De O Estado
Dezenove vereadores de São Luís se reuniram ontem com o prefeito da capital Edivaldo Júnior (PTC). Ele quis explicar aos parlamentares os motivos que o levaram a concordar e autorizar o aumento de R$ 0,30 na tarifa do transporte coletivo e aproveitar para afinar com a sua base na Câmara Municipal o discurso para a defesa da decisão.
Na reunião, que ocorria no mesmo horário em que os professores municipais foram a Câmara protestar, também ficou definida que o projeto de lei que estabelece o aumento de 3% aos docentes não será modificado e que seja votado o mais rápido possível.
Além desse acerto com os parlamentares, Edivaldo Júnior solicitou apoio para enfrentar as críticas em relação a sua decisão de aumentar as tarifas do transporte coletivo. Para os vereadores, o prefeito alegou a necessidade de encerrar o impasse que envolvia os empresários do setor de transportes e os rodoviários além de encerrar a discussão sobre aumento do subsídio dado pela Prefeitura aos empresários.
O vereador Astro de Ogum (PMN) disse que entende o aumento da tarifa pelo fato das condições precárias no sistema de transporte público. “Algo precisa ser feito. Não poderia era o poder público ficar de braços cruzados”, afirmou o parlamentar.
Com discurso parecido, o líder governista, Osmar Filho (PSB), garantiu que o prefeito Edivaldo Júnior quis a conversa com os vereadores por serem eles os interlocutores com a sociedade da capital. Segundo Osmar Filho, foi feito uma explanação mostrando a necessidade do aumento da tarifa e as cobranças feitas pelo gestor para que haja melhorias no sistema de transportes.
“O prefeito explanou toda a situação que levou ao reajuste da tarifa e foi enfático ao mostrar que há o compromisso cobrado por ele junto aos empresários para que haja melhoria no sistema como aumento da frota o que vai diminuir o tempo de espera dos usuários”, disse Osmar Filho.
Outro vereador afinado com o discurso do prefeito Edivaldo Júnior foi Francisco Chaguinhas (PSB). Ele também disse que o aumento das tarifas foi a única solução para o impasse que levava a greve dos rodoviários.
“Mediante esse impasse, a Prefeitura teve que dar uma solução. É público e notório que anteriormente o município repassava R$ 2 milhões aos empresários, que queriam que esse valor fosse duplicado. Como a Prefeitura acabou com esse repasse financeiro, não houve outro caminho a não ser conceder esse aumento de R$ 0,30 na tarifa de transporte”, declarou Chaguinhas.
Ausentes – Após uma séria de críticas feitas na Câmara Municipal, os vereadores Rose Sales (PCdoB) e Honorato Fernandes (PT) ficaram de fora do encontro com o prefeito Edivaldo Júnior.
Rose Sales, que cobrou atitude do prefeito em relação ao problema no sistema de transporte e a greve dos professores, não foi convidada para participar da reunião com Edivaldo Júnior. A vereadora não estava sabendo de que um grupo de vereadores se reuniriam com o prefeito.
Honorato Fernandes, que foi líder do petecista até março deste ano, também não sabia do encontro do prefeito com os vereadores. O petista ficou de fora dessa reunião após criticar o prefeito por propor o aumento de apenas 3% para os professores municipais.