Lava Jato: Lobão critica poder dado a delatores e nega propina de R$ 2 mi

lobãoO senador Edison Lobão (PMDB-MA) ocupou a tribuna nesta quinta-feira (12) para se defender da acusação de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. O nome de Lobão foi citado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, beneficiado com a delação premiada. Segundo Lobão, as acusações a ele, como a outros integrantes da lista de investigados, são injustas.

“É preocupante o poder que se confere, nas investigações sobre a Petrobras, ao instituto da delação premiada. Muitos, como eu, estão sendo injustamente acusados de atos que não praticaram e deverão submeter-se a um desgastante e injusto processo apenas porque o delator, para escapar dos seus crimes, mencionou seus nomes”, afirmou.

Lobão negou a afirmação de Costa de que teria pedido R$ 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney ao governo do Maranhão em 2010, quando era ministro de Minas e Energia. Segundo o senador, a acusação é improcedente porque o doleiro Alberto Youssef, também em delação premiada, não confirmou ter feito o pagamento. O senador disse sequer conhecer o doleiro.

Outro ponto do depoimento de Costa contestado pelo senador é a parte em que o ex-diretor afirma ter se mantido no cargo de diretor que ocupava na Petrobras, em 2006, graças à ajuda de nomes da cúpula PMDB, entre eles, Lobão. O senador disse que, nessa época, não era filiado ao partido.

“Em 2006, eu sequer era filiado ao PMDB, o que só vim a fazer no dia 9 de setembro de 2007, portanto, um ano depois, quando o senhor Paulo Roberto já estava mantido no cargo. Só vim a conhecer o referido diretor quando fui nomeado ministro em 2008”, acrescentou.

Lobão também negou ter influenciado na escolha de qualquer diretor da empresa. Para ele, as acusações estão sendo feitas com base em depoimentos controversos, o que as torna inconsistentes.

“Não descansarei enquanto a minha verdade não vier à tona límpida, cristalina, provando a inconsistência e a improcedência desse processo. Era do meu dever dar uma satisfação a essa casa como sempre fiz quando se fez necessário. Já não podia calar diante da violência e da injustiça de que tenho sido vítima. Jamais os decepcionarei”, concluiu o senador.

“Não tenho acompanhado nada”, diz João Alberto sobre Lava Jato

joao albertoReportagem do Estadão divulgada nesta sexa-feira (6) aponta que toda a agitação provocada em Brasília por conta da operação Lava Jato – e do envio da “lista de Janot” ao STF – passou despercebida pelo presidente do Conselho de Ética do Senado, senador João Alberto (PMDB-MA).

Caberá a ele conduzir futuros processos de cassação por quebra de decoro parlamentar de senadores acusados de envolvimento em supostos desvios na Petrobras.

“Não tenho acompanhado nada. Não tenho lido. Não tenho acompanhado nem visto. Não vi nenhum pronunciamento oficial a esse respeito. Não sei de nada”, garantiu.

João Alberto comandará Conselho de Ética do Senado pela quinta vez

joao albertoO senador João Alberto (PMDB-MA) comandará o Conselho de Ética do Senado pela quinta vez.

A eleição ocorrerá após o Carnaval, mas tudo leva a crer que haverá novo consenso em torno do seu nome – o peemedebista já comandava o Conselho na última legislatura.

O maranhense foi indicado pelo líder do PMDB na Casa, senador Eunício Oliveira (CE), e conta com o apoio do presidente, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Ao blog, por telefone, João Alberto disse que a sua eleição é dada como fato consumado.

“De zero a dez, a chance é dez de eu me eleger novamente”, declarou.

Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar zelar pela observância dos preceitos do Regimento Interno, atuando no sentido da preservação da dignidade do mandato parlamentar no Senado Federal.

VEJA: Edinho é o melhor senador do MA; Hélio Santos, o melhor deputado

Surpresa? Aécio Neves foi considerado o pior senador do país pela revista

lobao4A revista Veja publicou hoje (27) em seu siteRanking do Progresso, uma avaliação dos senadores e deputados federais com base em parâmetros definidos pela própria publicação (veja aqui quais são eles).

