No dia 22 de março, ainda no início das medidas de isolamento social determinadas pelo Governo do Estado, o Corpo de Bombeiros iniciou uma campanha para alertar as pessoas sobre a necessidade de ficarem em casa.

Com um carro de som, homens da corporação passaram pela Avenida Litorânea, para convencer a população a deixar o local.

O secretário municipal de Saúde de São Luís, Lula Fylho, exaltou a ação. E fez uma reflexão sobre quem insistia em quebrar as regras de isolamento e distanciamento.

“Infelizmente ainda precisamos alertar sobre os riscos, parece que ainda não entenderam o momento que estamos vivendo. Por favor, fiquem em casa. Só saiam se for necessário”, escreveu.

O mesmo Lula Fylho, hoje (19), menos de um mês depois, já não vê mais problema nenhum em o cidadão usar a mesma Litorânea para uma caminhada.

“Eu acho justo sair. Sozinho, como fiz”, disse o secretário neste domingo, ao justificar sua caminhada no local (saiba mais).

O que se precisa entender, secretário, é que, na prática, há mais de 1 milhão de ludovicenses que têm o direito de ir à Litorânea fazer o que quiser. Ocorre que a esmagadora maioria está se privando disso em prol de um bem comum.

Você estava “sozinho” – ou quase, porque é possível ver pessoas num dos seus registros -, justamente porque muita gente está evitando o local para atender às recomendações do Governo e da Prefeitura.

Se todos os que se sentem no direito de caminhar ao ar livre o fizessem, certamente não haveria tanta “solidão” assim na orla.