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(Foto: Nestor Bezerra/SES)
O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad (PMDB), rebateu, nesta segunda-feira (21), as acusações de oposicionistas segundo as quais o Governo do Estado tenta politizar o debate sobre a pareceria com a Prefeitura de São Luís na área. “Se fosse pela política, eu não faria [parceria]. Porque era melhor deixar a desgraça”, disparou.
Segundo ele, o debate proposto pelos contrários à sugestão da governadora Roseana Sarney (PMDB) – de que o Município repasse o Socorrão II e R$ 77 milhões ao Estado – é “ridículo”. A parceria, por outro lado, se aceita pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), acabará mostrando-se politicamente boa para ele, na visão do secretário.
“Se for pensar nessa pequenês que é essa discussão ridícula que fazem aí, para o Estado seria muito melhor deixar a situação como está. Com esta decisão [de propor a parceria], a governadora está propiciando ao prefeito Edivaldo Holanda dar qualidade ao atendimento nas unidades de São Luís e, com isso, ele vai crescer no conceito da população”, declarou.
Murad concedeu coletiva à imprensa pela manhã, no auditório do Hospital Carlos Macieira, na qual detalhou números de investimentos em saúde feitos pelo Estado e pelo Município. Ele acrescentou que os oposicionistas não falam, mas o Governo nunca propôs ficar com todo o recurso que a capital recebe pelo atendimento de pacientes do interior.
“A quantidade de recursos do interior na capital é algo em torno de R$ 110 milhões. Nós estamos reivindicando R$ 77 milhões e desobrigando o Município de São Luís de fazer o atendimento das pessoas do interior”, explicou.
E arrematou: “Não adianta São Luís dizer que o Socorrão está cheio de gente do interior, porque o Socorrão tem que estar cheio de gente do interior mesmo. Claro! Porque São Luís assinou um pacto, um termo de responsabilidade. São Luís pactuou para receber o recurso de outros, para atender outros, e não está conseguindo”.
Ricardo Murad fez ressalvas, ainda, à suposta solução encontrada pelo petecista, que decidiu enviar o secretário municipal de Saúde, Vincíus Nina, para pleitear ajuda emergencial do Ministério da Saúde.
“Esperamos que o prefeito [Edivaldo Júnior] e o Vinícius [Nina, secretário municipal de Saúde] entendam que não adianta liberar R$ 20 milhões do Ministério da Saúde pontualmente, porque não vai resolver absolutamente nada. Porque no mês seguinte precisa de mais vinte, no outro mês, mais vinte. E não vai ter porque senão, todo o estado, todo município iria querer a mesma facilidade”, disse.
E o que tem de gente querendo a mesma facilidade…