Segundo a publicação, o senador Edison Lobão Filho (PMDB) é o melhor entre os maranhenses, mas ocupa apenas a 55ª colocação – o pior do Senado, aponta Veja, é o ex-candidato a presidente Aécio Neves (PSDB-MG).

Entre os deputados, o mais bem colocado do Maranhão é o tucano Hélio Santos, na 6ª posição. Atrás dele aparecem Domingos Dutra (SDD), em 11º; Simplício Araujo (SDD), em 22º; e Carlos Brandão (PSDB), em 31º.

A lista completa pode ser vista também no link acima.

Sarney se emociona em homenagem de servidores do Senado

Sarney é homenageado por servidores do Senado após se despedir da vida pública

Sarney é homenageado por servidores do Senado após se despedir da vida pública

Funcionários do Senado prestaram uma homenagem ao senador José Sarney (PMDB-AP) ontem, no Restaurante dos Senadores.

O ex-presidente da República disse que, de todas as homenagens recebidas, essa foi a mais tocante por ter partido do que mais o ligou ao Legislativo: o conjunto de funcionários.

“Foram 40 anos aqui, em contato com gerações de servidores, a quem sempre tive por norma tratar como pessoas da minha família. Eu não acredito que se possa trabalhar sem um clima de harmonia e compreensão. Acredito que consegui essa empatia todos estes anos em que fui político e administrador”, disse.

Num discurso pleno de observações bem-humoradas, Sarney disse que sempre definiu o Senado como um matriarcado, daí por que aprendeu a obedecer às mulheres desde sua chegada, quando o Parlamento ainda ficava no Rio. E afirmou que nunca levantou a voz para insurgir-se contra os que com ele trabalharam.

“Na simplicidade e na humildade, a gente tem condições de construir muita coisa. E a paciência? O Brasil talvez deva isso à minha pessoa. Quando a história se contorcia, essa paciência funcionou”, completou.

Nessa referência aos fatos históricos que o levaram ao Palácio do Planalto, em 1985, Sarney contou que perguntou a Tancredo Neves quais eram as dez maiores virtudes de um homem público. Tancredo lhe respondeu que sete delas eram a paciência. O resto ele completaria como quisesse.

Sarney disse que abandona a vida pública “sentindo saudades do futuro”. Citando Max Weber, afirmou que quem quiser a felicidade não deve buscá-la na política.

Florian Madruga, diretor da Secretaria de Editoração e Publicações, entregou ao senador a obra Política, Governo e Povo, coletânea dos discursos de Sarney desde a chegada ao Parlamento. Na mesma ocasião, foi-lhe entregue uma imagem em resina de Nossa Senhora Aparecida.

O presidente da Associação dos Servidores do Senado (Assefe), Petrus Elesbão, destacou o reconhecimento dos funcionários pelo papel de Sarney na modernização da instituição e a coragem com que o senador enfrentou os melhores e os piores momentos vividos pela Casa.

Também discursaram a ex-secretária-geral da Mesa Claudia Lyra; a ex-diretora-geral do Senado Doris Peixoto; o ex-secretário de Comunicação Social da Casa Fernando Cesar Mesquita; a diretora-adjunta de Gestão do Senado, Ilana Trombka; Hélio José, suplente que assumirá a vaga de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); e Jorge Nova da Costa, suplente de Sarney.

Agência Senado

 

Sarney se despede de mandatos eletivos com discurso no Senado

sarneysenadoFim da reeleição, implantação do parlamentarismo, penas mais duras para crimes contra a vida e limites para doações eleitorais. Apesar de estar deixando a política, o senador José Sarney (PMDB-AP) não se furtou de opinar sobre vários assuntos, ao fazer seu último discurso no Plenário do Senado, nesta quinta-feira (18). Sarney lembrou realizações de seus mandatos, fez várias sugestões para a vida política e social do país e recebeu homenagens de colegas senadores.

