Autoritarismo puro

Da coluna Estado Maior

 O episódio envolvendo a prisão do tenente-coronel Ciro Nunes, da Polícia Militar do Maranhão, é mais um ato a comprovar a marca autoritária do governo Flávio Dino (PCdoB).

O oficial foi preso na sexta-feira, 21, depois de discutir na porta do Tribunal de Justiça do Maranhão com o procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia.

Esse é o único ponto concordante nos depoimentos dos dois, porque Maia diz que foi agredido com palavras de baixo calão – depois de ter sido abordado pelo PM para tratar de um processo de promoção em que ele figura como requerente – e Nunes, por outro lado, argumenta que foi humilhado pelo procurador antes de reagir.

Versões à parte, o fato é que não houve agressão física de nenhum dos dois lados, embora possa ter havido algum excesso.

Está claro que alguém acusado de injúria ou ameaça, nessas condições, teria que responder judicialmente pelo ato. Mas ser preso?! É de se imaginar o que seria da sociedade se toda discussão terminasse em prisão.

O “crime” do tenente-coronel Ciro Nunes, portanto, foi ter ousado desafiar um agente do governo comunista. E, nele, impera o autoritarismo, o abuso do poder, a imposição pela força, pelo medo.

Janilson

A prisão do tenente-coronel Ciro Nunes fez lembrar o caso do major Janilson Lindoso, de Imperatriz.

Aliado do prefeito Assis Ramos, ele declarou sua posição política ainda na eleição de 2016 e, por isso, teve sua transferência de cidade determinada pelo governo Flávio Dino (PCdoB).

Indignado com a perseguição, excedeu-se na reação e foi preso, mas acabou virando um símbolo da resistência contra o autoritarismo comunista na região (reveja).

11 pensou em “Autoritarismo puro

  1. Ainda bem que está fase está perto de acabar!
    Mas, se quiserem ir adiantando continuem assim!!
    O O
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    [___]

  2. São dois pesos e duas medidas. O governador promove pela Justiça a Tenente Coronel, o major Alexandre Magno do TJ, cumprindo decisão judicial, mas não cumpri da mesma forma a decisão do coronel Ciro. Recorre da decisão dos Majores Washington, Fontinele e Alfredo e não recorre do entao Major Alexandre Magno.
    Esse procurador haja tendenciosamente cumprindo apenas as decisões dos “amigos” e recorrendo nos casos em que os interessados não são apadrinhados dos comunistas.
    Senhor Governador, domine seu ímpeto ou seu amigos assessores vão lhe tirar os próximos 4 anos de governo. Haja de forma imparcial e continue trabalhando pelo nosso Estado, pois precisamos de pessoas comprometidas com a população e em especial com a Polícia Militar.
    O seu procurador Geral já demonstrou diversas vezes que nem sempre agi de maneira imparcial, ou seja, em defesa do Estado, isso é fato.

  3. Gilberto, o que mais vemos no Maranhão são abusos de autoridades; de agentes de trânsito; de policiais militares e civis… claro, que os abusos cometidos pelo judiciário e ministério público são em menor número. Cabe salientar, que, esses casos que os membros do governo são acusados, já se tornaram corriqueiros e até uma praxe em algumas pastas. Portanto, não me assusto com esse caso do CEL, pois vão continuar acontecendo e ninguém tomará providencias para pará esta prática abominável. Portanto, não demais lembrar que esse caso só é mais um entre tantos menos notórios.

  4. Ele achou que ia bater de frente e iria sair ileso, talvez acostumado a fazer com os pés descalços, quebrou a cara. Bom exemplo para os que estão começando e que se acham acima da lei.

    • Perfeitamente.
      Cometeu inúmeros abusos de autoridade quando trabalhava em Timon.
      Agora, trombou de frente com o procurador geral do Estado e se deu mal.

      • Dr. Gilberto Lima,
        Quem cometeu abusos de autoridade em Timon?
        Que tal submetermos nossos nomes à população de Timon?
        Com a devida vênia esse seu comportamento é repudiável.

  5. O governo Flávio Dino vai ficar mesmo na história como o mais isento . Prefeito, ex-deputado, ex-prefeito, coronel, delegado etc, todos já sentiram o desprazer de irem pra cadeia, tudo por conta da independência dos órgãos de gestão. Muitos estavam acostumados com a impunidade do passado, quando a amizade com antigos chefes políticos tornava-os imunes e protegidos, por mais que culpados fossem, o importante era ser amigo do clã. Os tempos mudaram, os ventos agora sopram em outra direção…

  6. O que temos visto nesses 2 anos e meio de governo é um descaso com a Policia Militar, pois o próprio Estado tem tratado de semear a discórdia entre os membros da corporação, senão vejamos:
    1) logo nos 3 primeiros meses editou MP enviando par a reserva compulsoriamente cerca de 11 coronéis, afim de criar vagas para promover seus aliados dentro da corporação, afinal a PEC 300 que havia sido prometida durante a campanha começara a perder força dentro dos corredores dos Leões. Então por efeito cascata foram promovidos inúmeros oficiais aos postos imediatamente superiores e o oficialato começara a calar-se quanto a equiparação salarial;
    2) “Pau que dar em Chico não dar em Francisco”, o secretário da comissão de promoção de oficiais, de forma ardilosa, impetra recursos administrativos para retroação de suas promoções e ele mesmo confecciona parecer favorável que é aprovado na Comissão. Imediatamente, o Governador assina os respectivos atos de promoção com efeitos retroativos, ressaltando que casos análogos são de pronto indeferidos pela mesma comissão;
    3) O doutor Procurador Geral do Estado, amigo pessoal de um oficial lotado num Tribunal, age de forma “estranha” quando deixa de recorrer de um sentença favorável ao amigo e contraria aos interesses do Estado. ato continuo, o Governador promove o “amigo” sem maiores questionamentos. Igualmente, outro processo com o mesmo objeto que tem como interessado um grupo de majores já com sentença favorável pelo TJ/MA em favor desfavor do Estado teve seu recurso encaminhado ao STJ pela Procuradoria do Estado como forma protelar a promoção dos mesmos.
    4) O Comando Atual, nas pessoas de Pereira e Luongo é subserviente aos desejos dos “amigos” do Governador e rezam na cartilha imposta pelos mesmos como forma de permanecerem nos cargos, fazendo valer o dito popular: “manda quem pode obedece quem quer ficar no cargo”
    Dessa forma, os membros da corporação desprendem forças para proteger seus espaços, deixando assim de lutarem por aquilo que fazem jus: salários dignos.

    • Não deixa de ser uma verdade, o pior é que no caso do TC Ciro, a JURISPRUDÊNCIA ESTÁ PACIFICADA no âmbito do STF e do STJ, sem falar que os recursos interpostos pela PGE-MA foram inadmitidos pelo TJMA, justamente por contrariarem súmula do STF, ou seja, RESTA EVIDENCIADO O FAMOSO DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS.

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