Diretor ameaça cortar SUS e abre nova crise com funcionários do Socorrão I

socorraosocorraoO diretor-geral do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), Érico Cantanhede, inaugurou nova crise com o corpo de funcionários da unidade.

Sob o pretexto de regular os procedimentos de internação de pacientes, ele faz uma ameaça clara: pode suspender o pagamento da “produtividade do SUS” de enfermeiros e fisioterapeutas.

A decisão, truculenta por sinal, do gestor do hospital desagradou os servidores, que já ameaçam nova paralisação em protesto contra a tentativa de intimidação.

Câmara desmonta discurso de César Félix sobre caos na Saúde de SLZ

camaraO líder da oposição da Câmara Municipal de São Luís, vereador Fábio Câmara (PMDB), desmontou ontem (16), durante audiência pública, o discurso do secretário César Félix, segundo o qual o caso na Saúde de São Luís é culpa do atendimento a pacientes do interior.

O auxiliar do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) disse semana passada – após a exibição de matéria no Globo Repórter e comparou os Socorrõer ao “inferno” – que as unidades estão lotados e praticamente sem atender mais ninguém porque 70% dos pacientes são do interior.

Câmara lembrou que a Prefeitura de São Luís foi quem aceitou receber esses pacientes e recebe recursos a mais do SUS para isso.

“São Luís não atende de graça os pacientes oriundos de outros municípios. Na verdade, além de a gestão ser plena, existe a pactuação feita na Comissão Tripartite que trata da distribuição dos recursos do SUS. Portanto, é competência da Prefeitura de São Luís buscar meios para cumprir o seu papel, ou então voltar à Comissão Tripartite e dizer que não pode mais atender os pacientes e com isso também deixar de receber os recursos que foram pactuados”, declarou.

O peemedebista usou, ainda, declarações do próprio secretário César Felix na audiência pública para criticar situações que considera “um absurdo”.

“Secretário, suas declarações nessa audiência ficaram arquivadas nos anais desta Casa. Concordo com o senhor quando afirmou que a administração municipal precisa evoluir, pois se cobra muito para quem oferece pouco. O secretário [César Felix] foi feliz quando disse que não tinha estrutura de trabalho, afirmando inclusive, que máquina de datilografia era artigo de luxo na Semus, cobrando a informatização do setor. O auxiliar do prefeito declarou ainda que tirou várias vezes dinheiro do seu bolso para comprar água para beber. E jogou por terra o discurso do prefeito ao afirmar que o Hospital Dr. Jackson Lago era sonho. Secretário, eu só posso lhe dizer uma coisa: peça para ser exonerado que esse barco está afundando”, alfinetou.

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Socorrões e a “visita ao inferno”

Socorrões e a “visita ao inferno”

Do Globo Repórter

socorraoHá muitos brasileiros pedindo que suas preces sejam ouvidas. É assim nas emergências de São Luis do Maranhão onde estivemos em 2011.

As duas emergências, conhecidas como Socorrão 1 e Socorrão 2, não podem continuar assim. A equipe do programa volta agora em 2013 para encontrar uma situação ainda pior. Foi como fazer mais uma visita ao inferno. Doentes e acompanhantes padecem, pioram ou adoecem.

Não existe privacidade nesse ambiente de completa degradação.

“Por que se acumulam na emergência? Porque não há leito. Por que não há leito? Porque a política do Governo Federal fechar os leitos, isso é um dos maiores absurdos”, explica Roberto Luiz d’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.

“Cada vez mais você tem que reduzir em algumas áreas e crescer em outras. Nós devemos ter cerca de 360 mil, nós precisaríamos mais uns 100 mil leitos no SUS nos próximos anos, mas mudando o perfil desse leito para UTI, adulto e neonatal, clínica médica complexa exatamente para idoso e doente crônico, traumato-ortopedia. Esse é o perfil moderno, é o hospital que o SUS tem que mirar”, afirma Helvécio Magalhães, secretário nacional de Atenção à Saúde.

Em 2011, quando o Globo Repórter esteve em Taguatinga, no Distrito Federal, o hospital regional parecia um hospital de campanha em uma zona de guerra.

