Zé Carlos, PT, casuísmos e “casuísmos”

ze_carlosO deputado estadual Zé Carlos da Caixa (PT) deu esta semana uma explicação lógica para a sua posição em relação à filiação do secretário de Estado de Gestão e Previdência, Fábio Gondim, ao PT – o parlamentar foi um dos que tentaram impedir a entrada do novo “companheiro” na legenda.

Segundo ele, é “casuísmo” alguém querer se filiar ao PT às vésperas do fim do prazo para quem quer disputar a eleição do ano que vem.

“Você não entra no PT às vésperas de uma eleição. É meio casuístico isso. Se você quer militar no PT, por que você quer entrar justamente no último segundo de um prazo para cumprir o processo eleitoral?”, questionou, com toda a razão, Zé Carlos da Caixa, que se filiou ao PT, segundo dados do Diretório Municipal, no dia 22 de setembro de 2009, apenas 13 dias antes do fim do prazo de filiações para quem quisesse ser candidato em 2010, como ele foi.

Outro lado

Ao titular do blog, o deputado Zé Carlos garante que a ficha de filiação dele ao partido foi assinada em maio de 2009. Ele acrescentou que a data registrada pelo Diretório Municipal é de 10 de setembro – não 22, como dizem nossas fontes no PT -, portanto, quase um mês antes do fim do prazo para filiações naquele ano.

Diretório Municipal do PT aprova filiação de Fábio Gondim

Fabio-Gondim-110211A Comissão Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores de São Luís aprovou hoje (8), por seis votos a quatro, a filiação do secretário de Estado de Gestão e Previdência, Fábio Gondim, aos quadros da sigla. A decisão já foi comunicada à Comissão Executiva Estadual.

A reunião que referendou a filiação do novo membro – que já havia ocorrido no dia 5 de outubro, prazo final para filiações dos que desejam disputar cargo eletivo em 2014 – aconteceu com a presença do presidente municipal da legenda, Fernando Silva, o “Xetrepa”.

“Apenas referendamos uma filiação que já estava abonada desde o dia 5 de outubro. É um ato da rotina administrativa do partido”, disse ele ao titular do blog, por telefone.

pt_gondimAdversários esperneiam

Antes da realização da reunião da Comissão Municipal, membros da Estadual realizaram um outro encontro, que culminou com a produção de um documento negando o pedido de filiação de Gondim ao PT, “bem como todos os demais pedidos de filiação feitos por personalidades públicas nas mesmas circunstâncias” (veja documento ao lado – clique para ampliar).

A plenária, no entanto, não tem validade. Por dois motivos: primeiro porque a Executiva Estadual só poderia deliberar sobre um pedido feito à Municipal depois de esta se manifestar sobre o assunto. Não foi o caso: a reunião da Estadual ocorreu à tarde. A da Municipal, apenas à noite.

Em segundo lugar, o regimento do PT exige que a convocação extraordinária, para surtir efeitos, se dê por dois terços dos 17 membros da Executiva Estadual. Apenas nove participaram da reunião.

“Essa foi uma reunião de banda. Nós não reconhecemos o que se decidiu lá”, declarou Fernando Silva.

Referindo-se aos nove que se encontraram para tentar barrar Fábio Gondim: Augusto Lobato, Marcio Jardim, Zé Carlos, Mundico Teixeira, Dutra de Caxias, Ivaldo Coqueiro, Janete Amorim e Joab Jeremias.

“Permanecer no PDT não é abrir mão da disputa”, diz Hilton Gonçalo

hiltonO ex-prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, ainda pré-candidato a governador do Maranhão, reafirmou hoje (8), em nota, que permanece na luta para entrar efetivamente na disputa. Mesmo estando ainda filiado ao PDT.

“Permanecer no PDT não é abrir mão do desejo de disputar o governo do Maranhão”, disse.

O comunicado é uma espécie de satisfação à opinião pública. Depois da divulgação dos resultados de uma pesquisa contratada pelo próprio Hilton Gonçalo em que ele aparece como candidato e Eliziane Gama (PPS) não, houve questionamentos sobre em que condições o ex-prefeito poderia se candidatar. A principal dúvida era sobre a filiação partidária de Hilton.

Com a confirmação de que ele permanece no PDT, o jornalista Marco D’eça reforçou em post ontem (7) a tese de que sua intenção, de fato, é se cacifar para ser candidato a vice-governador numa chapa com Flávio Dino (PCdoB), ou mesmo a deputado.

