“Eu não aguento mais! O povo vai morrer”, desabafa Fred Maia, em encontro com Carlos Brandão, em Brasília
O prefeito de Trizidela do Vale, Fred Maia, comentou no fim da semana passada – em reunião de gestores com o vice-governador do Marahão, Carlos Brandão (PSDB), em Brasília – uma situação que tem ocorrido em praticamente todo o estado, mas que o governo Flávio Dino (PCdoB) insiste em escamotear.
Segundo ele, o seu município tem sido sobrecarregado com pacientes de Bernardo do Mearim, porque a cidade vizinha tem um hospital pronto, com equipamentos novos, mas está fechado porque o governo parou de repassar à Prefeitura uma ajuda mensal de R$ 100 mil que era enviada no governo Rosena Sarney.
“Nós não temos culpa se o secretário de Saúde fez hospital de 20 leitos, de 100 leitos, de 500 leitos, e aí não tem quem bote aquele hospital para funcionar. Eu acho que o que não pode acontecer é o que está acontecendo. Por exemplo: eu estou na UTI e meu oxigênio está acabando, porque em Bernardo do Mearim tem um hospital que está fechado porque não tem mais ajuda do governo, que era uma ajuda de R$ 100 mil, para poder a prefeita trabalhar. Resultado: tá fechado, é 15 quilômetros [de distância de Trizidela], e tá todo mundo em Trizidela do Vale, eu recebendo R$ 49 mil de AIH. Eu não aguento mais! O povo vai morrer”, desabafou (veja no vídeo acima, retirado do Blog do Carlinhos).
Durante a sua fala, Fred Maia citou um caso curioso. Ele lembrou que o marido da prefeita Eudina Costa, conhecido como Totoca, foi um dos atendidos recentemente em Trizidela do Vale por conta do fechamento do hospital de Bernando do Mearim.
“Tá lá o registro, o primeiro-damo, o Totoca [marido da prefeita de Bernanrdo do Mearim] passou mal, teve que vir ser atendido em Trizidela do Vale. Se uma pessoa cortar o pé em Bernardo, de noite, não tem onde costurar. Tem que amanhecer o dia com o pé aberto, para vir em Trizidela ou Pedreiras, para poder costurar. Então, tem um hospital montado, tudo novo, vamos acabar com isso. Dá R$ 100 mil, dá o que puder dá, para ver bota ao menos o hospital para funcionar”, destacou.