Agora, a equipe volta ao mesmo local para conferir o que mudou. O diretor recebe a equipe com boa vontade, animado com a informatização, preocupado com o tomógrafo quebrado. Ele explica que a demanda de 20 mil pacientes por mês, vindos de cidades vizinhas, dificulta as mudanças.

Roni Mafra de Lima, diretor do hospital: Quanto mais você trabalha e melhora um serviço, tem uma tendência natural de que as pessoas procurem esse serviço. Eu acredito que a coisa só funcionária bem se todas as pessoas fizerem bem o seu papel.
Globo Repórter: Se todos os serviços melhorarem?
Roni Mafra de Lima: Os serviços melhorassem, todos os estados ajudassem nesse papel da saúde.

A falta de colaboração e organização já está pondo a perder as melhorias da reforma feita no local. As macas estão se multiplicando pelos corredores. São a parte visível da falta de leitos na chamada retaguarda.

Falta lugar para internar quem já passou pela emergência, mas ainda precisa de cuidados. Faltam leitos principalmente para os mais velhos e para a área de psiquiatria.

Os médicos ficam exaustos.

Marcelo Araújo, cardiologista: A gente tem aqui na cardiologia hoje internados 60 pacientes. Para prescrever, para avaliar, para ver exame complementar.
Globo Repórter: Era assim que o senhor queria estar trabalhando?
Marcelo Ferreira de Araújo: De maneira nenhuma. Aqui devia ter no mínimo mais dois cardiologistas trabalhando com a gente, no mínimo.

Difícil dentro, triste do lado de fora. Onde esperar no chão é sina de crianças com febre como Pedro. De mães sem esperança como Maria da Conceição.

“Os filhos da gente adoece se a gente não tem, não tem dinheiro pra pagar uma consulta particular é isso que a gente passa. Você viu aí que a menina caiu com a mulher. Isso é uma falta de vergonha. A capital do Brasil nessa situação que tá aqui?”, desabafa Maria Camelo, dona de casa.

Enquanto isso…

erico

Érico Cantanhede, diretor do Socorrão I, e seus versos no Facebook

Socorrões não atendem, e SES é obrigada a contratar leitos privados

O secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, reuniu representantes de hospitais privados na manhã desta sexta-feira (13) para propor uma parceria emergencial visando atender a demanda por cirurgias eletivas em São Luís.

13.12.2013 Reunião com Hospital Particular Foto Nestor Bezerra (26)A medida foi necessária para dar suporte à rede estadual de saúde, já que os hospitais estaduais de Alta Complexidade Tarquínio Lopes Filho (Geral) e Carlos Macieira estão absorvendo todos os casos de urgência e emergência não atendidos pelos Socorrões mantidos pela Prefeitura de São Luís.

Ricardo Murad explicou que hoje cerca de três mil pessoas esperam por cirurgias eletivas no Hospital de Alta Complexidade Tarquínio Lopes Filho, que está impossibilitado de atender a essa demanda para receber o grande número de casos de urgência e emergência que chegam às UPAs e delas são transferidos para outras unidades da rede estadual.

“Hoje tem ocorrido um fato grave. As nossas UPAS estão atendendo casos que deveriam estar nos Socorrões. Ninguém mais quer procurar os serviços que, na rede de urgência e emergência aprovada pelo Ministério da Saúde, deveriam estar concentrados nos Socorrões I e II,” enfatiza o secretário.

Ele acrescenta que, por conta do não funcionamento da rede municipal, está ocorrendo a inversão do fluxo de pacientes dentro da rede pública de saúde. “Estamos usando a nossa rede e cotidianamente transferindo pacientes das UPAS de São Luís para fazerem cirurgias no Hospital Macrorregional de Coroatá, no Hospital Geral de Peritoró, no de Presidente Dutra e no de Barreirinhas”, afirma o secretário.

Parceria

Participaram da reunião os representantes de quatro hospitais privados em São Luis: Centro Médico, Hospital Português, Hospital Ludovicence e Policlínica do Maiobão. Eles deverão colocar à disposição do Estado suas estruturas físicas e equipes médicas para realizarem cirurgias eletivas por tempo indeterminado em pacientes já triados, que já têm diagnóstico e serão encaminhados por meio da central de regulação estadual. Todos os procedimentos serão pagos pelo Estado.

