O recente episódio da denúncia de que uma empresa flagrada com trabalhadores escravos doou à campanha de Flávio Dino (PCdoB) em 2010 (veja mais) tem sido usado como “case” pelos aliados do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) que defendem a tese de que a comunicação comunista não tem tanto empenho para defender o petecista como o faz com o presidente da Embratur.
No caso da Alcana, o Comitê Estadual do PCdoB Maranhão não demorou duas horas para emitir uma nota defendendo Dino. Detalhe: o tal Comitê é integrado pelo secretário de comunicação da Prefeitura de São Luís, Márcio Jerry.
Ocorre que os defensores do afastamento entre PTC e o PCdoB não vêem a mesma celeridade do comunista na defesa dos interesses do prefeito. E usam como exemplo as denúncias contra as secretarias municipais de Educação (Semed) e de Obras e Serviços Públicos (Semosp). Nos dois casos houve quedas de secretários após a revelação de farras de dispensas de licitação, mas nunca se emitiu uma nota sequer para defender o prefeito ou os secretários.
Esses são apenas dois exemplos. A turma dos “insatisfeitos” elenca nos bastidores ainda muitos outros casos que comprovam o que chamam de “desinteresse”. Mais do que isso: essa ala do governo defende que o prefeito não teve bem trabalhada sua imagem no primeiro ano de governo.
E apontam o fato de que não se conseguiu consolidar nem mesmo a imagem de “homem probo” de Edivaldo Júnior nesses primeiros meses de gestão.
Para completar, a comunicação comunista inciou só agora uma campanha na mídia televisiva para apresentar obras e ações do Município.
De tão descoladas da realidade, as peças já viraram motivo de chacota nas redes sociais.
São crises como essa que pululam na administração da capital. Até esta semana, elas estavam restritas aos bastidores. Mas o vereador Edmilson Jansen (PTC) expôs tudo ao acusar o PCdoB de estar “atrapalhando a prefeitura” (reveja).