Para Sarney, é preciso criar cláusulas de barreira para os partidos. Segundo o senador, é importante evitar a proliferação de legendas que “só servem para negociações”. Ele afirmou que 80% dos partidos são dirigidos por comissões provisórias – que não representariam nem o partido nem a sociedade. Acrescentou que os partidos precisam valorizar a democracia, realizando eleições internas.

Leia também: Sarney revela erro e arrependimento de haver-se mantido após a presidência

Sarney defendeu o voto distrital misto e o fim da reeleição, com mandatos de cinco ou seis anos para o Executivo. Ele pediu o fim das medidas provisórias e uma solução definitiva para o financiamento de campanha – com um valor limite de referência para as doações.

Apesar de ter voltado à política após deixar a presidência da República, Sarney disse acreditar que os presidentes deveriam ser proibidos de exercer qualquer cargo público, mesmo que eletivos, após finalizarem o mandato. Ele registrou que se arrependeu de ter voltado à vida pública e disse que um ex-presidente deve ficar acima dos conflitos e se dedicar a unificar o país.

Sarney também pediu a implantação do parlamentarismo no país, como “um dispositivo contra as crises” e defendeu penas mais graves para crimes contra a vida.

“A vida é o bem maior que Deus nos deu e o homicídio ainda não é crime hediondo”, criticou, pedindo também mais investimentos no combate às drogas.

Para o senador, a educação precisa passar por uma reformulação dos currículos, com incentivo à formação e capacitação de professores e mais investimentos em tecnologia e inovação. Sarney também prometeu reapresentar um projeto de Estatuto das Estatais, como forma de proteger o patrimônio público contra escândalos como os que estão ocorrendo com a Petrobras.

Sarney ainda defendeu um projeto de sua autoria, que está parado na Câmara e regulamenta o artigo 245 da Constituição, que cria o fundo nacional de assistência às vítimas (PL 3.503/2004). Ele lembrou que existe o auxílio-reclusão, mas os que são vítimas “não têm direito a nada” e alguns “têm direito só à eternidade”. Ele admitiu que ainda “tem apreensões” e criticou o ódio que vem se apresentando na sociedade, após as últimas eleições.

“É hora de conciliar o país. Tenho visto algumas manifestações exacerbadas aqui no Congresso. A política é democrática. Passadas as eleições, o país deve buscar um terreno comum, o bem público”, declarou o senador, dizendo que o Brasil precisa de mais sonhos e utopias”

Agência Senado

Congresso mantém veto a novas regras para criação de municípios

Da Agência Senado

plenárioO Congresso manteve os 38 vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos de lei, analisados nesta terça-feira (25). A decisão foi anunciada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, no início da sessão do Congresso desta quarta-feira (26).

A apuração foi encerrada na manhã de hoje. Foram apuradas  325 cédulas na Câmara dos Deputados e 42 cédulas no Senado Federal — a votação englobou os 314 dispositivos vetados em 38 projetos.

A votação dos vetos limpou a pauta e abriu caminho para a votação do PLN 36/2014, que flexibiliza a meta do superávit primário do governo federal deste ano na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014.

Municípios

De acordo com Renan Calheiros, nenhum dos vetos alcançou a maioria absoluta exigida para a derrubada em cada uma das Casas, ou seja, pelo menos 257 deputados e 41 senadores.

É o caso, por exemplo, do que rejeitou integralmente as novas regras para a criação de municípios (PLS 104/2014 – Complementar).

Originado no Senado e aprovado definitivamente em agosto, o projeto foi uma segunda tentativa de regular a matéria, após uma proposta anterior também ser vetada pela Presidência da República.

“Sessão difícil, quórum apertado, e de uma só vez o Congresso teve que apreciar 38 vetos que estavam acumulados. Tentamos reunir 13 vezes  para o Congresso para limpar a pauta e apreciar esses vetos, mas não foi possível antes. O Congresso decidiu pela manutenção de todos os 38 vetos”, disse Renan.

Astro de Ogum, vice-prefeito de São Luís

astroA eleição do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), como senador do Maranhão, produz uma mudança na linha sucessória da Prefeitura da capital.

Antes de assumir o cargo em Brasília, o socialista precisa deixar o cargo no Executivo Municipal.

