Jerry vê ‘com naturalidade’ adesão do MDB ao governo

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano e um dos principais conselheiros políticos do governador Flávio Dino (PSB), comentou nesta quarta-feira, 2, a possibilidade de o MDB, da ex-governadora Roseana Sarney, compor a gestão atual nos próximos meses.

A informação sobre conversas neste sentido foi dada ontem pelo vice-governador, Carlos Brandão (reveja).

Ao Blog do Gilberto Léda, na Assembleia Legislativa, o comunista disse que vê “com naturalidade”.

“Não posso ser a favor da frente ampla nacional e ser contra no Maranhão”, disse, ao mencionar que o MDB também está incluído em debates com partidos de esquerda sobre a construção de uma frente anti-Bolsonaro.

Jerry acrescentou, ainda, que o intermediário das conversas com o governo Dino, no MDB, é o atual vice-presidente da sigla no Maranhão, deputado estadual Roberto Costa.

AL não será instrumento contra governo Brandão, diz Othelino

Imirante

O presidente da Assembleia, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), adotou um tom conciliador após o racha na base do governo Flávio Dino (PSB) em virtude da disputa eleitoral de 2022.

Na reabertura dos trabalhos legislativos, o parlamentar disse que, assim que assumir o governo, o atual vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), não terá na Casa um instrumento político contra sua gestão.

“Para mim, esta relação de harmonia e respeito é algo do qual não dá para abrir mão. Quando o doutor Carlos Brandão assumir o governo, ele pode ter certeza que a Assembleia jamais será instrumento político no sentido negativo da palavra, para retaliações políticas, para movimentos que atrapalhem o estado. Primeiro, o interesse do estado. Teremos um diálogo institucional respeitoso sempre”, disse.

Othelino apoia a pré-candidatura de Weverton Rocha (PDT) ao Governo do Maranhão.

MDB quer participar do governo, diz Brandão

O vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), declarou ontem (1º), em entrevista ao program Ponto Final, da Mirante AM, que o MDB pode desembarcar no governo em breve.

Segundo ele, a saída de pessoas indicadas por partidos que estão cm o senador Weverton Rocha (PDT) deve ocorrer justamente por isso, para que novos aliados possam chegar para compor com a gestão estadual.

“Nossos aliados cobram o espaço daqueles que estão contra o governo. Então, se você está contra o governo, vá para a oposição, e vamos abrir esses espaços para os aliados. Isso é natural. Tem muitos partidos que não têm nada no governo, e quer participar. E esses espaços são construídos com a saída desses atores, que querem disputar o seu projeto”, declarou.

Brandão assume o governo em abril.

STF vai decidir se federações partidárias burlam cláusula de desempenho

Agência Estado

Depois do recesso de final de ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na quarta-feira, 2, as sessões plenárias com um julgamento aguardado por dirigentes partidários para destravar negociações do tabuleiro eleitoral. Os ministros vão bater o martelo sobre a criação das federações partidárias, novidade instituída pela Lei dos Partidos Políticos, e sobre os prazos para a aglutinação das legendas interessadas em somar esforços já para a disputa de 2022.

As federações partidárias exigem dos partidos atuação única, como se fossem uma só sigla, por no mínimo quatro anos. O mecanismo interessa sobretudo a legendas menores, ameaçadas pela cláusula de desempenho, que condiciona o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV a um mínimo de votos nas eleições. Por terem abrangência nacional, – ao contrário das coligações, que têm alcance estadual e são desfeitas após as eleições –, as federações dependem de negociações mais robustas e da superação de divergências ideológicas e locais.

Além da dificuldade de alinhamento, a proximidade das eleições é outro fator que ameaça a formação das federações. Em princípio, o prazo para formalização termina em abril, conforme determinação do ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo no STF. Embora a lei autorize as aglutinações até a ‘data final do período de realização das convenções partidárias’, Barroso concluiu em decisão liminar que, por isonomia, as federações devem obedecer ao mesmo prazo de registro dos partidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que é de seis meses antes das eleições. A extensão do prazo, apenas para o pleito de 2022, foi solicitada pelo PT na semana passada.

“O que se pretende demonstrar é a dificuldade de as agremiações partidárias se adaptarem a tão curto período disponível para a sedimentação de todas as conversas necessárias à constituição de uma federação partidária. Não há dúvidas que, para os próximos pleitos, os prazos estipulados pela decisão na ação de controle de constitucionalidade, bem como a Resolução formulada por esse e. Tribunal são justos e bem coordenados junto ao cronograma eleitoral”, escreveu o partido.

