Fátima Travassos: nada de novo

Após a ocupação do seu gabinete na Procuradoria Geral de Justiça por integrantes do Sindicato dos Servidores do Ministério Público (SINDSEMP), na última segunda-feira (21), Fátima Travassos resolveu ceder à pressão e recebeu os sindicalistas, na tarde da última terça-feira (22), para discutir as principais reivindicações dos manifestantes.

A procuradora-geral insistia que o sindicato foi desrespeitoso com ela por ter entrado em seu gabinete, mas não se negou as discutir as propostas apresentadas pelo Sindicato . “Não precisava ter feito todo aquele estardalhaço”, afirmou.

Ela voltou a repetir que o Plano de Cargos Carreiras e Salários já está pronto e é prioridade da administração do MPMA para o ano de 2012, e que deve ser pauta da próxima reunião no Colégio de Procuradores, para ser aprovado em 2012.

Para o presidente do SINDSEMP, Valdeny Barros, a reunião não apresentou nada de novo. “A procuradora insiste, desde 2008, na tese de que somos inimigos dela e com base nisso não dialoga diretamente com a categoria, convocando o que ela chamou de terceiro escalão (o diretor – geral e o secretário institucional) para reunir com o sindicato durante todo esse tempo. Por outro lado, tecnicamente, não explica porque toda a demora em revisar o PCCS, deixando tudo para 2012, o que me parece mais uma conduta de prefeito do interior, que deixa pra fazer as obras às vésperas da eleição”, declarou.

Barros também ressaltou durante a reunião que há, sim, recursos para a melhoria salarial imediata e para conceder os benefícios como os auxílio saúde e auxílio alimentação, mas que o positivo seria a Procuradoria repor a inflação, como positivamente vem fazendo desde 2009, e reestruturar o vencimento-base, equiparando a remuneração da categoria aos demais órgãos da justiça e legislativo, rompendo assim a defasagem implantada no início da criação do atual plano de cargos.

O diretor de assuntos jurídicos Ronilson Carvalho considerou que, mesmo a procuradora dizendo que não cedia a pressão, o sindicato foi vitorioso ao arrancar a audiência, mostrando a todos os servidores qual o caminho que temos que seguir. Já o diretor de comunicação Laércio Leonel considerou que devíamos ter rebatido de modo mais duro aos ataques à entidade e que sai frustrado com a postura autoritária da procuradora – geral.