“Se permaneceu no PDT, ele estará confirmando as suspeitas de que não pretende mesmo ser candidato, mas apenas compor chapa”, escreveu o jornalista.

Gonçalo garante que não. “Por respeitar o exercício do parlamento não me aventurarei em algo que não teria prazer em exercer, por isso em 2014, eu só tenho um caminho, a disputa da eleição majoritária, caso contrário estarei participando apenas de forma indireta nas eleições do próximo ano”, completou.

Paulo Marinho Jr. assumirá a Secretaria de Juventude

paulo marinho juniorO suplente de deputado federal Paulo Marinho Júnior (PMDB) deve assumir nos próximos dias a Secretaria de Estado da Juventude (Sejuv).

Ele substituirá na pasta o deputado estadual Carlos Filho – que saiu do PV recentemente e deve filiar-se ao PRTB. Falta acertar apenas detalhes como a data da posse.

A troca no comando da pasta serve como uma espécie de recado da governadora Roseana Sarney (PMDB) aos aliados que ainda pensam em sair do PMDB, PV ou DEM para fugir do “chapão” nas eleições do ano que vem.

Na semana passada, por exemplo, o secretário de Meio Ambiente, Victor Mendes, desistiu de deixar o mesmo PV após tomar conhecimento da intenção da governadora de pedir de volta os cargos dos secretários que saíssem da “tríade partidária” que dá sustentação ao governo da peemedebista.

Discussão sobre aliança abre crise no PSDB

brandão

Brandão quer ser vice

Não é nada bom o clima no PSDB entre o presidente estadual do partido, deputado federal Carlos Brandão, e os deputados estadual Neto Evangelista e Gardênia Castelo.

O motivo de uma crise que parecia contornável quando se instalou, mas cresce a cada dia, foi a antecipação de Brandão ao praticamente fechar questão com o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), seduzido pela ideia de ser candidato a vice na chapa comunista.

Neto e Gardeninha não gostaram nada. Por dois motivos: primeiro porque a prioridade dos tucanos é, pelo menos, manter a atual bancada tanto na Assembleia Legislativa, quanto na Câmara dos Deputados.

Depois, porque, garantida a coligação para a reeleição dos parlamentares, o objetivo é fazer do ex-prefeito João Castelo candidato a senador.

Mas com Brandão candidato a vice – onde quer que seja – fica difícil prometer ao PSDB mais uma candidatura na chapa majoritária. Principalmente se o escolhido for João Castelo e, mais ainda, se houver a exigência de que ele seja candidato único ao Senado na coligação em que o tucanato entrar.

Dificuldade

A “afobação” de Brandão – termo usado por um tucano para tratar do assunto – se deve principalmente ao fato de que o ex-governador José Reinaldo (PSB) praticamente já fechou questão em relação a sua candidatura a deputado federal – deixando a disputa pelo Senado aberta para o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha.

Coligado com a oposição, o PSDB forçaria seu presidente estadual a disputar votos com o socialista em municípios nos quais ele pensava em atuar sem concorrência da esquerda. E Brandão morre de medo disso.

Aliás, logo depois da derrota de João Castelo em 2012, o deputado já havia confidenciado a correligionários a intenção de não mais tentar a reeleição. Sem a capital, na visão dele, seria difícil (e dispendioso) demais.

“Marina reafirmou apoio a nossa candidatura”, diz Eliziane, em Brasília

elizianeA deputada estadual Eliziane Gama, pré-candidata do PPS ao Governo do Estado, mostrou-se animada, ontem (7), após um encontro em Brasília com a ex-senadora Marina Silva, recém-filiada ao PSB.

A reunião foi uma forma de tirar a limpo o posicionamento de Marina em relação ao quadro maranhense. Enquanto tentava articular o Rede Sustentabilidade, a presidenciável era figura certa no palanque da deputada. Depois de filiar-se ao partido de Eduardo Campos, no entanto, aliados de Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão espalharam que ela já se havia decidido pelo apoio ao comunista.

Não foi o que relatou Eliziane ao jornalista Ronaldo Rocha, de O Estado, após a conversa com a ex-ministra e ex-senadora.

“Marina se filiou ao PSB dentro do projeto do Rede, ou seja, o seu projeto político nacional continua. Eu acabei de sair de uma reunião com Marina e ela reafirmou o seu apoio a nossa candidatura ao Governo do Maranhão”, declarou.

O anúncio é um alento para Gama, e motivo de desespero para os comunistas, que contam justamente com o esvaziamento da pré-candidatura para atraí-la ao palanque de Flávio Dino e garantir, já no 1º turno, a união de toda a oposição em torno de uma candidatura apenas.

