“É tremendamente estranho”, diz Roberto Freire sobre possível saída de Othelino e Simplício do PPS

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, declarou hoje (6) achar estranhas as ações protocoladas pelo deputado federal Simplício Araújo e pelo estadual Othelino Neto, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, pedindo a declaração de justa causa para que eles deixem a legenda.

Segundo Freire, a Executiva Nacional vai mostrar à Justiça Eleitoral que “não há motivo” para a saída dos dois e que eles agem por impulso próprio.

“É tremendamente estranho. O PPS vai contestar. Não existe motivo para isso e vamos mostrar à Justiça”, afirmou, por telefone, ao titular do blog.

A decisão de Othelino e Simplício foi tomada depois que a Executiva Nacional do partido resolveu destituir Simplício da presidência – considerando inválida uma reunião estadual que ele e Othelino organizaram juntos – e recolocar no comando a deputada estadual Eliziane Gama, que havia assumido depois da renúncia de Paulo Matos.

“Eles nos deram todos os motivos para deixar o partido com essa intervenção”, disse ao blog o deputado estadual.

Se a Justiça conceder o pedido dos dois parlamentares, eles pode sair do PPS sem problemas. Se não, são obrigados a ficar, ou perdem os mandatos.

Max Barros é eleito 1º vice-presidente por unanimidade

O deputado Max Barros (PMDB) foi eleito, nesta quarta-feira (06), 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, na vaga aberta em razão da decisão do secretário de Saúde do Estado e deputado licenciado, Ricardo Murad (PMDB), de permanecer no Executivo.

Barros foi eleito por unanimidade, com votos de todos os blocos e partidos. Dos 42 deputados, apenas três estavam ausentes, segundo informou o presidente Arnaldo Melo: a deputada Vianey Bringel, por problemas de saúde; Gardênia Castelo (PSDB), por ter vôo marcado; e Edson Araújo (PSL), porque tinha audiência no Ministério da Agricultura.

Terminada a votação, que foi nominal, Max Barros discursou da tribuna para agradecer a deferência dos colegas e destacou que a eleição foi suprapartidária. O parlamentar lembrou que participou do movimento estudantil, movimento sindical e que estava há dois anos à frente da Secretaria de Infraestrutura do Estado e retornou para ajudar a nova Mesa Diretora.

Apoio

Max Barros agradeceu aos colegas e garantiu que a eleição suprapartidária foi o momento mais emocionante na sua carreira política. Agradeceu também à governadora Roseana Sarney (PMDB), por haver lhe confiado  o comando da Sinfra, que disse ter exercido com lealdade e autonomia.

“Sinto-me profundamente honrado de ser eleito por todos. É motivo de muito orgulho e honra e tem um valor imensurável”, afirmou. Disse ainda que os deputados representam as vozes das populações mais distantes e carentes.

O presidente Arnaldo Melo fez uma saudação ao novo integrante da Mesa Diretora, em nome dos demais parlamentares, e garantiu que, com história de vida e profissional que Max Barros tem, os colegas de plenário não poderiam recebê-lo de outra forma, calor e apoio de todos representado na expressiva votação que recebeu.

Balanço

O ex-secretário aproveitou a oportunidade para fazer um pequeno balanço do que realizou à frente da Sinfra e prometeu apresentar um relatório maior, em outro momento. Max Barros contou, por exemplo, que o governo do Estado asfaltou as estradas de acesso a 17 municípios que viviam isolados, a exemplo de Porto Rico, Água Doce, São Roberto e Tufilândia, correspondendo a  cerca de 800 quilômetros.

Falou ainda de várias outras MA’s que foram recuperadas e a reconstrução do Castelão; o primeiro trecho da Via Expressa, o Espigão Costeiro em São Luís e afirmou que sem a participação do Legislativo, que aprovou os recursos, as obras não teriam sido realizadas.

Lembrou que o empréstimo de um R$ 1 bilhão aprovado pelos deputados vai retirar do isolamento com asfaltamento 11 municípios, a exemplo de Brejo de Areia e São Raimundo do Doca do Bezerra; e que deixou em andamento a parte dois da Via Expressa e recursos do PAC II para duplicar do Alfa Ville até o Araçagy.

