A Assessoria de Comunicação da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) confirmou, em nota encaminhada por comentário ao blog, o desvio de função da promotora Núbia Zeile Pinheiro Gomes.
Núbia é titular da 29ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, exerce o cargo de coordenadora de Assuntos Estratégicos e Inteligência na Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), mas, na verdade, atua como chefe de gabinete da procuradora-geral de Justiça, Fátima Travassos.
Segundo a nota, “todo chefe de poder precisa de auxiliares competentes que possam ajudá-lo em viagens na organização dos compromissos, reuniões, agendamentos, realização de tarefas e elaboração de relatórios de suas atividades”.
Nunca disse o contrário aqui.
Disse apenas que, como coordenadora de Assuntos Estratégicos e Inteligência na Procuradoria-Geral de Justiça, ajudar a promotora Fátima Travassos em “viagens na organização dos compromissos, reuniões, agendamentos, realização de tarefas e elaboração de relatórios de suas atividades” não é função da promotora Núbia Zeila.
Mas a nota confirma que ela faz essas viagens de assessoramento, em total desvio de função.
Aliás, as funções da promotora são bem claras, conforme já publicou o blog no post “Portaria confirma desvio de função de promotora na PGJ”.
Assessorar a procuradora-geral em viagens para audiência pública sobre o plantio de arroz também não parece ser função de Núbia.
E a nota diz mais:
“Entre esses auxiliares da procuradora-geral estão competentes promotores de justiça que estão afastados das comarcas para desempenhar outras funções também de grande importância para o Ministério Público e alguns deles por necessidade acompanharam a procuradora-geral em viagens. Esses atos obtiveram visibilidade do público e da imprensa, graças à transparência de todas as ações do MP bastante valorizada pela atual administração superior do Ministério Público Maranhense”.
O texto completo com as explicações da PGJ pode ser acessado nos comentários do post “Chefe de gabinete de Travassos, promotora recebeu R$ 39 mil em diárias em dois anos”.