E Flávio Dino: Campos, Dilma ou jogo duplo?

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Os recentes movimentos do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), serviram para reafirmar – pela enésima vez – sua pré-candidatura ao Governo do Estado.

Longe de ter sua situação definida, no entanto, o comunista ainda precisa resolver um sem número de questões internas (partidárias, por assim dizer) antes de seguir adiante.

A principal delas diz respeito a sua relação com a presidente Dilma Rousseff (PT), de quem é subordinado.

Dino jura de pés juntos que quer o PT em seu palanque em 2014. Mas não se cansa de fazer afagos no pré-candidato Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco. E a recente filiação de Marina Silva no PSB aproximou ainda mais os projetos dos dois, Campos e Dino.

O (agora) principal adversário de Dilma não dividirá em nenhum estado palanque com a petista. Isso é óbvio.

Por isso, algumas questões ainda estão postas: Dino entregará o cargo que ocupa no Governo Federal para assumir de vez a “relação” com o PSB? Admitirá de uma vez que abre mão do PSB em troca da força da presidente no Maranhão – apoio que ainda disputará com o grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB)? Ou continuará simplesmente fazendo jogo duplo estando no governo do PT e de “namoro” com os socialistas?

Troca-troca partidário vai até a semana que vem

Esperado para ocorrer até o dia 5 de outubro, sábado passado, o troca-troca partidário seguirá assombrando as lideranças – e deputados que querem se filiar na surdina – até do dia 14 de outubro.

Esta é a data que os partidos têm para enviar à Justiça Eleitoral as listas com os filiados.

Ocorre que entre o fim do prazo para filiações e a data pare entrega das tais listas o movimento entre partidos seguirá intenso.

Para isso, as legendas que querem filiar novos quadros garantem que informarão ao TRE a entrada dos novatos com data retroativa – 5 de outubro, é claro – para garantir que eles possam participar das eleições de 2014.

E assim, a indefinição seguirá por mais uma semana…

PT do B pode ser o destino de Camilo Figueiredo; Fábio Braga, PRTB

E segue o troca-troca de partidos às vésperas do fim do prazo para filiações – que termina no dia 5 de outubro.

As duas novidades são a entrada do deputado estadual Camilo Figueiredo, ex-PSD, no PT do B e do suplente Fábio Braga, ex-PMDB, no PRTB.

No caso de Camilo, a articulação é do próprio presidente estadual da legenda, o deputado federal Lourival Mendes.

Os parlamentares querem também fugir do chapão. Mas, pelo menos no que diz respeito ao ex-peessedista, a entrada pode acabar frustrando os planos de outros pré-candidatos, que também já mantinham conversas com Mendes para uma possível filiação, mas temem a concorrência de um deputado com mandato.

Tem gente que pode acabar desistindo.

Governo estabelece estratégia para filiações e aliados “chiam”

É grande o “zum, zum, zum” e a chiadeira na base aliada depois que a governadora Roseana Sarney (PMDB) decidiu entrar de vez nas articulações para as eleições de 2014.

Partiu dela e do núcleo duro do Palácio dos Leões uma ordem expressa, comunicada ontem (1º) a deputados e secretários: todos devem dar preferência às filiações ao PMDB, DEM e PV. Os secretários-candidatos que desejem entrar em outras agremiações devem entregar os cargos imediatamente. A determinação aos parlamentares é de que também permaneçam em uma das três siglas.

Foi essa decisão que motivou, por exemplo, o “recado” dado pelo líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado César Pires (DEM), ao Palácio.

“O meu cargo político [de líder do Governo na Casa] pertence ao Governo, mas a minha sorte política, o meu destino político pertence a mim”, declarou.

Ao titular do blog, o secretário de Meio Ambiente, deputado Victor Mendes (PV) – que tem se articulado para deixar a legenda -, disse que ainda não foi comunicado da decisão governamental. “Mas se for essa a determinação, a governadora pode ter certeza de que eu acompanharei o grupo”, afirmou.

O secretário-chefe da Casa Civil, João Abreu, em contato por telefone, não chegou a negar a existência da ordem expressa da governadora Roseana, mas falou em “amadurecimento das ideias”.

“Tudo ainda vai ser discutido. A governadora está em Brasília, mas é constantemente informada do que estamos discutindo. A decisão final será uma decisão que privilegie o conjunto, o grupo como um todo”, completou.

Amanhã (3) deve haver novidades.