Sendo assim, nos casos de licença do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), o comando da cidade passa para o presidente da Câmara Municipal.

O posto, atualmente, é ocupado pelo vereador Isaías Pereirinha (PSL).

Mas, no ano que vem, quando Rocha efetivamente deixar o cargo, quem estará no comando da Casa Legislativa será o vereador Astro de Ogum (PMN), eleito por antecipação em abril deste ano.

Sendo alçado, então, ao posto de “vice-prefeito” de fato…

TSE não conhece recurso de Monteiro e atesta legalidade de substituição por Zé Heluy

certidãoO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem, por unanimidade, não conhecer, por perda de objeto, os embargos de declaração propostos pelo presidente estadual do PT, Raimundo Monteiro, contra decisão da Corte pelo indeferimento do seu registro de candidatura como primeiro suplente de senador na coligação “Pra Frente, Maranhão”, encabeçada pelo candidato Gastão Vieira (PMDB).

 A decisão confirma a validade da substituição do petista pelo colega de partido José Antônio Heluy, nos termos do parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral, emitido pelo vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio de Aragão. O registro do substituto será julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão.

ze_heluyAo decidir o caso, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, e o relator da matéria, ministro Henrique Neves, destacaram que o recurso de Monteiro perdeu objeto porque, apesar de ainda contestar decisão da própria Corte Eleitoral, ele já havia sido substituído pela coligação a que pertencia.

 “Eu não estou conhecendo dos embargos de declaração, porque se o próprio partido já o substituiu, falece interesse”, destacou Neves.

Para o presidente do TSE o caso é emblemático, por confirmar jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o fato de que os mandatos eletivos pertencem aos partidos, não aos candidatos.

“Se até o mandato de quem já foi eleito é do partido, quanto mais a apresentação do registro de candidatura. Ele [Raimundo Monteiro] foi declarado inelegível aqui pela Justiça Eleitoral, só que não renunciou. Aí o partido trocou, sem a renúncia. Se o mandato é do partido, quanto mais a apresentação do registro de candidatura. Estamos aqui exatamente fortalecendo aquela linha do que foi jurisprudência do Supremo”, pontuou.

Toffoli acrescentou durante a sessão de julgamento que os partidos e coligações não podem ficar “reféns” dos candidatos.

“O que está ficando claro aqui é o seguinte: o candidato que é declarado inelegível pela Justiça Eleitoral, o partido não fica submetido a que o candidato renuncie àquela candidatura [sic]. O partido, para não correr o risco de a chapa, que é majoritária, cair por inteiro, mesmo ele não tendo renunciado, foi lá e substituiu e apresentou um novo. O partido pode, legitimamente, independentemente da vontade deste candidato, substituí-lo”, completou.

Os R$ 30 mil do ambulatório do Câncer e os R$ 190 mil do gabinete fechado de Roberto Rocha

vice vice2A campanha eleitoral deste ano no Maranhão começou com um debate provocado pela oposição: uma empresa do senador Edison Lobão Filho (PMDB) recebe R$ 30 mil mensais do Governo do Estado pelo aluguel de um prédio onde funciona o ambulatório oncológico instalado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) na Avenida São Luís Rei de França.

Os oposicionistas tentaram criar um clima de escândalo porque o prédio estava em adaptação. Na versão deles, seria uma “clínica fantasma”.

Agora que já sabem que o ambulatório funciona, ninguém mais da oposição foi ao local fazer visita ao prédio. Estão calados…

Como calados ficam diante do fato de que o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), já gastou mais de R$ 190 mil  com o aluguel de um prédio onde deveria funcionar a Vice-Prefeitura, mas nada funciona.

O prédio, localizado na  Rua do Sol, está fechado, segundo revela reportagem de O Estado publicada hoje (18).

Além desse recursos, Rocha já gastou quase R$ 100 mil reais com o aluguel de veículos e compra de combustível para carros que servem ao gabinete que simplesmente não existe.

Mas sobre isso, nem um pio da oposição, que age, como sempre, com dois pesos e duas medidas.

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Roberto Rocha reclama: “não tenho sequer gabinete”