. Mas o que isso significa na prática? Significa que, a despeito das tentativas do próprio Flávio Dino e de seus aliados de desqualificar as contas do governo Roseana Sarney, o governador admite, com suas ações, que o Maranhão tem caixa suficiente para bancar suas primeiras medidas. E tem mesmo.

Roseana e Arnaldo Melo deixaram um caixa de pelo menos R$ 2 bilhões para Flávio Dino; o funcionalismo público está em dia, atingindo menos de 40% da receita líquida, as contas estão equacionadas, com todos os fornecedores e convênios pagos. Além disso, as dívidas do Maranhão estão equacionadas, com saldo garantido para pagamento.

Em outras palavras, graças ao controle fiscal do governo anterior, o novo governo tem lenha para queimar durante todo o ano de 2015; isso sem falar nos convênios já garantidos e assegurados com o Governo Federal.

Flávio Dino certamente não irá admitir isso publicamente. Mas suas ações e seus gastos públicos mostram, já nestes primeiros dias de governo, que ele foi um dos poucos governadores a receber um estado com as contas em dia, pronto para seguir em frente. E agora só depende dele.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

COLUNA DO SARNEY: A graça de uma vida sem ódios

Salomão, na sua sabedoria, que vinha da inspiração de Deus, definiu de maneira jamais superada, e milhões de vezes citada ao longo dos milênios, os nossos tempos da vida no Eclesiastes, dizendo que “existe um tempo próprio para tudo e há uma época para cada coisa debaixo do céu”. A vida da gente nos ensina esse caminho. Eu, agora, achei que era tempo de parar.  Deus, em Sua generosidade, deu­me vida longa, fazendo-me ser o político mais longevo de toda a história brasileira. Mesmo vindo do Império, onde no Senado os mandatos eram vitalícios, fui o mais longevo de todos, completando quase 60 anos de vida política. Depois de mim, vem o Visconde de Abaeté, que teve 54 anos de mandatos. No Senado fui o que mais tempo já passou na República, com 39 anos, seguido do Rui Barbosa com 32.

Ocupei todos os cargos federais: deputado federal, senador, vice­presidente, presidente da República, presidente de partido, líder de Governo e Oposição e quatro vezes presidente do Congresso Nacional, além do honroso cargo, que muito me enobrece, de governador do Maranhão, conseguido em eleição direta. Na história do Maranhão não tenho referência próxima. Não relaciono esta trajetória por vaidade, mas para reconhecer que tenho motivos de parar. Prestei grandes serviços a minha Pátria, inclusive o maior de todos, convocar a Constituinte e assegurando a transição democrática que deu ao país o período mais duradouro de tranquilidade constitucional. Os maiores avanços sociais começaram comigo, que deixei a Presidência com uma sociedade verdadeiramente democrática implantada no Brasil, com o pleno exercício da cidadania, que hoje se afirma na sétima eleição direta e com o reconhecimento nacional da minha contribuição às instituições brasileiras e à democracia que o país vive.

É verdade que ao lado dessa vida política consegui realizar uma obra literária que me levou à Academia Brasileira de Letras, onde também hoje sou o decano. A minha bibliografia, publicada ano passado, inclui 110 títulos e 164 edições, com traduções em 12 línguas. Tenho todas as condecorações nacionais no mais alto grau e sou detentor, também, de grandes distinções estrangeiras, inclusive a Grã­Cruz da Legião de Honra da França, a mais alta distinção mundial e títulos de doutor honoris causa de muitas universidades mundiais, inclusive das de Coimbra, Moscou e Pequim. Sou membro do InterAction Council que reúne 40 ex­chefes de Estado e de Governo do mundo todo, inclusive Carter, Clinton, Schmidt, Giscard d’Éstaing, Gorbachev.

O grande escritor brasileiro Joacy Goes escreveu um tratado sobre a inveja. Corneille afirmava: “nunca um invejoso perdoa ao mérito”; Balzac: “é tão natural destruir o que não se pode construir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja”. É natural que tenha construído inimigos e o motor deles é justamente a inveja que habita as pessoas. Tudo isso, saindo do Maranhão, de uma pequena cidade, Pinheiro, dos mais belos campos do mundo, de família humilde e sem protetores.

Abri o meu caminho e, como dizia Fernando Pessoa, “cumpri contra o destino o meu dever”.

Publicado na edição de hoje de O Estado do Maranhão

Pontos e contrapontos

Flávio Dino

Flávio Dino é governador do Maranhão

O governador Flávio Dino (PCdoB) emitiu uma série de decretos já em seu primeiro dia de governo, alguns com teor meramente político, outros com ações cuja execução precisa ser explicada claramente.