Ao Estadão, a advogada e juíza do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão Anna Graziella Santana Neiva Costa diz acreditar que um dos pontos a serem enfrentados pelo STF no julgamento é o fato de uma lei ordinária (a que criou a federação) ter alterado um artigo da Constituição. Em sua avaliação, apenas uma emenda constitucional poderia ter instituído as federações. A diferença é que, enquanto as leis ordinárias exigem maioria simples para serem aprovadas no Congresso, as Proposta de Emenda à Constituição (PECs) demandam votação em dois turnos e quórum mais robusto, de três quintos dos dos deputados (308) e dos senadores (49).

“A Constituição Brasileira é a norma mais relevante do ordenamento jurídico brasileiro, e o seu artigo 17, dispõe claramente: “ é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos”. É possível constatar que a norma constitucional não prevê “federação”. Logo, por tratar-se de norma de estatura constitucional, eventual alteração em seu texto só poderia ser feito mediante projeto de emenda constitucional”, explica.

“Para exemplificar essa assertiva, parece válido destacar que foi por meio da emenda constitucional 52 que as coligações proporcionais e majoritárias foram inseridas na norma. Na mesma toada, foi a EC 97/17 que vetou as coligações partidárias nas eleições proporcionais”, acrescenta.

Sobre o mérito do julgamento, a especialista lembra que o Supremo Tribunal Federal vem mudando o entendimento sobre a redução no número de partidos registrados no País. Em 2006, os ministros chegaram a derrubar a cláusula de barreira, ao argumento de que a regera afrontava o direito das minorias e o princípio da igualdade de chances ou oportunidades, em um dos julgamentos mais controversos da Corte em matéria eleitoral.

“O pluripartidarismo e a liberdade partidária também foram amplamente citados”, rememora a especialista sobre a votação, que foi unânime.

Desde então, os ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes já defenderam publicamente o dispositivo, que foi restabelecido pelo Congresso via emenda constitucional em 2017.

“O tempo provou que a cláusula de barreira não é uma afronta ao pluripartidarismo e não invisibilizará os direitos das minorias”, defende a juíza eleitoral.

Esvaziamento

O tema das federações foi levado ao STF pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que questiona a constitucionalidade da mudança, sob o argumento de que a ela viola a autonomia dos partidos e os sistemas partidário e eleitoral proporcional.

Um dos principais pontos levantados pelo PTB é que a possibilidade de adesão às federações esvazia a cláusula de desempenho instituída pela Emenda Constitucional 97/2017, que projetava a redução gradual do número de partidos até que o sistema eleitoral chegasse a 2030 com uma média de oito legendas fortes. Na prática, ao se aglutinarem, partidos que sozinhos não seriam capazes de obter representação suficiente para reivindicar participação no fundo eleitoral continuarão a existir, o que pode abrir caminho para manutenção da fragmentação de partidos no País.

Na ação enviada aos ministros, o partido diz que as federações se traduzem em uma ‘tentativa do legislador ordinário de dar sobrevida aos partidos com baixo desempenho eleitoral’. “É preciso respeitar a decisão do constituinte derivado de dar cabo à hiperfragmentação partidária, que causa graves distorções ao nosso presidencialismo de coalização”, defende o PTB.

Para a advogada Ezikelly Barros, que representa o PTB na ação, a discussão deve se concentrar no caminho por meio do qual as federações foram aprovadas no Congresso.

“A pergunta principal que a Suprema Corte deverá responder, ao julgar a ADI n. 7021, será sobre a (im)possibilidade de uma lei ordinária modificar o sistema partidário estabelecido na Constituição, na medida em que essa federação criada pela Lei n. 14.208/2021 — enquanto alternativa às opções constitucionais: fusão e incorporação — modificará os aprimoramentos realizados pela EC n. 97/2017”, defende ao Estadão.

Desde o recebimento do processo no Supremo, outros cinco partidos se cadastraram para contribuir com a discussão – PCdoB, PV, Cidadania, PT e PSB. Todos defendem as federações como ‘instrumento democrático’. A avaliação é que o mecanismo faz frente ao que avaliam como restrições à participação eleitoral.

No STF, os ministros podem seguir três caminhos: declarar as federações inconstitucionais, o que extinguiria a possibilidade de aglutinação dos partidos; manter o instituto nos termos em que foi criado, encerrando a discussão judicial sobre o tema; ou, ainda, modular a decisão para que as federações seja admitidas nas eleições de 2022, em razão da proximidade do pleito, mas exigindo que o tema seja regulamentado pelo Congresso via Emenda Constitucional, sob pena de anulação da mudança no sistema de organização partidária.

Nagib explica rompimento com Weverton e apoio a Brandão

Tomar posição, por vezes difícil, faz parte da vida do político. Desde que ingressei na vida pública, venho buscando fazê-la de acordo com os interesses de minha base política.

