Hamilton: ungido de Waldir

O secretário-geral do Partido Progressista (PP), Hamilton Ferreira, confirmou na última segunda-feira (17), em nota encaminhada ao blog, que a legenda tomou mesmo viés oposicionista no estado e que a defecção do grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) se deu em virtude de o partido ter ganhado a eleição – junto com os atuais governistas – “e ficar fora do poder”.

A mensagem era também direcionada ao deputado Hélio Soares (ainda no PP), que se tem articulado com vistas a ingressar no PSD (veja aqui).

Ainda de acordo com Ferreira, ter sido preterido na formação do novo governo Roseana deixou o PP “indignado”.

“De nada vale ganhar a eleição e ficar fora do poder. Se isso não incomoda o Deputado Hélio, mas deixa o conjunto do partido indignado”, disse.

Confira abaixo a íntegra da nota do secretário-geral do PP.

“Amigo Léda,

Sobre os destinos do Deputado Hélio Soares. É lamentável ele está indeciso até agora. Ou mesmo esperando por ser convencido. Mas a Direção do Partido Progressista, no estado, não tem indecisão. Fui designado pela Direção Nacional do PP, numa indicação do Presidente Estadual Dep. WM, para coordenar a reestruturação do partido no Maranhão e todas as bases partidárias foram chamadas para um só projeto: o fortalecimento do partido como agremiação partidária. Saímos da condição de sub-legenda e bases eleitorais de lideranças-deputados para um projeto de poder real. O deputado Hélio Soares não tem entendido essa proposição e nós da Direção do PP estamos tabulando o processo de 2012 com vista a 2014. Vamos eleger prefeitos e vereadores, mas articulados com os partidos que poderão apresentar uma alternativa de alternância de poder no Estado, pois de nada vale ganhar a eleição e ficar fora do poder. Se isso não incomoda o Deputado Hélio, mas deixa o conjunto dom partido indignado. O PP de hoje, marcha com os olhos no amanhã. Para os míopes, para os que só enxergam o próprio umbigo, fica o convite para somarem conosco num projeto audaz pró MARANHÃO DO POVO! Esse é o Partido progressista que queremos. Esse é o PP que São Luís e o Maranhão quer. Esse é o Partido progressista que nós faremos. Quem pensa conosco fica e soma.

Hamilton Ferreira, Secretário Geral do PP-MA”

Tadeu: destino é o PP

21h55 – O ex-prefeito e ex-secretário de Turismo do Estado, Tadeu Palácio, pode ter, finalmente, decidido o seu rumo na noite desta sexta-feira (30). Em reunião na sua residência, ele praticamente acertou as bases de um acordo com o deputado federal Waldir Maranhão (PP) para filiar-se ao Partido Progressista.

Desta articulação, podem ser tomados dois caminhos: o primeiro é a candidatura própria; o segundo, uma composição para Tadeu ser o candidato a vice-prefeito de Flávio Dino (PC do B).

Um novo encontro para tratar justamente deste assunto será realizado no próximo domingo (2).

De qualquer forma, já ficou previamente agendada para a próxima quinta-feira (6) a data de filiação de Palácio ao PP.

Waldir com Castelo

A informação da filiação de Tadeu Palácio no PP para ser candidato a prefeito – ou mesmo a vice numa chapa com o PC do B – vai de encontro ao que se ventilava há pelo menos duas semanas na seara política: um acordo entre Waldir Maranhão e o prefeito João Castelo (PSDB) para que o primeiro assumisse a Secretaria de Educação do Município – hoje sob a tutela do PSB, que indicou Othon Bastos.

Segundo apurou o blog, o acerto estava realmente quase concretizado, dependendo apenas de uma sinalização definitiva de Castelo.

“O Waldir esperou até onde deu, mas essa sinalização nunca veio e ele cansou de esperar”, contou ao blog um aliado de Tadeu Palácio que participou da reunião de hoje à noite.