Uma das medidas de impacto é o “Mais Bolsa-Família-Escola”, que pretende transferir recursos para famílias já beneficiadas pelo programa Bolsa Família, do Governo Federal.

A idéia é garantir às famílias recurso extra para compra de material escolar.

Ocorre que o próprio programa de Dilma já dispõe deste tipo de programa. O projeto de criação do programa, portanto, precisa esclarecer de onde sairão os recursos e a partir de quando as famílias passarão a ser beneficiadas.

Um dos decretos do governador institui o Plano “mais IDH”, que visa erradicar a extrema pobreza nos meios urbanos e rurais.

Como a pobreza não se combate por decreto, Flávio Dino precisará destrinchar as ideias do programa, e mostrar, a curto, médio e longo prazos, como fará para diminuir a pobreza.

O mais “folclórico” dos decretos de Flávio Dino é o que instituiu a criação de uma comissão para organizar a venda da casa de veraneio do Governo do Estado.

Para vender o imóvel – uma das promessas de campanha do comunista – é preciso autorização da Assembleia Legisaltiva. A comissão criada, portanto, apenas irá discutir formas de se desfazer do bem estadual.

Mas caberá à Assembleia analisar se os valores estipulados e a forma da venda será benéfica para o erário público.

No mais, as primeiras ações do novo governador foram burocráticas, sem nenhuma diferenciação do que se acostumou a ver ao longo dos anos.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

 

Em editorial de capa, O Estado mostra a sua visão a respeito do governo Flávio Dino

Nossa Visão

O Sr. Flávio Dino assume hoje o governo do Maranhão, para o exercício do mandato que o povo lhe confiou nas últimas eleições. Ao tomar posse, o novo governador estará investido da alta responsabilidade de corresponder às expectativas que, durante a campanha, despertou na maioria da população. Não será, seguramente, tarefa das mais simples.

Flávio Dino elegeu­-se porque, convertido no grande vendedor de esperanças, convenceu a maioria dos maranhenses de que poderia realizar o governo da mudança, discurso reprovado pelo povo no primeiro turno em pleito anterior.

Prometeu governar para todos e promover uma administração marcada pela transparência, pela eficiência, pelo empreendedorismo e pela solidariedade aos mais pobres. Ou seja, qual um Messias dos tempos modernos, ofereceu uma terra nova aos homens e mulheres de boa fé do Maranhão.

As condições para realizar o que prometera com os pés no chão estão postas. Afinal, ele recebe o Maranhão como o estado que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, a exemplo de 10,3% em 2011. Encontra um estado organizado, com as contas de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, com milhares de obras concluídas, outras em construção, e detentor da confiança de empresários e investidores. Um Maranhão transformado e empreendedor.

Somos a 16ª economia do Brasil, não obstante as sistemáticas campanhas de desqualificação do nosso estado e da nossa gente na imprensa nacional.

A ex-governadora Roseana Sarney deixou plantadas as sementes do progresso e entra para a história pelo trabalho desenvolvido, pela grande liderança de que desfruta no Maranhão e no país e pelo pioneirismo na participação da mulher na política brasileira, como governadora de Estado.

No campo político, com o eventual apoio da Assembleia Legislativa e da bancada federal em Brasília, todos os caminhos estão abertos para que o novo governador faça aquilo que é possível de fato entregar ao povo.

O Maranhão está pronto para dar o seu grande salto de desenvolvimento, e o governador pode, se assim desejar, promovê­lo. Contudo, deve ele estar consciente de que governará para todos, e não para partidos ou aliados.

Os arroubos da campanha eleitoral ficam para trás. A realidade da administração pública, mais que bravata estudantil, exige humildade, bom senso e responsabilidade, na defesa do bem comum.

O jornal O Estado, credenciado pela história de 55 anos no exercício diário da boa informação, apoiará medidas e atitudes que o novo governador adotar comprovadamente em benefício dos maranhenses. Estará pronto também para criticar ou reprovar, quando necessário, atos que eventualmente contrariem a licitude da administração e a boa fé da população. Nossa bandeira foi e sempre será contra a pasquinagem, o jornalismo rasteiro que só insulta e atira na lama a honra das famílias de bem do Maranhão.

Por tudo isso, manifestamos votos de que o novo governador realize uma administração que corresponda às reais necessidades dos maranhenses. Que ele faça um bom governo e coloque suas qualidades a serviço das boas causas.

Boa sorte, governador. Feliz Ano Novo, Maranhão!

COLUNA DO SARNEY: A verdade sobre o Maranhão

É monótono tratar com números. Mas eles constituem uma síntese que nos dá a aferição do todo. Tenho que ser repetitivo, mas o faço para defender o Maranhão, que foi submetido a uma campanha nacional de desmoralização. Para ganhar a eleição, era preciso dizer que o Maranhão era o estado mais miserável do Brasil, o mais atrasado.

