Manoel Ribeiro volta à carga

Manoel apresentou emenda

Nem mesmo uma conversa amigável na tarde da última quarta-feira (1º) serviu para arrefecer os ânimos. O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Manoel Ribeiro (PTB), manteve a guarda alta, nesta quinta-feira (2), e apresentou, como havia prometido, proposta de emenda ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2012.

Pela emenda, fica estabelecida mais autonomia aos Poderes
Legislativo e Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado (TCE), para planejarem a execução do próprio orçamento anual.

Segundo Ribeiro, essa autonomia havia sido retirada por obra do secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Fábio Gondim, que nega (reveja).

Em entrevista à Rádio Mirante AM, ele reafirmou as críticas ao, agora, desafeto, e disse que, se for da vontade da governadora Roseana Sarney (PMDB), que lhe tire da posição de líder.

“Não pedi para ser líder. Defendo o governo porque sou do grupo”, disse.

O clima ainda está tenso na base.

Aliados correm contra o tempo para aprovar Orçamento e PEC da Reeleição na Assembléia

Projetos devem ser votados antes do recesso

O clima começa a esquentar na base aliada na Assembléia Legislativa. Com o fim do ano se aproximando e a pauta cheia de projetos ainda a serem votados, os governistas fazem das tripas coração para conseguir condições de apreciar duas matérias de grande interesse do grupo: a Lei de Diretrizes Orçamentárias 2011 e a PEC da Reeleição.

No primeiro caso, parece que tudo já está mais bem encaminhado. As emendas dos deputados vêm sendo constantemente publicadas no Diário da Assembléia e as discussões estão adiantadas. Sinal de que se aproxima o dia da aprovação.

O problema é saber se o projeto entra em votação antes de a suplementação à Casa ser consumada. O que se sabe é que o dinheiro já foi disponibilizado, mas depende de publicação no Diário Oficial para efetivar-se a transferência dos recursos – da ordem de R$ 5 milhões.

O temor dos aliados é colocar a LDO em votação antes de a suplementação ocorrer de fato – depende disto o pagamento das verbas indenizatórias cobradas há mais de um mês – e os deputados, mesmo os ditos governistas, barrarem a matéria em protesto contra o não pagamento das verbas de gabinete.

De outro lado, existe o fator tempo, já que o recesso se aproxima e o Parlamento Estadual tem prazo para apreciar o assunto.

PEC

Já a PEC da Reeleição tem um caminho mais longo pela frente até ser posta em votação. O projeto ainda se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ) da Casa – o relator é o deputado Joaquim Haickel (PMDB). Não há previsão de quando vai entrar na pauta.

Segundo apurou o blog, existe um esforço do gabinete do deputado Tatá Milhomem (DEM), autor da matéria, para que a Comissão aprove o texto na próxima segunda-feira (2). A assessoria do democrata tem feito contatos por telefone, desde a última terça-feira (30), com membros da CCJ para que compareçam à Casa e viabilizem a aprovação na Comissão.

A pressa decorre do trâmite. Além da passagem pela CCJ, a PEC ainda tem que ser apreciada em dois turnos no plenário. Talvez não haja tempo hábil.

Nos bastidores, comenta-se que o deputado Ricardo Murad (PMDB) só aceita entrar na disputa se o projeto for aprovado ainda nesta legislatura. Quer evitar possíveis desgastes com o Governo do Estado.