Advogados lamentam arquivamento de pedido de impeachment

O tal Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu), que deu entrada em pedido de impeachment contra a governadora Roseana Sarney (PMDB), lamentou hoje (16) “o precoce arquivamento”  pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB).

Em nota, eles contestaram o parecer da Procuradoria Geral da Casa, de que vícios formais impediam a apreciação do mérito.

“Lamentamos o precoce arquivamento do pedido de impeachment (realizado apenas 24 horas depois do protocolo da petição), que ao contrário do que foi decidido, cumpria com todas as formalidades legais. Seu devido processamento teria muito a acrescentar para reparar as violações já praticadas e também prevenir novas violações”, diz o comunicado.

Por telefone, o advogado Murilo  Morelli disse que o coletivo tentaria reunir-se ainda hoje para definir que medidas tomar. Eles devem recorrer.

O Bloco Parlamentar de Oposição, liderado pelo deputado Rubens Júnior (PCdoB), também deve tentar “desarquivar” a representação.

“Somos um Estado de povo trabalhador, que tem orgulho de sua terra”, diz Roseana em artigo

O Maranhão de verdade*

Os brasileiros conhecem a realidade do sistema carcerário nacional. Rebeliões e violência ocorrem, infelizmente, em vários presídios de diversos Estados.

São diversas as causas dos problemas do sistema prisional, alguns dos quais acabam por agredir de forma dramática a paz e a tranquilidade da família brasileira. Os Estados, sem exceção, sofrem com um modelo centralizador e burocrático.

roseanasarneyAlém disso, a vinculação de recursos orçamentários restringe a distribuição equilibrada da receita corrente líquida para atender as demandas setoriais. Em média, no país, o gasto com pessoal está em torno de 45% do orçamento; a educação fica com 25%; saúde, com 12%; o pagamento da dívida, com 13%.

Somados, esses percentuais alcançam 95% da receita estadual. Sobram apenas 5% para outras obrigações, como custeio da máquina, segurança pública, infraestrutura, programas sociais, agricultura etc.

Para piorar, temos o problema das drogas, que é a principal causa da violência: para financiar o tráfico e o consumo, mata-se e rouba-se.

O Maranhão nunca teve tradição de violência. Quando deixei o governo em 2002, éramos o Estado menos violento do país. A expansão do crime organizado pelo território nacional, apoiado na exploração do tráfico de drogas, criou conexões entre gangues e grupos criminosos, espalhando pelo país o padrão de violência que vemos hoje.

Os indicadores do Maranhão avançam, apesar de todas as dificuldades que menciono neste artigo. Hoje, somos o 16º PIB brasileiro; em 2011, último dado do IBGE, o PIB real cresceu 10,3%, enquanto o PIB do Brasil ficou em 2,7%; fomos o primeiro no Nordeste e o quinto no país; a renda per capta alcançou R$ 7.852,71.

Na educação, a média das escolas foi elevada de 478,75, em 2011, para 481,37 em 2012, segundo dados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. Com o resultado, o Maranhão subiu três posições no ranking do Enem.

Estamos executando um dos maiores programas de saúde no Brasil, com a construção de dez unidades de pronto atendimento e 72 hospitais. Novas adutoras, redes de distribuição e estações de tratamento estão sendo implantadas para aumentar a cobertura da população em saneamento básico.

Na segurança pública, com recursos próprios, são R$ 131 milhões para construção de sete novos presídios, recuperação e reaparelhamento do sistema carcerário, compra de armamento, veículos, detectores de metal, esteiras de raio-x e estações de rádio. Até o dia 15 de fevereiro, 2.401 novos policiais aumentarão o nosso contingente. Até agora, 418 vagas foram criadas nos presídios maranhenses. Esse número será duplicado nos próximos seis meses.

Não aceito e não compactuo com a violência. O respeito aos direitos humanos e à integridade física dos cidadãos está acima de tudo. Nenhum órgão de defesa do cidadão apresentou denúncia de ameaça a familiares de presos.

O que se passou em Pedrinhas é ato de selvageria e barbárie. Determinei rigorosa apuração dos fatos e punição exemplar aos responsáveis. A morte da menina Ana Clara, de seis anos, ficará em nossas lembranças para sempre.

Somente com a união do Executivo, Legislativo, Judiciário, Defensoria Pública e Ministério Público será possível vencer essa dura batalha. Na última quinta-feira, recebi o ministro da Justiça e representantes dos três Poderes.

