Então líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB) – um dos principais aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) – era a favor do reajuste de 21,7% aos servidores estaduais.
Para quem acompanha a polêmica há pouco tempo, vale lembrar que os 21,7% são a diferença entre o percentual de 8,3% concedido em 2006 – pelo então governador José Reinaldo (PSB) – a servidores de nível fundamental médio e os 30% concedidos aos de nível superior.
Com o objetivo de corrigir essa discrepância foi que a Justiça considerou inconstitucional a lei de 2006 mandou o Estado pagar a diferença aos demais trabalhadores (saiba tudo sobre o caso aqui).
Em 2013, ao tratar do tema no Legislativo, Rubens Júnior – então na oposição, repise-se – declarou que por força do princípio constitucional da isonomia não poderia haver índices diferenciados de reajustes salariais.
“As leis que tratam de aumentos remuneratórios e revisão de vencimentos devem ser específicas, não pode ser uma lei mista. Queremos que o TJ dê a interpretação de acordo com a Constituição para garantir aos servidores o que lhes é assegurado por direito”, discursou o comunista (veja aqui a publicação original).
Ocorre que o comunista, agora, é governo. E, mais de uma semana depois de o TJ julgar procedente uma ação rescisória do governo Flávio Dino retirando os 21,7% dos servidores do Judiciário – o que pode acabar se estendendo aos demais funcionários públicos estaduais -, ele ainda não deu um pio em defesa dos servidores.
Em sua página institucional no Facebook (veja acima), o deputado já começou a ser cobrado por seu silêncio.
[…] IGUAL AO GOVERNADOR.