Soldados do Exército são acusados de estuprar menores em Buriticupu

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(Fotos: Blog do Maicon Sousa)

Moradores da cidade de Buriticupu interditaram na manhã de hoje (21) um trecho da BR-222 em protesto contra estupros supostamente praticados por soldados do Exército que estão a serviço na cidade.

São cerca de 700 homens hospedados no Ifma de Buriticupu. Eles foram reforçar uma operação de combate à instalação de serralherias clandestinas. Mas alguns deles têm tocado o terror.

protesto2“Depois que esses homens chegaram aqui, a cidade não teve mais paz. Eles estupram crianças, fazem orgias com menores, no Ifma cerca de 200 mulheres ficam entrando e saindo só fazendo sexo com eles”, afirmou o advogado André Vasconcelos ao blog do Maicon Souza, da Região Tocantina, hoje pela manhã, durante a manifestação.

Entre as faixar exibidas no protesto, uma dizia “Dilma: venha ver o exército estuprando nossas crianças”. Em um dos casos já confirmados, um soldado foi flagrado em vídeo estuprando uma adolescente de 14 anos, dentro de uma das serralherias investigadas. Ao perceber que a ação era filmada, o soldado saiu correndo. Outros colegas de farda se assustaram e saíram do local, também com crianças.

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Fontes do blog na cidade informam que um assessor do juiz Ailton Gutemberg, da Comarca de Buriticupu, presenciou o fato e chegou a socorrer a menor. O promotor Guastvo Bueno, titular da Promotoria local, já está de posse do vídeo e investiga o caso. Uma audiência está marcada para a tarde de hoje para tratar do assunto.

Fracassa o #ForaRoseanaSarney

manifestaçãoUm verdadeiro fracasso de público o movimento intitulado #ForaRoseanaSarney, realizado ontem (16) para pedir pressa no julgamento do processo de cassação da governadora do Maranhão.

A expectativa dos organizadores – que contavam com o auxílio da oposição para arregimentar “manifestantes” – era reunir pelo menos cinco mil pessoas em frente à Biblioteca Benedito Leite e depois marchar para a porta do Palácio dos Leões.

foraNão conseguiram nem 100.

Em grande parte a desmobilização ocorreu depois de o deputado Roberto Costa (PMDB) haver denunciado na Assembleia Legislativa, na quarta-feira (14), que o movimento seria aparelhado pelo PCdoB, “com recursos da Prefeitura de São Luís”, inclusive.

Segundo o peemedebista, ônibus seriam contratados para trazer gente do interior para a capital e até a alimentação dos militantes seria bancada pela organização.

“Nós sabemos os nomes dos empresários que foram procurados para conseguir os ônibus. Nós sabemos quem foram as pessoas que eles contrataram, inclusive com pagamento de almoço, que está sendo feita uma estrutura, trazendo gente do interior com as passagens pagas”, denunciou o deputado.

Com o plano revelado, o jeito foi o pessoal da oposição recuar. E, sem a retaguarda dos organizadores, o resultado foi esse aí que se vê na foto acima.

Márcio Jerry e a ocupação da Câmara Municipal

Há alguns fatos a esclarecer sobre o presidente municipal do PCdoB de São Luís e secretário de Comunicação da capital, Marcio Jerry, e sua suposta participação no ato de ocupação da Câmara Municipal, ocorrido no final do mês de julho.

ocupaçãoNão parece correto afirmar, pelo menos à luz dos dados que se tem à mão, que o comunista tenha estimulado a invasão. Mas também não convence a tese do secretário de que não teve “conhecimento prévio” da ação, como disse ele em nota oficial.

“Venho respeitosamente […] reafirmar que jamais, em momento algum, estimulei, coordenei ou tomei conhecimento prévio da ocupação do prédio da Câmara Municipal de São Luís, como especulado por alguns”, explica o comunicado.

Ocorre que, se não há provas de que Jerry tenha ajudado os manifestantes, há pelo menos um indício de que ele sabia, sim, da ocupação. E isso dito por um dos líderes da manifestação, Diego Brasil, em entrevista gravada concedida ao jornalista Mário Carvalho, da Rádio Mirante AM.

No áudio acima, ele é claro ao informar que, um dia antes da ocupação – que ocorreu no dia 23 de julho, uma terça-feira – entrou em contato com o secretário para tratar do assunto e diz até que Jerry pediu para que o manifestantes não fizessem o que fizeram.

Portanto, o comunista pode até defender-se alegando não haver patrocinado a ação. Mas jamais poderia ter dito não saber dela antes do ocorrido.

Manifestantes entram em confronto com seguranças da Câmara de São Luís

camara11h – Uma parte dos manifestantes que ocuparam a Câmara Municipal de São Luís por quase uma semana no final do mês passado entrou em confronto hoje (7) com os seguranças da Casa.

Portando sprays de pimenta, eles partiram pra cima dos funcionários, tentando forçar a entrada no prédio. A Guarda Municipal foi acionada para dar apoio.

A confusão começou porque o grupo queria que os 50 manifestantes que estavam no local entrassem para a audiência marcada para esta quarta-feira – a reunião foi marcada após acordo para desocupação da sede do Legislativo Municipal (reveja).

Pelo acerto, contudo, apenas 20 manifestantes acompanhariam a sessão de hoje dentro do prédio da Câmara – três deles na Mesa Diretora e, ainda, sete em plenário. Os dez restantes ocupariam a galeria.

Mas os manifestantes não quiseram respeitar e houve confronto. Para o presidente da Casa, vereador Isaías Pereirinha (PSL), a ação foi premeditada.

“Eles já vieram com spray de pimenta. Por quê? Porque estavam premeditados para esse confronto”, declarou.