Reflexos

Os reflexos imediatos da filiação do ex-prefeito ao Partido Progressista podem ser dois. O primeiro é favas contadas: a saída do presidente do Diretório Municipal da legenda, Ribamar Soares. Ele era um dos mais ferrenhos defensores da aliança com Castelo.

O segundo reflexo é fruto do primeiro: com a saída de Soares, Tadeu Palácio já demonstrou interesse em assumir o comando do PP na capital.

Mas essa é conversa pra outras reuniões.

Engraçado como durante as articulações que envolveram o “troca-troca” nas secretarias de Educação e de Ciência e Tecnologia muito se especulou que, com a saída de Bringel para a primeira, o nome mais cotado para a segunda seria o do “petista” Dimas Salustiano.

De acordo com setores da imprensa local, a indicação seria do vice-governador Washington Oliveira (PT), como uma forma de contemplar o Partido dos Trabalhadores após a queda de Anselmo Raposo (PT) da Educação, ainda no ano passado.

Este blog sempre duvidou – principalmente porque sabedor dos problemas pessoais entre Dimas e Washington.

Pois eis que nesta quarta-feira (28), o blog do Marco D’eça revela que Dimas, na verdade, nem petista era.

Ou seja, mais do que os problemas de ordem familiar com o principal articulador do PT no Maranhão, Dimas Salustiano tinha um empecilho objetivo para assumir o cargo como indicado do PT: ele não fazia parte dos quadros da legenda.

Na verdade, o professor já foi petista. E, justamente por ter entrado e saído do partido, teve sua nova filiação no Diretório Municipal de São Luís vetada na noite da última terça-feira (27).

Ia mesmo ser difícil ser secretário indicado pelo PT desse jeito.

José Antônio: sem controle

Já está praticamente tudo acretado para uma intervenção no Partido Socialista Brasileiro (PSB). O assunto foi pauta de reunião em Brasília, semana passada, da qual participaram Luna Alves – esposa do deputado federal Ribamar Alves -, Carlos Siqueira, secretário-geral do partido e Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacinonal da legenda.

Durante o encontro, a avaliação do grupo foi a de que não se pode mais aceitar a “aliança” do PSB com o prefeito João Castelo (PSDB) em São Luís, onde o partido, ou o grupo liderado por José Antônio Almeida, indicou Othon Bastos para a Secretaria de Educação.

A proximidade dessa ala socialista dos tucanos tem incomodado principalmente a Executiva Nacional, principalmente depois de Campos já ter declarado publicamente que, nas capitais e cidade de mais de 200 mil habitantes o projeto é ter candidatura própria.

No caso específico da capital, o governador de Pernambuco já definiu, inclusive, o nome: Roberto Rocha.

É por desobedecer a essa determinação e tentar manter o PSB com Castelo que José Antônio Almeida já perdeu o controlo do Diretório Municipal e, agora, está muito perto de perder também o controle do Esttadual.

Weverton Rocha muito perto de tomar o lugar de Igor Lago

Uma reviravolta deve abalar as estruturas do Diretório Estadual do Partido Democrático Trabalhista (PDT) esta semana.

Presidente da legenda desde a morte do pai, o médico Igor Lago deve ser defenestrado do cargo pelo presidente Nacional do partido, o ministro Carlos Lupi (Trabalho e Emprego) – que colocará no posto ninguém menos que o seu pupilo, Weverton Rocha.

A celeuma entre Lupi e Lago começou no início do mês, no último Congresso Nacional do PDT, em Porto Alegre.

Não se sabe por que cargas d’água, o médico maranhense decidiu que deveria levar à discussão nacional a saída de Carlos Lupi do cargo de presidente.

Lupi não só topou, como propôs uma consulta informal aos quase mil delegados presentes ao evento para saber a opinião deles acerca do assunto. Resultado: dos que responderam à consulta, mais de 800 fecharam com o ministro. Lago e seu grupo teriam nada mais que 5 votos.

Seria difícil derrubar o presidente desse jeito.

Agora, é Igor Lago quem balança no cargo.

Só não dá para delegar de novo a Julião Amin a missão de conduzir a sucessão, não é, Lupi?