A Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), ouvirá em São Luís o procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins Coelho.
O requerimento aprovando a oitiva – que ocorrerá no dia 7 de novembro – foi apresentado pelo deputado federal Aluisio Mendes (PSC-MA).
O objetivo é obter informações sobre como anda a apuração da denúncia de espionagem contra o secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela (PCdoB).
O titular da SSP tem sido acusado pelos delegados Ney Anderson Gaspar e Tiago Bardal de ter determinado grampos ilegais contra desembargadores e políticos maranhenses. Ele nega. “Não apontaram nenhum ato praticado por mim”, disse o secretário ao Blog do Gilberto Léda, no início do ano.
Além do PGJ, a Comissão ouvirá, na sede da Polícia Federal no Maranhão, o próprio Ney Anderson e o ex-delegado Tiago Bardal, no dia 8 de novembro, às 9h. No caso deste, foi encaminhada solicitação ao juiz da 1ª Vara Criminal de São Luís, Ronaldo Maciel, para garantir o deslocamento do delegado para a sede da PF.
“Ciente de que o convidado se encontra preso, solicitamos, com a máxima urgência, tendo em vista a exiguidade do prazo, autorização de V. Exa. para que o preso acima citado possa se deslocar do local da respectiva prisão para as dependências da sede da Polícia Federal em São Luís, sob a escolta da Polícia Federal, garantindo-se assim que seja ouvido, nos termos da lei”, diz trecho da solicitação.
O pomo da discórdia desse escândalo não é a análise de um tal Sistema Guardião de escutas telefônicas da SSP que o Governo do Estado não quer deixar se analisar nem a pau? Pra se saber se o secretário de Segurança Jefferson Portela ordenou ou não espionagens ilegais em autoridades e políticos através do artifício policial chamado “barriga de aluguel? Equipamento/software este, que parece inclusive que a Procuradoria-Geral de Justiça do Maranhão e as superintendências da PF dispõem cada uma de um equipamento semelhante, também lincado com o fabricante, uma empresa privada do Sul do País de nome DÍGITRO, salvo engano, sediada em Santa Catarina, também chamado Plataforma Guardião?
Então bastaria agora a sua excelência o senhor procurador-geral de justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga, que investiga o Caso no Estado corroborar com a investigação paralela da Câmara Federal pedindo para a justiça estadual ordenar logo a abertura desse Sistema que a SSP usa, já que existe as cópias autênticas de todos os arquivos guardados na matriz da empresa fabricante do equipamento por força de lei? Se tudo estiver correto e dentro dos conformes, parabéns e que seja punido com todos os rigores da lei os delegados denunciantes que assim estariam mentindo? Simples.
Sem abrir o Guardião nada feito!!! Diante do impasse e de inquietantes rumores na sociedade inclusive envolvendo supostas espionagens a membros do Congresso Nacional, o procurador de justiça do Maranhão juntamente com a Comissão de deputados da Câmara Federal deveriam pedir pelo menos à Justiça a quebra do sigilo das escutas originadas da SSP/MA junto às operadoras de telefonia, digo dos oficios enviados para esse fim pela SSP. Isso não custa nada, acho que dificilmente a Justiça negaria.