Governo Flávio Dino quase triplicou contratos com IDAC

O avanço dos contratos do IDAC (clique para ampliar)

Os ganhos do Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC) no governo Flávio Dino (PCdoB) praticamente triplicaram em relação à gestão anterior.

É o que apontam dados do Portal da Transparência sobre repasses da Secretaria de Estado da Saúde (SES) à entidade que foi alvo da Polícia Federal na Operação Rêmora, deflagrada há pouco mais de uma semana, acusada de ser o vetor de desvios de pelo menos R$ 18 milhões.

O instituto começou a operar no Executivo estadual na gestão Jackson Lago (PDT), quando o médico Edmundo Gomes era o secretário, e ganhou posição de destaque na atual gestão comunista – como apontou a PF em relatório encaminhado à Justiça Federal (saiba mais).

Atualmente, o IDAC faz o gerenciamento de sete unidades de saúde (apesar de haver poucos dados sobre o contrato para a terceirização da UPA de Chapadinha, que tem contrato mais recente).

Durante o governo Roseana Sarney (PMDB), o mesmo instituto geriu apenas duas unidades: em Carutapera, com um contrato já oriundo da gestão anterior; e em Monção.

Em 2014, por exemplo, os contratos com o IDAC totalizaram R$ 39.169.295,16, valor referente ao gerenciamento dessas duas unidades. A parcela final desse contrato era de R$ 3.653.215,86 ao mês.

Em dois anos da gestão Flávio Dino, no entanto, os valores só subiram, assim como a quantidade de unidades administradas – passando de duas para seis (mais a de UPA de Chapadinha).

Dos R$ 39 milhões em 2014, os contratos do IDAC na atual gestão subiram para mais de R$ 240 milhões entre 2015 e 2016.

Em 2015 os comunistas firmaram o primeiro contrato com o IDAC, em maio, no valor de R$ 18,9 milhões. Esse contrato teve vigência de três meses, depois aditivado por mais três meses, e não foi precedido de licitação (veja aqui).

Depois disso, em novembro, novo contrato, novamente sem licitação (releia). Foram R$ 102 milhões para administrar os seguintes hospitais: Hospital Regional de Carutapera, Hospital Geral de Barreirinhas, Hospital Aquiles Lisboa, Hospital de Paulino Neves, AME Barra do Corda, AME Imperatriz.

Esse contrato também foi aditivado, por mais R$ 102 milhões e outros 12 meses.

Ainda segundo dados do próprio Portal da Transparência, em 2017 o IDAC já recebeu R$ 34.099.068,32, referentes aos meses de janeiro a abril – de um total de mais de R$ 40 milhões empenhados (releia).

Esse é quase o valor que foi pago em todo o ano de 2014, ao mesmo instituto, na gestão R$ 35.306.284,13, de um contrato de R$ 39 milhões.

E mais: enquanto nos cinco anos do governo Roseana (2009-2014) a soma dos contratos com o IDAC para gestão hospitalar era de R$ 88.669.295,16, em apenas dois anos do governo Flávio Dino essa soma é de R$ 242.482.263,90.

Enquanto isso…

No fantástico mundo das redes sociais, o governador Flávio Dino (PCdoB) garante que, na verdade, está é acabando com as terceirizações.

“Estamos revertendo a terceirização feita no passado para entidades privadas. Passo a passo, para evitar desorganização. Já cortamos pela metade as despesas com entidades privadas terceirizadas. Implantamos a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH)”, disse.

Só esqueceu (?) de acrescentar que Emserh não foi implantada por ele, mas também no governo Roseana.

3 pensou em “Governo Flávio Dino quase triplicou contratos com IDAC

  1. E hj no Fantástico ja foi levado ao ar matéria sobre este caso de corrupção no quadro CADÊ O DINHEIRO Q TAVA AQUI. Até Tia Rose saiu das INTOCAS e apareceu no ar. E como foi dito na reportagem essa maracutaia começou em 2008, ou seja, tanto o governo atual como o da sua CHEFA estão enrolados não venha defender o indefensável, mesmo sem vc fazer o papel rídiculo de defendê-la em seu espaço, tenho certeza q vc continuará recebendo o SEU..

  2. E sinceramente, o Idac nunca deixou faltar nada no Hospital que trabalho, salarios em dias, nao faltava medicacoes, nem medicos…nem enfermeiros…Enfim, vai fazer muita falta pra nossa regiao…a qual ja esta sofrendo.

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