PRP quer a perda de mandato de Juscelino Filho

juscelinoO Partido Republicano Progressista (PRP) entrou com três ações de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária contra os deputados federais Marcelo Álvaro Antônio (MG), Alexandre Valle (RJ) e Juscelino Filho, que pertence à bancada maranhense na Câmara Federal.

Eleitos pelo PRP em 2014, os três deputados migraram sem justa causa para o recém-criado Partido da Mulher Brasileira (PMB). As ações foram ontem protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O argumento central tem como base a data do registro do partido. Isso porque a minirreforma política (Lei 13.165/2015), em vigor desde 29 de setembro de 2015, não considera como justa causa a filiação em legendas recém-criadas, sem que o parlamentar perca o mandato. Até então, era permitido a adesão a novas legendas sem o risco de ter o mandato cassado. Esta possibilidade constava da Resolução/TSE 22.610/2007, que regulava as causas de infidelidade partidária até o advento da minirreforma.

O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, concedeu liminarmente pedido do Rede Solidariedade (SD) na ADI 5398, sob o fundamento de que o partido já havia obtido registro no TSE em 22 de setembro e o prazo jurisprudencial de 30 dias para receber mandatários estava em curso, tendo sido interrompido pela publicação da minirreforma. Ao analisar esta ação, o Ministro Luís Roberto Barroso entendeu que partidos criados antes da publicação da nova lei e que já estivessem com prazo em curso não poderiam ser prejudicados. Após esta decisão, vários deputados federais, de vários partidos, migraram para o PMB.

O PRP entende que esta liminar não se aplica ao PMB, uma vez que na data do deferimento de seu registro pelo TSE, a minirreforma já estava publicada e em vigor. Não havia, portanto, prazo em curso nem direito de receber deputados de outros partidos sem prejuízos dos respectivos mandatos.

DEM no Maranhão tem novo presidente estadual

11196O Democratas (DEM) no Maranhão tem novo comando. O advogado Augusto Herbert Lima Serra será o novo presidente estadual do DEM tirando o ex-deputado federal e suplente de senador Clóvis Fecury da direção da legenda.

Augusto Serra é ligado ao deputado federal, Juscelino Filho (PRP), e teria sido escolhido para presidir o partido já que o parlamentar não conseguiu se desfiliar do PRP sem que coloque seu mandato em risco.

Com a direção fora do comando de Fecury e Ricardo Guterres – presidente municipal em São Luís do DEM, mas que deverá perder também para o vereador Marquinhos Silva, que também entrará no partido – o DEM deverá deixar de apoiar o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) conforme já acertado entre o pedetista e Guterres.

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Juscelino Filho ainda não definiu ida para o DEM devido a fidelidade partidária

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O deputado federal Juscelino Filho (PRP) ainda não definiu seu ingresso no Democratas (DEM) como vem sendo divulgado na imprensa. Nem ele e nem seu sogro, o ex-secretário Fernando Fialho.

Na verdade, Fialho não foi cogitado para entrar no DEM, ainda comandado pelo ex-deputado Clóvis Fecury. Ele somente contribuiu para que as conversas de Juscelino avançassem com a direção nacional do Democratas.

O deputado federal recuou de entrar do DEM e ficar com o comando da legenda quando não conseguiu acertar sua saída do PRP e não ter avançado a janela para troca de partido como foi aprovado na Câmara Federal em uma PEC que ainda está para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

“Não posso arriscar perder meu mandato”, disse Juscelino Filho.

Mas o fato de ter recuado de ingressar do DEM, não significa que ele desistirá do projeto de comandar a legenda no Maranhão, que atualmente já está na base de apoio do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).