Duas baterias de pesquisas qualitativas foram aplicadas praticamente no mesmo período em São Luis. Uma foi contratada pelo “consórcio de candidatos” controlado por Flávio Dino (PCdoB), e realizada por um instituto de Pernambuco, que tem ligações com o PSB nacional.

A outra foi contratada pelo grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB), que apóia a pré-candidatura do vice-governador Washington Oliveira (PT), e foi executada pela Escutec, mediada por uma cientista política de Fortaleza que já trabalhou em outras campanhas em São Luis.

Embora o relatório da pesquisa do grupo dinista ainda não tenha sido apresentado aos candidatos e partidos interessados, cada candidato ou partido enviou representantes para acompanhar os trabalhos. E quem assistiu às dinâmicas de discussão garante que Edivaldo Holanda Júnior levou vantagem em quase todos os grupos pesquisados.

É o nome que mais se identifica com Flávio Dino, enquanto que Tadeu Palácio aparece como o nome identificado com o grupo Sarney. Além disso, Edivaldo é quem encarna a figura da renovação radical às práticas administrativas atualmente em uso na Prefeitura de São Luís.

Outro dado a ser levado em conta é que, assim como acontece em qualquer conversa de bar – ou nas redes sociais -, João Castelo foi massacrado pela maioria dos participantes em todos os grupos. Já  Washington Oliveira é visto com certa indiferença – mesmo quando se sabe que ele receberá apoio de Dilma e Lula.

As pessoas ainda consideram as máquinas governamentais, tanto o governo, quanto a prefeitura, muito poderosas em uma eleição.

Além disso, o que se sabe do relatório da pesquisa qualititativa apresentado na última sexta-feira (1º) ao comando da campanha de Washington Oliveira é que Holanda Júnior é quem mais próximo está do imaginário do eleitor e apresenta as melhores chances de fazer o enfrentamento.

Mas, como em toda pesquisa, esses são dados do momento – e nada mais do que dados. Amanhã, muita coisa pode mudar.