“O Hospital Geral deveria realizar por dia uma média de 30 cirurgias eletivas e não está conseguindo fazer 10, por que os leitos estão sendo ocupados pelos pacientes que procuram as UPAs por não receberem o atendimento a que têm direito nos Socorrões”, ressaltou.

Ricardo Murad disse ainda que a administração municipal tem que assumir suas responsabilidades na rede de urgência e emergência de São Luís. “No fim do ano passado mostramos que é possível fazer os Socorrões funcionarem. No Socorrão II, por exemplo, ativamos todas as salas do centro cirúrgico, ampliamos o número de cirurgiões, repomos os insumos, acabamos com as macas nos corredores e mostramos que o problema era de gestão”, afirmou.

(As informações são do Governo do Estado)

Diretor do Socorrão I descumpre acordo com funcionários, que ameaçam parar

(Foto: Neidson Moreira/OIMP/D.A Press)

(Foto: Neidson Moreira/OIMP/D.A Press)

Funcionários do Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I, denunciaram ao titular do blog, ontem (12), que o diretor da unidade, Érico Cantanhede, não está cumprindo acordo firmado entre eles e os secretários Rodrigo Marques (Governo) e Cesar Félix (Saúde) para a manutenção de um escala de oito plantões mensais.

Essa era a escala utilizada antes da chegada do diretor. Mas ele a ampliou para dez plantões. Após acordo com os dois secretários, os servidores tiveram a garantia de que a carga seria reduzida.

“O diretor do Socorrãi I não está honrando o acordo assumido pelo secretários”, pontuou um dos denunciantes.

Para pressionar o gestor a manter o que foi acertado com seus superiores, os funcionários já ameaçam fazer uma paralisação de advertência.

Abre olho, Edivaldo!

Faltam medicamentos no Socorrão I

listaLista de medicamentos em falta no Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I. Os dados são da última sexta-feira (6).

Nem soro glicosado a 5% tinha na unidade de saúde, mas um release da Prefeitura de São Luís, que deve ser publicado amanhã em jornais da capital, informa que “ações para garantir o atendimento na área médica para a população da capital” estão sendo implementadas.

Contraditório, não?

Tutor de nigeriano preso disputou eleição pelo PCdoB em 2010

Patrick, à direita, observa Kingsley em depoimento à CDH

Patrick Emmanuel (à direita) observa Kingsley Ify em depoimento à CDH

O médico Chidozie Patrick Emmanuel Ezeanowai, responsável pela estada no Maranhão de Kinglsley Ify – o nigeriano acusado de praticar medicina ilegalmente no estado -, atribuiu na semana passada a questões políticas a denúncia que levou o seu conterrâneo à prisão.

“Um quer ser deputado federal, o outro já é estadual e eles querem mostrar algo inédito no Maranhão, que na verdade não existe. O que temos aí é um problema político e outro racial”, disse, referindo-se aos secretário Aluísio Mendes (Segurança) e Ricardo Murad (Saúde).

É o segundo argumento já utilizado por quem tenta defender o homem que admite não ter situação regular no Brasil para praticar medicina. Antes, tentaram atribuir a prisão a racismo.

“A culpa é do Estado. Assassino é quem não coloca vacina no hospital. Por isso, a criança não pode ser medicada”, esbravejou o médico em reunião na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa.

patrickO que o mesmo Patrick Emmanuel nunca revelou foi a sua ligação pessoal com a política. Mais especificamente com a oposição.

Em 2010, ele foi candidato a deputado federal (veja ao lado). E pelo PCdoB, mesmo partido dos oposicionistas  que agora tentam culpar o Estado porque uma criança morreu após ser atendida por alguém sem a devida habilitação para tal.

Mas, é claro, isso não quer dizer muita coisa.

Em tempo: Emmanuel obteve 4.170 votos…

Câmara constata caos no Socorrão, denuncia secretário e pede intervenção na saúde

fabioEquipamentos enferrujados, falta de materiais de trabalho, de profissionais, e de medicamentos, tetos mofados, fiação elétrica exposta, ambiente insalubre e pacientes instalados em macas nos corredores. Este foi o cenário de total contraste com as regularidades necessárias ao bom andamento da prestação dos serviços da rede municipal de saúde, constatados pelo líder da oposição na Câmara Municipal, vereador Fábio Câmara (PMDB), durante uma inspeção “surpresa” realizada na noite desta quarta-feira (27), no Hospital Djalma Marques, o Socorrão I.