(As informações são da Agência AL)

Simplício e Othelino com os pés fora do PPS

Othelino e Simplício: com os pés fora

O deputado federal Simplício Araújo e o estadual Othelino Neto deram entrada, semana passada, em ação na Justiça Eleitoral pedindo a decretação de justa causa para que eles deixem o PPS.

A decisão foi tomada depois que a Executiva Nacional do partido resolveu destituir Simplício da presidência – considerando inválida uma reunião estadual que ele e Othelino organizaram juntos – e recolocar no comando a deputada estadual Eliziane Gama, que havia assumido depois da renúncia de Paulo Matos.

“Eles nos deram todos os motivos para deixar o partido com essa intervenção”, disse ao blog o deputado estadual.

Se a Justiça conceder o pedido dos dois parlamentares, eles pode sair do PPS sem problemas. Se não, são obrigados a ficar, ou perdem os mandatos. Em qualquer das situações, é bem capaz que a direção da legenda e a própria Eliziane – ela também sem interesse algum de ficar na sigla – dificultem a saída.

Lideranças avalizam eleição de Max Barros

Max Barros trabalha pelo consenso

O deputado estadual Max Barros (PMDB) não deve enfrentar dificuldades para eleger-se hoje (6) 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa – a eleição ocorre às 11h30.

Além dos dez votos do Bloco Parlamentar pelo Maranhão – o maior da Casa e do qual ele faz parte -, o peemedebista já garantiu o apoio dos quatro deputados dos PV, dos seis do PSD e da maioria do Bloquinho, do Bloco Democrático, da Oposição e do bloco PSDB/PDT.

Apesar de trabalhar pelo consenso, Max prefere não tratar a eleição como certa. “Eleição é eleição. Nós temos nos esforçados para convencer os colegas a optar pelo consenso, mas estou preparado para a disputa”, declarou.

Mas o posicionamento das lideranças reforça a tese de que a escolha do vice-presidente deve se dar mesmo por unanimidade. E o discurso é o da manutenção do equilíbrio de forças partidárias no comando da Assembleia. “É provável que votemos no Max Barros, em respeito à proporcionalidade dos membros da mesa, já que esta vaga pertence ao Blocão e a oposição já indicou seu membro, e aos compromissos em relação às composições e presidências das comissões”, disse o líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), deputado estadual Rubens Júnior.

Outro membro da oposição, o 3º vice-presidente da Casa, Marcelo Tavares (PSB), já externou voto no peemedebista. “Eu votarei em Max, com certeza”, comentou.

O princípio da manutenção da proporcionalidade – a composição da Mesa acabou se tornando uma espécie de “espelho” do plenário – também foi invocado por Alexandre Almeida. “Essa vaga era de Ricardo Murad, que é do Blocão e do PMDB. Nada mais justo do que ela ficar com um parlamentar que, além de sério, correto e que muito acrescenta à mesa, integra o Blocão e o mesmo PMDB”, afirmou Alexandre Almeida (PSD). O posicionamento dele é confirmado pelo líder da bancada, deputado Raimundo Cutrim. “Estamos 100% com Max”, completou.

IMAGEM DO DIA: líder prestigiado

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual César Pires (DEM), reuniu hoje (5) as lideranças de quatro blocos ou bancadas da Assembleia Legislativa – mais o deputado Roberto Costa (PMDB), que deve liderar o Blocão – para um almoço na qual ficou claro: o democrata está cada vez mais prestigiado no Palácio dos Leões e entre os colegas.

“Não existe crise”, diz Roseana sobre “racha” de blocos na AL

(Foto: Biné Morais /O Estado)

A governadora Roseana Sarney (PMDB) rechaçou hoje (5) que esteja havendo crise na base aliada ao Governo do Estado na Assembléia Legislativa devido ao desmembramento dos blocos governistas na Casa.

Segundo ela, o Palácio dos Leões não vai interferir no caso. “Não, não. Com o governo, não [existe crise]. Eu acredito que é uma determinação deles, é interno. Então eu não me meto nessas questões internas da Assembléia”, disse.

O discurso da peemedebista corrobora o que já havia afirmado ontem o secretário-chefe da Casa Civil e da Infraestrutura, Luis Fernando Silva, durante a abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, dando conta de que não haverá qualquer envolvimento do Governo do Estado nos embates que membros da base aliada têm travado por espaços na AL.

