O latrocida Ismael de Sousa, o “Pelado” – um dos líderes do PCM, segundo a Polícia Civil – está foragido desde o dia 31 de outubro, mesmo tendo sido condenado a 20 anos de prisão em 2006 e já tendo estado em Pedrinhas por duas vezes.
A história é longa. E revoltante!
“Pelado” estava preso até o dia 11 de outubro deste ano, quando, beneficiado por uma saída temporária na véspera do Dia das Crianças (reveja), deixou o presídio e nunca mais voltou – o retorno estava marcado para o dia 18 de outubro.
No dia 24, no entanto, ele foi preso novamente, desta vez em flagrante, juntamente com mais sete pessoas, por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. O latrocida foi encaminhado ao Centro de Detenção, e o auto de prisão em flagrante ao Fórum de São Luís.
Ocorre que o documento ficou na Portaria do Fórum até o dia 29, quando, às 17h23, foi distribuído por sorteio e caiu na 2ª Vara de Entorpecentes da capital, para apreciação do juiz Adelvam Nascimento Pereira.
Como já se haviam passados quatro cinco dias da prisão em flagrante, o magistrado “em função da inércia do Poder Judiciário”, segundo despachou, foi obrigado a determinar a soltura de todos os presos, inclusive Ismael. Com a seguinte ressalva: “se por outro motivo não estiverem presos”.
E o “Pelado” estava preso, já que havia saído de Pedrinhas beneficiado por bom comportamento. Mesmo assim, de posse do alvará de soltura, deixou o Centro de Detenção sem ser incomodado por ninguém.
E agora a polícia trabalha para tentar recapturá-lo pela segunda vez em menos de um mês.
O curioso é que “Pelado” já havia sido beneficiado por um indulto, em 2010. Na ocasião, ele também não voltou à pisão, sendo recapturado após investigação conduzida pela inteligência da Polícia Militar. E mesmo assim ainda conseguiu novo benefício para deixar a cadeia.
O criminoso foi condenado pelo assassinato, a facadas, do jovem André Pereira Almeida, de quem ele levou uma bicicleta.