Dutra tenta desqualificar Eliziane Gama em evento que reúne a oposição

Marina Silva e Eliziane em Brasília

Marina Silva e Eliziane em Brasília

Blog do Ronaldo Rocha – O deputado federal Domingos Dutra [de saída do PT], foi mais um ontem a dar corpo ao patrulhamento à deputada estadual Eliziane Gama (PPS), que discorda da candidatura de Flávio Dino (PCdoB) e resolveu disputar – com a legitimidade que carrega enquanto parlamentar de história política própria, não inventada como alguns membros oposicionistas e governistas -, o pleito eleitoral de 2014 para o Governo do Estado.

Dutra defendia um palanque único das oposições no estado a Flávio Dino, quando tentou desqualificar o nome de Eliziane: “Essa candidatura de Eliziane não vale. Temos de chamar ela, assim como o Hilton que fez uma grande administração em Santa Rita e que ainda é do PDT, para que ela se junte ao Flávio Dino. Não podemos permitir que haja essa divisão na oposição. Precisamos derrotar a oligarquia”, afirmou.

Dutra é apenas mais um a criticar a postura de Eliziane Gama, que tem motivos de sobra para não apoiar Flávio Dino e inclusive já se posicionou para ele. Marcelo Tavares (PSB) – que a constrangeu em plenário na Assembleia Legislativa -, Othelino Neto (PPS), Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PT), são outros que tentam convencer a parlamentar a desistir da candidatura.

E depois tentam passar a ideia de que é no grupo adversário onde acontece a imposição…

Flávio Dino comenta decisão do STF: “Nem a ditadura conseguiu um sistema de poucos partidos”

O deputado federal Flávio Dino (PC do B) comentou, nesta quinta-feira (28), via Twitter, a decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou das coligações a posse dos mandatos.

Entendimento anterior, firmado no julgamento do chamado “Caso Donadon”, decretava que os mandatos pertenciam aos partidos.

Na visão de Dino, esse entendimento poderia minar a existência de muitos partidos.

“As coligações eleitorais são fundamentais em um país extenso, complexo e desigual. Nem a ditadura conseguiu um sistema de poucos partidos”, disse.

Segundo ele, a manutenção do quociente eleitoral, aliado ao fim das coligações, levaria à eliminação de muitas legendes.

O comunista fez um paralelo com a ARENA e o MDB, dois únicos partidos brasileiros nos tempos de ditadura e lembrou que, sem coligações, poderia aumentar o número de votos inúteis.

“Como o sistema político não cabia em 2 legendas, a ditadura fez o arranjo das sublegendas. Agora não podemos voltar ao tempo da ARENA e do MDB. Eliminar coligações, com a manutenção do quociente eleitoral, conduzirá a isso. O mais grave: sem coligações aumentará o numero de votos ‘inúteis’, ou seja, teremos mais eleitores não representados nos Parlamentos”, completou.

Davizinho escapa!

O suplente de deputado federal Davi Alves Silva Junior (PR) respirou aliviado. Ele não terá mais que ceder sua vaga para o suplente Nonanto Costa (PTB).

Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (27) que a vaga decorrente do licenciamento de titulares de mandato parlamentar deve ser ocupada pelos suplentes das coligações, e não dos partidos.

Só Marco Aurélio Mello votou pelo contra o entendimento majoritário.

A partir de agora, o entendimento poderá ser aplicado pelos ministros individualmente, sem necessidade de os processos sobre a matéria serem levados ao Plenário.

Dúvida

A dúvida sobre a posse do mandato havia sido levantada pelo próprio STF, no julgamento do chamado Caso Donadon.

Na ocasião, o plenário acompanhou, por maioria de votos, o entendimento do relator, ministro Gilmar Mendes, de que o mandato pertencia ao partido.

(Com informações do STF)