A minha decisão de seguir a orientação do governador Flávio Dino e apoiar, a partir de agora, a pré-candidatura de Carlos Brandão ao Governo do Maranhão é, em primeiro lugar, o que acredito ser melhor para Codó, e um sinal de lealdade ao grupo que sempre me apoiou.

Quando fui prefeito de Codó, recebi inúmeras obras do governador Flávio Dino, transformei a vida de muita gente, e mesmo não sendo mais gestor municipal, Codó segue sendo beneficiada pelo governo e  precisa continuar recebendo atenção nas áreas da saúde, educação e geração de emprego e renda.

E não apenas Codó,  mas todo o estado precisa continuar avançando. É inegável que temos um Maranhão antes e depois da gestão de Flávio Dino.

Agradeço ao PDT por garantir a legenda pela qual me  tornei prefeito de Codó e, em comum acordo com Flávio Dino, me aceitar como diretor-geral do Detran-MA, ao qual me dedico ao máximo para levar serviços eficientes ao povo maranhense.

Sempre honrei a confiança depositada em mim pelo PDT. Em 2020 demonstrei gestos de humildade,  desapego e lealdade quando abri mão da minha candidatura à reeleição. Agora, me sinto comprometido a continuar acompanhando o  grupo político do governador Flávio Dino e do próximo governador Carlos Brandão, pela minha cidade e pelo Maranhão.

Francisco Nagib
Diretor-geral do Detran-MA e
Pré-candidato a deputado estadual

Iracema Vale lamenta decisão e se despede da militância do PT

A pré-candidata a deputada estadual Iracema Vale, ex-prefeita de Urbano Santos, teve sua filiação ao PT maranhense cancelada pela Direção Estadual do partido. A decisão foi tomada pelos dirigentes que têm outros candidatos a deputado estadual, e avaliam que o potencial de votos e capacidade de articulação política da ex-prefeita a colocariam como a mais votada da legenda.

Em carta à militância, Iracema se despediu dos filiados, lamentou a decisão e reclamou que sua defesa sequer foi analisada pelos dirigentes do partido.

Pelo jeito, o PT do Maranhão segue sua sina de não deixar que novas lideranças ganhem destaque e insiste numa guerra entre dirigentes e sua burocracia. O partido comandou o país e em vários estados teve protagonismo, fazendo governadores, senadores e bancadas expressivas, como nos estados vizinhos do Piauí e Pará, enquanto no Maranhão continua num processo de eterna estagnação política.

O destino partidário da ex-prefeita Iracema ainda não foi definido, mas na classe política as notícias são de convites dos mais diversos partidos. Aparentemente, no entanto, ela irá aguardar prazos da legislação eleitoral antes de tomar uma decisão.

Josimar de Maranhãozinho: ‘Fiquei muito feliz; o Palácio partiu em dois’

Do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), ao comentar, em conversa com o jornalista Marcelo Minardi, as confirmações das pré-candidaturas do vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), e do senador Weverton Rocha (PDT) à sucessão do socialista:

“Já esperava por isso, fiquei muito feliz. O Palácio [dos Leões] partiu em dois, agora eu vejo uma eleição mais favorável para a gente que estamos caminhando no caminho realmente da oposição ao Palácio dos Leões. E tenho certeza que nosso projeto está se concretizando a cada dia e nossa pré-candidatura é viável e nós vamos chegar lá”, disse.

RACHA! Rubens Jr. diz que o pai já entregou cargo na Assembleia

O deputado federal Rubens Júnior (PCdoB), comunicou hoje, 1º, nas redes sociais, que o pai, o ex-deputado Rubens Pereira, o “Rubão”, já entregou o cargo de diretor que ocupa na Assembleia Legislativa.

Os Rubens, pai e filho, apoiam a pré-candidatura de Carlos Brandão (PSDB), o presidente da Assembleia, Othelino Neto (PCdoB), está com o senador Weverton Rocha (PDT).

Rubens Júnior fez a revelação ao ser provocado pelo ex-prefeito de Barra do Corda, Eric Costa (PCdoB), no Twitter.

Numa postagem mais cedo, o deputado federal corroborou palavras de Brandão sobre a necessidade de quem não está no projeto do governo entregar cargos na gestão estadual (saiba mais).

“O governo @FlavioDino terá continuidade com @carlosbrandaoma. Quem discorda disso, deve deixar de participar do governo imediatamente. Entregar seus cargos. Não há imposição. O que não pode é ser casado e querer ter a vida de solteiro”, disse o parlamentar.

No que foi confrontado por Eric Costa. “Caro Deputado, o Rubão, que tem cargo na ALEMA, já viu essa sua postagem/recado?”, questionou.

“Não sei se ele viu. Mas sei q ele já colocou o cargo à disposição do presidente!!! Já entregou”, respondeu Rubens Júnior.