Fábio disse que a inspeção ocorreu por causa de uma cena lamentável registrada num dos corredores do Socorrão I, após a divulgação de um vídeo na internet, mostrando uma criança de 13 anos, com suspeita de meningite, que vinha sendo mantida numa maca, sem qualquer assistência digna na unidade, desde a última segunda-feira (25). A criança, que chegou a ser retirada do corredor, após intervenção do Ministério Público, respirava com a ajuda de aparelhos e era o pai quem permanecia ao seu lado o tempo inteiro.

“Fiquei preocupado com uma possível contaminação, pois a paciente ficou muito tempo exposta num hospital com corredores suerplotados. O que vimos no Socorrão está mais para um matadouro que para Hospital, é um foco de contaminação”, afirmou o parlamentar.

socorraoO peemedebista disse que além da falta de medicamentos, faltam materiais básicos para a realização de procedimentos cirúrgicos. Ele afirmou ainda que enquanto passava pelas enfermarias, muitos pacientes o chamava para denunciar que estão há  dias sem água. “Com o problema, os pacientes estão tendo que comprar água para beber em uma lanchonete próxima ao hospital”, pontua.

A visita iniciada por volta das 19h envolveu toda a extensão da unidade de atendimento, onde foi possível verificar as deficiências existentes principalmente na área da infraestrutura onde foram constatados entraves pela inexistência de equipamentos, sucateamento da estrutura física e um cenário de revolta e insatisfação em meio ao corpo funcional.

“O Socorrão não é lugar para seres humanos. O banheiro está uma lambança, não tem água para lavarmos nem as mãos. Aqui, o cenário é de guerra”, relatou uma funcionária ao vereador Fábio Câmara.

Em uma das enfermarias, foram constatadas várias irregularidades. Falta de ventilação, tetos mofados e fiação elétrica exposta, são fatores que tornam o ambiente insalubre a pacientes e acompanhantes, que se mostram envoltos de ferrugem e danos irreparáveis que expõem a vida de milhares de pessoas que utilizam dos serviços médicos da unidade ao risco de infecções.

“A possibilidade de contrair uma infecção nas dependências do Hospital é enorme. A ferrugem está espalhada por toda a parte. A estrutura está totalmente comprometida pelo mofo, há fiação exposta e umidade na parede. A ventilação é comprometida e a falta de limpeza nos banheiros são fatores que contribuem para tornar o ambiente insalubre e paciente e acompanhante”, informou Câmara.

(As informações são da assessoria)

Flávio Dino, erro médico e “erro médico”

dinoO presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), nunca foi muito conhecido por sua coerência nos debates em que decide entrar. Mas no caso da prisão do nigeriano Kinglsley Ify – acusado de exercer ilegalmente a medicina no interior do Maranhão (reveja) -, ele passou de todos os limites.

O comunista fez ontem (28) ilações nas redes sociais sobre suposto racismo na atuação das secretarias de Estado de Saúde (SES) e de Segurança Pública (SSP). Foi duramente repreendido pelo secretário Ricardo Murad (veja).

Dino foca o discurso contra o Governo do Estado meramente por questões políticas. Ele sabe que Kinglsley, mesmo que seja médico na Nigéria, não tem registro para atuar no Brasil. Mesmo assim, desde o início da semana, setores da mídia ligada ao oposicionista apresentam uma inscrição do acusado na UFMT como se esta fosse a comprovação de que ele já se havia habilitado a exercer a profissão legalmente. Mas sabem que não é.

O que chama mais atenção na postura do presidente da Embratur, como já se disse acima, é a falta de coerência. Para atingir seus adversários políticos, o comunista esquece convenientemente a luta que trava há anos contra erros médicos.

estadaoFlávio Dino é o criador do Centro Brasileiro sobre Crimes para Saúde, uma ONG voltada ao combate a erros praticados por médicos no exercício da profissão (veja ao lado). A entidade nasceu depois de o comunista perder um filho num hospital em Brasília.