Para o auxiliar da governadora, a divisão dos dois blocos governistas no Legislativo em três blocos e duas bancadas e as disputas por vagas nas principais comissões técnicas da Casa são prerrogativas dos parlamentares.

“A governadora já declarou que não vai se envolver nessa questão, pois é assunto interna corporis do Poder Legislativo. O que ela precisa e tem reiterado é do equilíbrio e da harmonia entre os Poderes, para que a população maranhense possa ser apoiada através das ações do governo, com o apoio dos deputados. Mas da questão da divisão dos Blocos ela não participará”, comentou o chefe da Casa Civil.

Luis Fernando acrescentou, ainda, que o Executivo não encara o “racha” dos blocos como uma crise. “O importante é que a base do governo está inteira. A oposição se manteve praticamente com o mesmo número, de modo que acredito que nós teremos uma dinâmica diária um pouco diferente, mas no contexto geral não haverá grande diferença”, declarou.

Leia denúncia da PGJ contra Raimundo Cutrim e Alberto Franco por formação de quadrilha

Procuradora Regina Rocha

O blog traz agora, como prometido ontem (29), cópia integral da denúncia feita pela procuradora-geral de Justiça do Maranhão, Regina Rocha, contra o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD), o secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Alberto Franco (PMDB) e outras seis pessoas por formação de quadrilha, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

Baixe aqui o documento.

Segundo a PGJ, as investigações comprovaram o envolvimento de todos os acusados. “Os quais, de forma consciente e ajustada, praticaram os crimes adiante expostos, envolvendo a compra e venda de terras da área registrada sob o nº 3060, como será demonstrado”, relata Regina Rocha.

No total, a denúncia feita ao Tribunal de Justiça tem vinte páginas, e foi embasada nas 62 do relatório de inquérito policial que apurou crimes de grilagem na Ilha de São Luís. O relator do processo na Justiça será o desembargador José Luiz Almeida.

Raimundo Cutrim e Alberto Franco foram indiciados depois que a Polícia Civil começou a apurar os crimes de grilagem de terras na Ilha de São Luís. As investigações começaram a partir do assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, no final de 2011.

Além dos dois, estão denunciados Sebastião Cardoso, Alcides Nunes, Pedro Chagas Silva, Vitório Pereira, Cinézio de Jesus, Eliene Neves e Mário Jorge Campos. Como o deputado Cutrim possui a prerrogativa de foro privilegiado, todos serão julgados pelo TJ.

O empresário Altevir Mendoça também foi investigado, mas sequer chegou a ser indiciado. “Sua conduta é atípica tendo em vista ser o único dos beneficiários da fraude que comprovadamente desconhecia os vícios do título”, diz a comissão de delegados sobre ele.

O TJ deve decidir, agora, se recebe, ou não a denúncia.

EXCLUSIVO! Veja relatório do inquérito que embasou denúncia contra Raimundo Cutrim

O blog divulga logo abaixo a íntegra do relatório de inquérito policial que serviu de base para a denúncia feita pela Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) ao Tribunal de Justiça contra o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) – como informado no sábado (26) – , em virtude do seu indiciamento por crimes de formação de quadrilha, uso de documento falso e falsidade ideológica.

Os possíveis crimes têm relação com o uso de procurações públicas com vícios de outorga e que culminaram com a lavratura de escrituras públicas de compra e venda que foram utilizadas como títulos para aberturas de matrículas de imóveis, localizados notadamente em Paço do Lumiar e São José de Ribamar, atribuindo a titularidade destes aos beneficiários da fraude.

Na denúncia figura, também, o secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Alberto Franco (PMDB). Ambos negam qualquer crime.

“Observou-se, desde o início das investigações, que surgiram como partícipes dos fatos crimes apurados os nomes de RAIMUNDO SOARES CUTRIM e CARLOS ALBERTO FRANCO DE ALMEIDA, Deputado Estadual e Secretário de Estado, respectivamente, funções estas que estão elencadas entre aquelas com prerrogativa de foro para serem processados e julgados perante o Tribunal de Justiça do Maranhão, conforme prevê o Art. 81, II da Constituição do Estado do Maranhão”, diz o documento.