Isso não é verdade.

O futuro governador vai receber um Estado com as contas organizadas. Roseana diminuiu a dívida do Estado, cuja relação com a receita caiu de 0,91 para 0,41 em 2013, muito abaixo do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 2.

Está com suas contas em dia. Pagou o funcionalismo sempre sem atraso e diminuiu o gasto com o pessoal, que é de 39% da receita ­ o 2º menor índice do Brasil ­, quando o permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 49%.

O investimento público acumulado nos últimos anos é o 12º do Brasil, à frente de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O Maranhão investiu nos últimos anos recursos orçamentários de 10 bilhões de reais, a que se somam 3,8 bilhões de reais do Programa Viva Maranhão, com financiamento do BNDES.

O Maranhão é a 16ª economia do país, a 4ª do Nordeste. Nosso PIB per capita passou de R$ 6.259,00 em 2009 para R$ 8.760,00 em 2012. A participação do estado no PIB nacional passou de 1,23% para 1,34% nesse período.

2,3 milhões de maranhenses saíram da pobreza absoluta. A taxa de crescimento da renda familiar dos 10% mais pobres aumentou de 39%, comparado à do Nordeste, de 29%, e à do Brasil, de 21%. Nosso rendimento médio mensal cresceu a uma taxa média anual de 13,6%, maior que os 12,8% do Brasil.

Alcançamos o 13º lugar na criação de empresas no país, com 52.860 constituídas de 2009 a 2013. Em empregos formais temos o 15º valor no Brasil. Nosso complexo portuário do Itaqui, além de ser o 2º do Brasil, é responsável por 14,5% de movimentação de cargas brasileiras.

Em 2009, a produção de energia era 148 MW e em 2013 passou a 2.366 MW ­ um aumento de cerca de 1.500% ­, de um total sendo instalado de 8.486 MW. O Maranhão apresenta valores superiores aos do Nordeste e do Brasil na eletrificação dos domicílios rurais. Somos o maior produtor de gás em terra do Brasil.

O Maranhão é o 2º produtor de grãos do Nordeste, com 4,13 milhões de toneladas; o 2º produtor de soja do Nordeste e o 8º do país; em arroz, o 1º do Nordeste e o 5º do Brasil.

O Maranhão é o estado que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, com o destaque para os 10,3% de 2011.

Um estado com esses números não é o mais atrasado do país. O Maranhão é um canteiro de obras, um polo de atração de investimentos.

É um estado organizado, reconhecido na área financeira nacional como responsável e excelente gestor dos gastos públicos.

Mentir negando isso é querer desmoralizar o Maranhão para tirar proveito.

Mas enquanto for vivo defenderei e terei orgulho desta terra que nestas últimas décadas saiu da colônia para o progresso.

Uma história única

Sarney se despediu ontem da vida pública

Sarney se despediu ontem da vida pública

O senador José Sarney (PMDB) encerrou ontem a sua participação na vida pública nacional, após mais de 50 anos de efetiva atuação. E o fez com o orgulho de quem construiu trajetória única no país, chegando ao posto máximo do poder político brasileiro, que é a Presidência da República.

Único maranhense a ocupar o comando de dois dos três Poderes da República ­ foi também presidente do Congresso Nacional ­, Sarney é também o único ex­presidente vivo a se manter no poder mesmo após ter deixado a Presidência.

Foi depois de deixar o Palácio do Planalto, em 1990, que o maranhense chegou por quatro vezes ao comando do Senado, outra marca única em sua biografia. Democrático e conciliador, o ex-presidente enfrentou de forma serena uma ferrenha oposição política em seu estado natal, que tentou por várias vezes destruir sua biografia, mas manteve a dignidade de permitir que os oposicionistas pudessem construir sua história sem represálias ou perseguições de qualquer tipo ­ e este é outro traço único na biografia de Sarney.

O maranhense de Pinheiro deixa a vida pública após ser deputado federal, governador, senador e presidente da República. E também será o único líder político brasileiro a deixar o poder sem ser derrotado eleitoralmente. O presidente da abertura democrática e das bases da solidez econômica no país é também o único entre os ex­ocupantes do Palácio do Planalto a construir ­ ao mesmo tempo em que participava dos embates políticos ­ uma carreira igualmente brilhante na literatura e na vida intelectual ­ com reconhecimento mundial de sua obra.

E este também é um traço único na biografia do político Sarney, que ilustra sua história de 50 anos de vida pública. História única no Maranhão e no Brasil.

Da coluna Estado Maior