Já iniciamos um grande plano de ação com 11 itens que contemplam medidas como mutirão das defensorias, transferência de presos e núcleos de atendimento, além de capacitação do policial. São medidas que solucionarão o problema carcerário do Estado.

Somos um Estado de povo trabalhador, que tem orgulho de sua terra e de sua tradição. Com o nosso esforço e a ajuda de todos, vamos vencer essas dificuldades.

*ROSEANA SARNEY, 60, socióloga formada pela Universidade de Brasília (UnB), é governadora do Maranhão pelo PMDB

Assembleia arquiva pedido de impeachment contra Roseana

arnaldoO presidente da Assembeia Legislativa do Maranhão, deputado Arnaldo Melo (PMDB), decidiu arquivar, ontem (15), o pedido de impeachement protocolado por um tal Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu) contra a governadora Roseana Sarney (PMDB).

O grupo, comandado por paulistas ligados à Folha de S. Paulo e ao Estadão, tentava a cassação da peemedebista por crime de responsabilidade no caso da crise carcerária maranhense.

Melo embasou sua decisão em parecer da Procuradoria Geral da Casa. Ele diz que o pedido é “inepto e não tem condições de ser conhecido”.

Editoria de Impeachment (ou o tiro saiu pela culatra)

Do blog do Robert Lobato

Quando a gente pensa que já viu de tudo no Maranhão eis que surge um tal “Coletivo de Advogados em Direitos Humanos” (Cadhu), para protagonizar uma das maiores idiotices da história política recente do Maranhão.

Não, o Blog do Robert Lobato não se refere ao pedido de impeachment de per si, já que pedidos de afastamento de governantes/gestores é um direito que a cidadania pode exercer sempre que achar que há motivos para tal.

O que há dantesco nesse pedido de impeachment da governadora Roseana Sarney é que, ainda que houvesse todas as razões do mundo para arrancar a mandatária do poder executivo maranhense do cargo, a cidadania nativa não precisaria “importar” de maneira vergonhosa uma peça jurídica bisonha para fundamentar o pedido de seu afastamento.

E de despertar aquela famosa “vergonha alheia” o fato de nenhum dos ilustres constitucionalistas maranhenses, alguns até ativos militantes do campo das oposições, ter a devida coragem para assinar o pedido de impeachment da governadora.

E na ausência, seja lá por quais razões, de um constitucionalista maranhense macho para cumprir a missão, coube partir para a criação dois atos completamente idiotas: (1º) constituir o tal ”Coletivo de Advogados em Direitos Humanos”; e (2º) criar a “Editoria de Impeachment” nos dois dos principais jornalões do país, a Folha de São Paulo e o Estadão.

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“Não existe oligarquia no Maranhão”, diz Roseana

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Confira abaixo entrevista da governadora Roseana Sarney aí portal de notícias UOL.

UOL – A senhora deixa mesmo o governo em abril para se candidatar ao Senado?

Roseana Sarney – Essa é uma questão que ainda estou analisando.

A senhora demonstrou insatisfação ao comentar sobre uma pergunta que falava sobre a família Sarney. A senhora, assim como os familiares, se sente injustiçada com os comentários de que o MA tem um “oligarquia”?

Não existe oligarquia. Isso é ignorância ou má-fé. No Maranhão, assim como no Brasil, há democracia. Os governadores são eleitos. Não gosto de comentários maldosos.

Além da transferência de presos em parceria com o MJ, que outras medidas ainda serão tomadas para diminuir a sensação de insegurança das pessoas no Estado?

Desde que assumi o governo em 2009, a segurança tem sido uma prioridade. Nos últimos quatro anos, foram feitos investimentos efetivos. A frota de viaturas foi renovada, com entrega de mais de mil veículos; novos equipamentos e armamentos foram adquiridos; foram feitos investimentos na qualificação profissional e na inteligência policial; construídos e reformados batalhões e delegacias de polícia; implementado o projeto das Unidades de Segurança Comunitária (USC), com a primeira unidade entregue no bairro Vila Luisão, reduzindo em 73% o índice de criminalidade na região. Foi realizado concurso público para a efetivação de cerca de 2.500 homens da Polícia Miliar, Corpo de Bombeiro e Policia Civil, e já autorizei a convocação de mais 1.000 excedentes aprovados da PM no certame. Com relação à situação de prisional, estamos investindo recursos da ordem de R$ 131 milhões na construção de novas unidades e no reaparelhamento do Sistema Penitenciário do estado, que irá viabilizar a criação de novas vagas. Durante encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, aqui em São Luís, anunciamos 11 medidas a serem implementadas para resolução da crise no sistema penitenciário. Uma das quais já colocamos em prática, que foi a criação do Comitê Gestor de Ações Integradas, que já se reuniu para traçar e definir metas de trabalho.

