Flávio Dino quer que aposentados voltem a trabalhar

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Imagem de professores da Universidade Estadual divulgada pelo site do Apruema

Professores que integram o corpo docente da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), representados pela Associação de Professores da Universidade Estadual (APRUEMA) denunciaram em sua página na internet a tentativa do Governo do Estado, de fazer com que os aposentados voltem a trabalhar. A medida ocorreria como uma espécie de condição para que a classe dos aposentados fosse beneficiada numa negociação salarial.

Os professores da Uema reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial – que contemple os profissionais da ativa e os aposentados. Até o momento, segundo a  Apruema, as partes não avançaram.

Ocorre que há alguns dias, o Governo do Estado, por meio da Casa Civil, comandada pelo secretário-chefe Marcelo Tavares, encaminhou proposta para a direção superior da Uema, e não para  a comissão da Apruema que negocia o reajuste salarial, que diz respeito a um Programa de Extensão que poderia ser implantado no prazo de 30 dias e beneficiaria a classe dos aposentados. Mas, para isso, o professor aposentado deveria obrigatoriamente retornar às suas atividades e ter disposição para trabalhar entre 10 horas e 15 horas semanais.

A proposta, segundo os professores, foi prontamente rejeitada [leia o posicionamento dos professores na íntegra, aqui].

“Os dois outros pontos, que são a tabela de Gratificação Técnica e o prazo de implantação da tabela salarial dos docentes da Uema para o ano de 2017 não foram alterados. O que significa dizer que continua valendo o valor inicial de R$ 350,00 para a tabela de Gratificação Técnica, uma contraproposta do próprio Governo do Estado, e o prazo de até março/2017 para a implantação da tabela de equiparação salarial com os professores do Ensino Médio, mas que o Governo do Estado, contumazmente, insiste em manter até junho/2017”, destaca trecho do texto.

Os professores devem se reunir hoje com a direção superior da Uema para tratar da imposição do Governo aos aposentados. A reunião deverá ocorrer na própria universidade.

Autofagia

waldirNão há, na história da política brasileira, alguém que tenha protagonizado papel tão surreal quanto o do presidente interino da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP). Com apenas um único gesto – manipulado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) -, Maranhão tornou-se uma das figuras mais criticadas da República, atraindo para si, sua família e seus aliados uma atenção negativa que pode, inclusive, tirar-lhe o mandato.

Waldir Maranhão era a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e navegava tranquilo na onda que marcava Brasília. De uma hora para outra, porém, virou a casaca e passou a votar contra o impeachment, sob a orientação de Flávio Dino, o que gerou o primeiro revés: a perda do comando do PP no Maranhão.

Não satisfeito – e novamente sob a influência de Flávio Dino – o deputado maranhense saiu de casa em uma tarde de domingo, e com o próprio Dino na carona, para tentar, simplesmente, anular o impeachment votado na Câmara, quando este já estava em tramitação no Senado.

De lá para cá, a vida de Waldir Maranhão virou um inferno. Seu filho, um médico que estuda em São Paulo, foi descoberto em uma tunga como servidor do Tribunal de Contas do Estado e obrigado a devolver dinheiro que recebeu sem trabalhar. O próprio Waldir foi descoberto como professor fantasma da Uema, também obrigado a devolver recursos recebidos irregularmente.

Hoje, Flávio Dino passa ao largo da crise, já nem comenta sobre o tal “golpe” e até já se reuniu com o presidente em exercício Michel Temer (PMDB).

Maranhão segue em inferno um astral, com processo de expulsão do PP já aberto, ameaça de ser defenestrado da presidência da Câmara e até com riscos de perder o mandato de deputado. E tudo por causa de um voto.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Desembargador anula eleição de reitor da Uema

Nesta segunda-feira, 24, o desembargador Raimundo Melo declarou nula a eleição para a formação da lista tríplice para escolha do reitor da Universidade Estadual do Maranhão, ocorrida no ano de 2010.

A anulação das eleições deu-se em uma decisão originada de mandado de segurança, onde uma professora concorrente para o cargo de reitora questionou a impossibilidade de o atual reitor – José Augusto Silva Oliveira – participar do processo eleitoral, em razão de ele já ter ocupado o cargo por duas vezes seguidas, sendo vedado um terceiro mandado subsequente aos dois primeiros.

Na decisão, em caráter liminar, o desembargador ressaltou que o atual Reitor já exerceu os dois mandados autorizados pela lei, de forma subsequente, situação que impede a sua reeleição e a própria candidatura, nos termos da legislação estadual da UEMA, reconhecendo assim a ilegalidade no ato impugnado.

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(As informações são do TJ-MA)