No caso da tragédia pessoal vivida por ele, até o Tribunal de Justiça do Distrito Federal já inocentou a médica e a técnica de enfermagem que atenderem seu filho (leia). Mesmo assim, o oposicionista segue acusando o hospital e as duas profissionais de haver cometido algum crime – até o promotor do caso, Diaulas Ribeiro, já foi representado no Conselho Nacional do Ministério Público (aqui) .

Veja bem: não se critica aqui a luta de um pai por aquilo que acha correto e justo. Não se pode medir o tamanho de tal perda e os efeitos que ela provoca.

O que se critica é a postura de um homem que tanto luta contra erros médicos – porque se acha vítima de um deles – e fecha os olhos, por motivos políticos, diante da dor de uma família que perdeu uma criança devido à negligência a protocolos básicos de atendimento em casos de Raiva Humana.

O fato de o acusado pelo crime ser um nigeriano, homem negro, é mero detalhe na história. A questão central é que há fortes indícios de que um médico brasileiro passou um plantão a um estrangeiro que não tem autorização para exercer a medicina no Brasil. E esse estrangeiro confirma que não tem mesmo a autorização, mas que recebera R$ 800 pelo serviço – embora não tenha mais coragem de admitir que assumia, sim, o plantão do “colega” local.

O resto é só política…

Nigeriano preso: Ricardo Murad condena ilações sobre racismo

muradO secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad (PMDB), posicionou-se de forma dura contra membros da oposição que acusam o Governo do Estado de haver agido com racismo no caso da prisão do nigeriano Kinglsley Ify, acusado de exercer ilegalmente a medicina no Maranhão e de ser o responsável pela morte de uma criança que contraiu Raiva Humana, em Mirinzal.

Segundo Murad, setores oposicionistas têm explorado o caso politicamente. “Lamento que a obsessão política o tenha levado [Flávio Dino] a tamanho devaneio. O referido nigeriano até o momento não apresentou documentos que tornem legal sua situação profissional no Brasil, como a inscrição no programa Mais Médicos ou em um conselho de medicina brasileiro”, escreveu, o sceretário em sua página no Facebook, referindo-se ao presidente da Embratur.

Kinglsley foi preso em Bacuri, após denúncia do Conselho Regional de Medicina (CRM). Segundo a entidade, ele não tinha registro para atuar no Brasil. “A pessoa que atendeu a criança no Hospital de Municipal de Mirinzal não tem registro no Conselho Regional de Medicina, estando, portanto, inabilitada para o exercício da medicina, conforme atesto do presidente do CRM, Abdon Murad”, explicou a Secretaria de Estado da Saúde em nota.

prisãoEm depoimento à Polícia Civil, no dia da prisão (veja auto de prisão em flagrante ao lado – clique para ampliar), o próprio nigeriano confirmou não ter revalidado ainda o diploma.

Em entrevista à TV Mirante, hoje (28), ele reafirmou que apenas se inscreveu para o “Revalida” em duas universidades, no Mato Grosso e em Minas Gerais.

Mesmo assim, parte da mídia ligada à oposição preferiu ignorar o fato e divulgou o documento de inscrição dele na UFMT (abaixo) como se fosse a comprovação de que o médico nigeriano já havia se habilitado a exercer a profissão legalmente.

Inscrição do nigeriano foi divulgada como comprovante de revalidação

Inscrição do nigeriano foi divulgada como comprovante de revalidação

Plantão

Ainda em entrevista à TV Mirante, Kinglsley Ify negou que estivesse de plantão em Mirinzal no dia da morte da criança. Ele disse que apenas acompanhava o médio Ubiratan Amorim num plantão – pelo qual recebia R$ 800.

Confrontado com a informação, Ubiratan garantiu: nem em Mirinzal estava no dia da morte da paciente. Disse que passou o plantão – e pagou por isso, pelo visto – ao médico nigeriano que sequer registro tem no Brasil.

Em tempo: o caso registrado em Mirinzal ocorreu com um nigeriano, homem negro, por isso alguns insistem na idiotice de racismo. Mas poderia (e ainda pode) muito bem ocorrer com muito estudante de medicina por aí. É público e notório que há muitos médicos formados pagando metade dos valores dos plantões que deveriam cobrir no interior para universitários, em troca da comodidade de ficar na capital.

Abre o olho, CRM!