O Estado registrou um aumento de 460% na criminalidade em 13 anos, sendo 807 homicídios só na Grande São Luís. O que justificaria essa explosão de violência?

O aumento da violência não acontece somente no Maranhão. Essa é uma realidade em todo o Brasil, estimulado principalmente pelo crescimento do tráfico de drogas, um mal que se espalha em todas as regiões do país.

O seu pai, senador José Sarney, comemorou o fato de a violência ocorrer dentro dos presídios, e não nas ruas. A senhora concorda?

Entendo que meu pai não comemorou e nem vai comemorar violência.

Alguns especialistas têm criticado a transferência de presos como medida de combate à violência em Pedrinhas, já que eles teriam contato com líderes de organizações criminosas como o PCC. A senhora acha que a transferência realmente ajuda?

Toda ajuda que vier para devolvermos a normalidade no sistema prisional do estado será bem-vinda.

A senhora vai manter as licitações para compra de itens de alimento e bebida?

A Comissão Central de Licitação (CCL) solicitou revisão no Termo de Referenciamento. O rito processual segue conforme estabelece a Lei de Licitações.

O Maranhão tem um dos piores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do país. Mesmo assim, a senhora citou que o Estado “está muito bem” e “está ficando rico”. Isso explicaria a violência e as críticas da oposição?

Quando disse que o Maranhão está indo bem, claro que não podemos e não temos como fechar os olhos para o problema do sistema prisional. Temos ainda indicadores que precisam avançar, é verdade, mas muito já evoluímos nos últimos quatro anos, em saúde, educação e na área econômica. Somos a 16a economia do país. Os dados do IBGE (2011) comprovam que o PIB real do estado cresceu 10,3% e o do Brasil, 2,7%, fazendo do Maranhão o quinto do país e o primeiro do Nordeste em crescimento. Estamos com mais de 120 bilhões de reais em investimentos, com grandes empreendimentos em instalação no estado, gerando milhares de emprego e renda para a população.

Faltou o principal, dizer quanto custa

Não consigo entender o por que de tanto mistério por parte do Governo do Estado para informar quanto custará aos cofres públicos a parceria selada com a Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis. Na última terça-feira (28), foi realizada uma coletiva sobre o assunto, várias informações prestadas, menos o valor oficial que será destinado a Beija-Flor. A desinformação ou a falta de transparência acaba dando margens as especulações e acusações maldosas. Sobre o patrocínio financeiro a única coisa falada na coletiva foi a negativa de que o repasse do Governo do Estado seria de R$ 8 milhões. “Se nós tivéssemos esse dinheiro, jamais perderíamos o Carnaval no Rio.”, afirmou na coletiva o diretor da Beija-Flor, Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla. Continue lendo aqui…

Dois secretários se opuseram a entregar cargos a Roseana

Afonso Ribeiro e José Henrique: é meu, é meu...

Durante a reunião do Conselho de Gestão Estratégica, quando ficou acertado entre os secretários que todos assinariam documento deixando os cargos à disposição da governadora Roseana Sarney (PMDB), dois deles não concordaram.

Quando o secretário Hildo Rocha (Articulação Política) pediu a palavra e fez a proposta, José Henrique Campos (Administração) e Afonso Ribeiro (Agricultura) questionaram a decisão.

Segundo os dois, todos serão exonerados automaticamente dia 31 de dezembro para serem readmitidos em janeiro – tese tresloucada essa.

Hildo ponderou que o ato seria um gesto de cortesia com a governadora. Depois de muita conversa, os dois assinaram o documento.

De tudo isso, só não entendi uma coisa: por que logo José Henrique Campos se opôs a entregar o cargo, já que a secretaria dele sequer existirá depois da virada do ano?

Secretários oficializam entrega de cargos

Os secretários de Estado oficializaram, nesta terça-feira (21), a entrega dos cargos à governadora Roseana Sarney.

Em documento assinado por todos os ocupantes do primeiro escalão, eles deixam a governadora à vontade para definir a equipe que assume com ela a partir de 1º de janeiro.

A decisão foi confirmada durante a reunião de hoje doConselho de Gestão Estratégica.

“Foi uma forma de deixar a governadora mais à vontade para tomar suas decisões”, disse ao blog um dos secretários.