O deputado estadual Sousa Neto (PTN) anunciou ontem que, se o Governo do Estado não o fizer, ele mesmo apresentará Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual para que o Maranhão adote como piso salarial dos policiais militares o valor atualmente pago pelo Governo do Distrito Federal.
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) federal com o fim de tornar esse o piso nacional – a PEC 300 – tramita na Câmara dos Deputados desde 2008. Mas a matéria enfrenta resistências em Brasília.
Em seu discurso, o parlamentar cobrou um posicionamento do governador Flávio Dino (PCdoB) lembrando que ele defendeu da PEC em Brasília em dois momentos: quando ainda era deputado federal e quando recebeu líderes da categoria, no ano passado, quando ainda era presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).
Na segunda ocasião, prometeu, se eleito fosse, “construir” na Assembleia uma saída estadual à PEC 300.
“Primeiro, a gente precisa ganhar, claro. Em a gente ganhando, se até lá vocês não acharem uma saída nacional, a gente constrói uma lá na Assembleia, nada impede”, declarou, então, o atual governador.
Insatisfação – Segundo Sousa Neto, os militares do Maranhão começarão a cobrar a tal “saída estadual” para a PEC 300, principalmente porque, agora, após uma série de promoções efetivadas pelo Executivo, há um clima de insatisfação na corporação.
“Muitos que não foram e tinham a certeza que iam ser promovidos agora estão aí com uma decepção muito grande. Só quero dizer que a Polícia está insatisfeita. Converso com todas as pessoas relacionadas a esse tema da Polícia Militar”, declarou.
Ele garantiu que já tem uma PEC pronta, instituindo no Maranhão o mesmo piso salarial da capital federal – atualmente, segundo o deputado, em R$ 4.700,00.
“O governador deve mandar essa PEC 300 estadual para cá, porque foi um compromisso de campanha. E reafirmo: caso ele não mande essa Proposta de Emenda à Constituição do Estado do Maranhão, amanhã eu entro com essa proposta, que já está pronta, porque eu sei que ele não atende as reivindicações da Polícia Militar”, completou.
(Com informações de O Estado)