Graça Paz costura acordo para garantir vaga na Mesa Diretora

Deputada quer entrar na cota da oposição

A deputada estadual Graça Paz (PDT) costura entre os aliados uma vaga na Mesa Diretora que comandará a Assembléia Legislativa a partir de fevereiro do ano que vem.

Desde que se iniciaram as discussões sobre a sucessão, ela tem se articulado entre os colegas para que seja indicada na chapa que vai comandar o Legislativo.

Apesar de, inicialmente, ter concentrado os pedidos de votos às deputadas da Casa – já conversou com Gardeninha (PSDB) e Cleide Coutinho (PSB) –, Paz garante que não pretende ser indicada por cota das mulheres.

“Eu sou totalmente contra as cotas, porque acho que elas são, por si só, discriminatórias. Se for indicada, quero que seja pela cota da oposição”, afirmou a deputada, que votou a favor de uma proposição da deputada Helena Heluy (PT) para garantir que um terço da Mesa Diretor da Casa seja composto por mulheres. “Votei a favor mais por uma questão de elegância com a colega”, disse.

Captação

Além dos votos das colegas deputadas, em seu trabalho de captação de votos Graça Paz diz que já tem assegurados os votos do presidente Marcelo Tavares (PSB) e de César Pires (DEM), com quem conversou pessoalmente nesta quarta-feira (17).

O trabalho de articulação tem sido feito. Resta saber se a situação vai cumprir o acordo de manter a proporcionalidade nos cargos da Mesa Diretora.

Por esse acordo de cavalheiros – respeitado pela atual direção da Casa, diga-se de passagem – os governistas devem garantir à oposição uma cota de cargos mesmo na chapa da situação.

Deputados fogem do plenário para não votar reajuste a servidores do MP

Onde estão os deputados? Ninguém sabe, ninguém viu.

Mais da metade dos parlamentares que estavam presentes no plenário da Assembléia Legislativa desapareceu assim que iria começar a votação do projeto de lei 206/2010, que garante a revisão geral anual da remuneração dos servidores do quadro de apoio técnico-administrativo do Ministério Público do Maranhão.

Quem ficou no plenário se viu pressionado a pedir que os parlamentares voltassem. Chegou-se a cogitar até que os seguranças da Casa fossem aos gabinetes “resgatar” os “fugitivos”. Os servidores acompanhavam tudo da galeria.

Com as voltas de Stênio Rezende (PMDB) e de Rubens Pereira Júnior (PC do B), houve quórum, pelo menos, para que a Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final votasse o relatório. Que foi aprovado.

A sessão chegou a ser suspensa por quinze minutos, quando então retornaram Victor Mendes (PV), João Batista (PP) e Camilo Figueiredo (PDT).

Com quórum, o projeto foi aprovado, garantindo reajuste de 4% aos servidores, retroativo a janeiro deste ano. O Natal está garantido.

Deputados novatos desencadeiam crise de ciúmes na “ala experiente” da AL

O clima anda cada vez mais quente na Assembléia Legislativa. As movimentações do grupo de 10 novos deputados – que pretendem a todo custo ter voz nas decisões sobre a Presidência da Casa – gerou um ciumeira desenfreada na “ala experiente”.

Formado, em tese, por cinco deputados que em 2011 terão mais de três mandatos consecutivos – Arnaldo Melo (PMDB), Hélio Soares (PP), Rigo Teles (PV), Camilo Figueiredo (PDT) e Stênio Rezende (PMDB) – o grupo já ameaça tomar medidas retaliatórias contra os novatos.

Entre essas medidas, estaria aprovar uma emenda ao Regimento Interno da Casa, permitindo a reeleição e, automaticamente, possibilitando a ampliação para quatro anos do mandato do presidente eleito para o próximo biênio.

Seria uma forma de impedi-los (os novatos) de alçar vôos mais altos com vistas ao comando do Legislativo no segundo biênio.

De acordo com um deputado ouvido pelo blog, a emenda já estaria pronta. “Já está prontinha. Se eles se assanharem muito, nós aprovamos essa emenda e acabamos com isso”, afirmou.

Movimentações

Segundo esse mesmo parlamentar, as movimentações dos “noviços rebeldes” são audaciosas. Nos bastidores, eles já teriam convidado o deputado Hélio Soares para responder como líder do que pode vir a ser um bloco isolado na próxima legislatura.