Por enquanto, está suspensa a audiência que trataria das reivindicações dos manifestantes, que só será retomada se eles decidirem cumprir o que foi acordado na semana passada.

camaraConversa

Após uma conversa dos líderes dos manifestantes com membros da Mesa Diretora, a situação foi contornada e por volta das 11h30 iniciou-se a sessão especial com a participação de membros do movimento (veja na imagem ao lado)

Justiça Federal decide impedir nova interdição da Ferrovia Carajás

ferrovia_carajas (1)O juiz federal Jorge Ferraz de Oliveira Junior deferiu esta semana liminar protocolada pela Vale e concedeu à empresa a salvaguarda da Estrada de Ferro Carajás contra novas invasões.

No último sábado (27), a ferrovia foi interditada por 600 manifestantes no trecho do município de Monção. O protesto se iniciou após a realização de mais uma audiência pública do Consórcio dos Municípios da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão (COMEFC). Comunidades atingidas pela ferrovia reivindicam pagamento de compensações sociais e ambientais por parte da Vale (reveja).

Na decisão liminar, o magistrado proíbe os manifestantes de ficarem a menos de 30 metros da via nos próximos protestos. A desobediência a essa determinação ocasionará multas que variam de R$ 5 mil a R$ 100 mil, a serem pagas pelo Consórcio..

liminar“Por mais que sejam legítimas as reivindicações do COMEFC – Consórcio dos Municípios da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão, a ocupação da ferrovia é ato ilegal”, despachou o juiz. O COMEFC já foi notificado da decisão.

Baixe aqui a íntegra da decisão.

Manifestantes desocupam Câmara de São Luís após acordo

Juiz diz que ocupação foi feita pelo “legítimo patrão dos políticos”

Os manifestantes que ocupavam a sede da Câmara Municipal de São Luís desde a terça-feira da semana passada (23) deixaram hoje (29) as dependências do prédio.

descoupaçãoO acordo que garantiu a saída dos ocupantes garante a realização de uma sessão especial na Casa, a ser realizada na quinta-feira da semana que vem, dia 7 de agosto, quando serão debatidas as principais reivindicações do movimento.

Decisão judicial

A desocupação torna sem efeito, portanto, decisão judicial prolatada na tarde de hoje pelo juiz Carlo Veloso, da 2ª Vara da Fazenda Pública. Ele havia designado uma inspeção na sede do Legislativo Municipal a ser realizada amanhã (30), às 11h, para embasar a seu despacho sobre o pedido de reintegração de posse protocolado pela Procuradoria Legislativa no fim da semana passada. Veloso ainda havia determinado a realização de uma audiência de conciliação, para o mesmo dia, às 15h30.

“Antes de manifestação sobre a liminar requerida, reputo de suma importância a realização de inspeção judicial no âmbito da Câmara Municipal de São Luis, de modo a se ter a certeza de que o patrimônio público não sofreu agressão e nesta situação se manterá”, decidiu.

Como houve a desocupação consensual, não haverá mais inspeção, tampouco audiência de conciliação.

Apesar disso, há que se destacar a lição que o magistrado deu nos vereadores ao despachar o caso, citando que o movimento era legítimo porque perpetrado pelos “patrões dos políticos”.

“Parece-me que o caso é de ocupação. E o movimento é político, de pressão social do legítimo patrão dos políticos: a população e a sociedade, as quais, por força da Constituição Federal, têm legítimos direitos de manifestação e exigência de compromisso social, de ética, moralidade e probidade, de respeito e eficiência, de publicidade e prestação de contas, dentre outros, o que, infelizmente, a população não está conseguindo vislumbrar na classe política, isso tudo sem negar-lhe a importância para o estado democrático de direito”, relatou.

Ferrovia Carajás é interditada em Monção

ferrovia_carajas (1)A Estrada de Ferro Carajás foi interditada na manhã deste sábado (27) por 600 manifestantes no trecho do município de Monção. O protesto se iniciou após a realização de mais uma audiência pública do Consórcio dos Municípios da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão (COMEFC). Comunidades atingidas pela ferrovia reivindicam pagamento de compensações sociais e ambientais por parte da VALE.

Além da participação de comunidades do município de Monção, estão participando as comunidades de São Benedito e Vila Diamante, do município de Igarapé do Meio.

Mais de cinco prefeitos consorciados ao COMEFC estão apoiando a iniciativa e estão juntos dos manifestantes.

De acordo com informações, a paralisação é de advertência e terá duração de 4 horas. Um trem de passageiros, além do trem de carga encontram-se parados no trecho da interdição.

Representantes da VALE ainda não se pronunciaram sobre a manifestação. O COMEFC segue com sua agenda de audiências públicas nos municípios que integram o consórcio.

(Com informações do COMEFC)

Câmara de SLZ pede à Justiça reintegração de posse

reintegraçãoA Procuradoria da Câmara Municipal de São Luís deu entrada na Justiça, no final da tarde de hoje (26), em pedido de reintegração de posse do prédio do Legislativo da capital, tomado desde a terça-feira (23) por representantes da Vila  Apaco, lideranças estudantis e membros de movimentos organizados da sociedade civil.

A ação foi proposta depois do fracasso das negociações para a desocupação da sede da Casa. Os vereadores sugeriram que os manifestantes deixassem o prédio com a garantia de que uma sessão extraordinária seria realizada na segunda-feira (29), com a participação de membros dos protestantes na mesa dos trabalhos.

Eles não aceitaram.

Sendo assim, a Câmara Municipal decidiu encerrar as tratativas e partir para a disputa judicial.

O caso será analisado pelo juiz Carlo Veloso, da 2ª Vara da Fazenda Pública.