A denúncia da PGJ acatou a íntegra do relatório de inquérito policial instaurado ainda no ano passado. O documento foi encaminhado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, e já distribuído ao desembargador José Luiz Almeida, segundo informa fonte do blog no TJ.

Raimundo Cutrim e Alberto Franco foram indiciados depois que a Polícia Civil começou a apurar os crimes de grilagem de terras na Ilha de São Luís. As investigações começaram a partir do assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, no final de 2011.

Além dos dois, estão denunciados Sebastião Cardoso, Alcides Nunes, Pedro Chagas Silva, Vitório Pereira, Cinézio de Jesus, Eliene Neves e Mário Jorge Campos. Como o deputado Cutrim possui a prerrogativa de foro privilegiado, todos serão julgado pelo TJ.

O empresário Altevir Mendoça também foi investigado, mas sequer chegou a ser indiciado. “Sua conduta é atípica tendo em vista ser o único dos beneficiários da fraude que comprovadamente desconhecia os vícios do título”, diz a comissão de delegados sobre ele.

O titular do blog trabalha para conseguir, ainda nesta terça-feira (29), cópia integral da denúncia da PGJ ao TJ.

Por enquanto, baixe aqui a íntegra do relatório de inquérito.

EXCLUSIVO! PGJ denuncia Raimundo Cutrim por formação de quadrilha e outros crimes

Já está no Tribunal de Justiça do Maranhão, desde ontem (25), denúncia formulada pela procuradora-geral de Justiça do Estado, Regina Rocha, contra o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD), por formação de quadrilha, uso de documento falso e falsidade ideológica.

A denúncia da PGJ acatou termos do relatório de inquérito policial instaurado ainda ano passado. O documento foi encaminhado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, para ser distribuído.

Raimundo Cutrim foi um dos indiciados depois que a Polícia Civil começou a apurar os crimes de grilagem de terras na Ilha de São Luís. As investigações começaram a partir do assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, no final de 2011.

Em agosto do ano passado, o delegado Carlos Alberto Damasceno, chefe da comissão que investiga os crimes, já antecipava ao titular do blog que o deputado poderia  ter cometido o crime de falsidade ideológica.

“Todos os que foram ouvidos estão indiciados. Há indícios de crime de falsidade ideológica e o inquérito deverá apontar isso”, declarou à época.

Outro lado

O blog tentou contato com o deputado na sexta-feira (25) à noite e no sábado (26) pela manhã. Sem sucesso.

Em discurso na Assembleia, à época do indiciamento (reveja), ele negou qualquer envolvimento com o caso e disparou: “Eu vou buscar meus direitos aonde quer que seja, e eu sei de muita coisa, eu sei de muita coisa. E eu vou começar a falar por capítulos. Nesta semana farei outro pronunciamento, talvez dois ou três nesta semana. E vou começar a falar, começar a falar e vou esperar alguém vir. Se alguém se sentir ofendido depois, que venha resolver pessoalmente, porque eu não tenho medo de cara feia”, disse.

PV oficializa criação de novo bloco; ainda há resistência

Os quatro deputados estaduais do Partido Verde (PV) – Edilázio Júnior, Rigo Teles, Hemetério Weba e Magno Bacelar – oficializaram, ontem (21), a criação de um novo bloco na Assembleia Legislativa.

Depois de uma reunião à tarde, eles assinaram documento que confirma a saída do do Bloco Parlamentar pelo Maranhão, o Blocão, que ficará composto com o PMDB, PTdoB, DEM, PTB e PSD. O Partido Verde deixa o bloco em busca de novos espaços dentro da Assembleia Legislativa, segundo justificou o deputado Edilázio Júnior.

De acordo com o deputado, o PV tem a segunda maior bancada entre os partidos no Legislativo Estadual com cinco parlamentares eleitos perdendo apenas para o PMDB que conseguiu eleger seis. “Estamos apenas buscando espaço para o nosso partido que tem a segunda maior bancada”, disse o deputado.

Além disso, formando um bloco próprio, o PV contará, a partir de 1º de fevereiro, com mais quatro cargos de livre indicação. Mas isso, garantem os parlamentares, não tem nada a ver com o movimento.

Resistência

Apesar de criação bloco ser dada como certa pelos deputados verdes, ainda há quem, no Blocão, alimente a esperança de fazê-los desistir da ideia.

Vale aguardar.