“Ele [o deputado Hélio Soares] não aceitou. Mas foi muito assediado pelos novatos”, completou.

A coisa anda tão feia que, ainda nesta terça-feira (16), a “ala experiente” terá uma reunião definitiva para tratar do assunto. Estarão presentes os cinco parlamentares. Ao que tudo indica, vai sobrar para os “calouros”.

Acusações de Stênio contra Chico Coelho têm motivação pessoal

Stênio caiu em "conto do vigário" de Chico Coelho

Foi meramente pessoal o motivo que levou o deputado estadual Stênio Rezende (PMDB) a denunciar o prefeito de Balsas, Chico Coelho, no início desta semana. Segundo o peemedebista, a Prefeitura teria recebido R$ 30 milhões através de convênios com o Governo do Estado e as obras não teriam sido feitas.

Mentira!

Se o deputado apresentar cópias dos convênios, publico no blog.

Não estou defendendo o prefeito Chico Coelho – que, diga-se de passagem, deve ser reavaliado pela governadora Roseana Sarney (PMDB), após o pífio desempenho nas eleições deste ano –, mas a verdade é que, com as denúncias, Stênio apenas cobra a fatura de um acerto que foi feito com o prefeito ainda antes das eleições.

Pelo acordo, Chico Coelho deixaria a Prefeitura de Balsas para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Sendo assim, assumiria a vice-prefeita, que vem a ser nada mais nada menos que a tia da esposa do deputado – a vice é irmã do ex-deputado estadual Chico Martins.

Ou seja, quando denuncia o prefeito Chico Coelho, Stênio está, de fato, defendo interesses próprios, que foram contrariados quando do não cumprimento de acordo previamente firmado com Chico Coelho.

Agora, convenhamos: é muita ingenuidade do deputado fazer um acordo “de boca” justo com Chico Coelho. É pedir para ser enrolado.

Deputados reclamam pagamento de verbas indenizatórias; Marcelo Tavares nega crise

Pressionado, presidente Marcelo Tavares explica situação a depuatdos

Dois dias viajando e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB), encontrou na volta uma crise instalada na Casa. Parlamentares reclamam o não pagamento de valores referentes à verba indenizatória de gabinete. Falou-se até em conspiração contra a Presidência.

Na sessão desta terça-feira (9), o deputado Chico Leitoa (PDT) subiu à tribuna para tratar publicamente do assunto e externou o que muitos deputados comentam apenas nos bastidores.

“Eu fico, no mínimo, curioso – não sei se é porque os outros deputados são mais ricos do que eu, ou são ricos e eu não sou –, porque quem desenvolve uma atividade tem que receber o seu recurso e esse problema é esquisito e eu não tô vendo reclamação”, disparou.

Já antes de a sessão começar, circulou a informação de que os demais componentes da Mesa Diretora fariam uma reunião para tratar do assunto. Marcelo não participaria desse encontro. Seria uma forma de pressioná-lo a resolver o problema. Alguns mais radicais admitiam a possibilidade de forçar a renúncia do presidente.

Para tentar amenizar a pressão, alguns aliados do presidente chegaram a disseminar o boato de que o não pagamento das verbas era culpa do Governo do Estado, que não teria repassado recursos devidos ao Legislativo. Pura retórica.

“Não há crise”

O próprio Marcelo Tavares tratou de dirimir as dúvidas sobre o assunto. Segundo ele, não há responsabilidade do Estado no caso. O deputado também negou que haja crise.

“Não há crise nenhuma. A bem da verdade, não há, sequer, atraso no pagamento das verbas indenizatórias, que podem levar até três meses para serem reembolsadas”, afirmou.

Tavares admitiu que realmente tem encontrado problemas para honrar os compromissos com os deputados, mas garantiu que não é por falta de repasses do estado.

“Na verdade, nós tivemos que arcar com ônus do Plano de Cargos e Salários, e isso gerou um custo adicional. Além disso, o grande número de suplentes que assumiram mandatos nos últimos dois anos também onerou a Casa”, disse.

Ele adiantou que já manteve contatos com o Governo e que, se necessário, solicitará suplementação orçamentário. “Mas isso apenas em último caso. Talvez não seja nem necessário”, concluiu.

Sobre o suposto complô contra a sua administração, Marcelo Tavares se disse tranqüilo. “Podem fazer reunião à minha revelia à vontade. Só que eu não vou renunciar”.